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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Livro "O Estado Novo e o Volfrâmio"

O livro de hoje é de João Paulo Avelãs Nunes, professor auxiliar de História Contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Para além de "O Estado Novo e o Volfrâmio (1933-1947)", Avelãs Nunes tem publicado vários artigos sobre este tema. Pode encontrar um desses trabalhos AQUI.

Até ao final do mês o "Aterrem em Portugal" vai publicar uma entrevista com o professor Avelãs Nunes, onde a questão da exploração do volfrâmio é abordada nas suas variadas vertentes.






 "O Estado Novo e o Volfrâmio (1933-1947)", foi editado em 2010, pela Editora Imprensa da Universidade de Coimbra. Pode adquirir um exemplar na Loja Virtual clicando AQUI.









Sinopse: 

Visa-se neste livro reconstituir e analisar a evolução do subsector luso do volfrâmio, quer na década de 1930 — etapa de crise e paulatina reativação —, quer ao longo dos anos quarenta, com destaque para o período da Segunda Guerra Mundial (fase de “euforia especulativa”).

Observa-se, ainda, a título de contextualização, o período que decorreu entre o início da mineração do tungsténio em Portugal continental (1871) e o promulgar da “Lei de Minas do Estado Novo” (Julho de 1930), passando pela Primeira Grande Guerra (1914-1918).

Sendo o volfrâmio um “metal estratégico”, presta-se a atenção às vertentes económica e social, cultural e ideológica, mas, também, política e diplomática do “objeto global” em causa.

Face à relevância atingida pelos concentrados de tungsténio ibérico, de 1941 a 1944, na “economia de guerra” dos Aliados e, sobretudo, do Terceiro Reich nacional-socialista, consideram-se, igualmente, a política externa e as conceções geoestratégicas da ditadura chefiada por António de Oliveira Salazar; as ligações do nosso país às problemáticas do “ouro nazi” e do Holocausto; o modo como, depois de 1945, foram encarados entre nós a “comunidade germânica” e os “bens alemães”.

Abordam-se, para terminar, as implicações da atividade extrativa ao nível do desenvolvimento local, regional e nacional; a presença ou a ausência do “volframista” e das “corridas ao tungsténio” na(s) nossa(s) memória(s) histórica(s).

Mau grado o facto de, nas décadas de 1930 e 1940, Portugal ter vivido em ditadura, evocam-se, tanto as conceções e a intervenção das chefias executivas do regime, como as da Igreja e da “ação social católica”, de associações patronais e de organizações de profissionais liberais ou assalariados, de instituições de investigação e de ensino superior, dos mass media e das “comunidades rurais” envolvidas, das oposições ao “fascismo luso”.

No plano internacional, remete-se, sobretudo, para a intervenção, nos âmbitos da gestão da “economia-mundo capitalista” e do conflito militar de 1939-1945, do Reino Unido e da França, da Alemanha e dos EUA, de Espanha.

Boas leituras
Carlos Guerreiro 

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1 comentário:

  1. Esse Avelãs Nunes só tem o emprego que tem porque é filho de quem é...

    Neste País é assim, uns são filhos e outros são enteados...

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