O coordenador da investigação, Jorge Russo, recebe o “Adopt a Wrek Award” atribuído pela Nautical Archaeology Society.
Em baixo: Modelo do destroço do Dago no fundo do mar.
Em baixo: Modelo do destroço do Dago no fundo do mar.
As investigações submarinas sobre o “Dago” foram coordenadas por Jorge Russo e levadas a cabo por uma equipa de mergulhadores do grupo XploraSub, recorrendo a técnicas avançadas de mergulho profundo, à qual se juntou o também mergulhador e fotógrafo Armando Ribeiro dos In-Silence, responsável por grande parte das imagens colhidas no destroço. Foram eles que realizaram o levantamento exaustivo dos destroços do navio que se encontra ao largo do Cabo Carvoeiro.
Com base nesse trabalho foi mesmo possível realizar um modelo, em escala reduzida, do destroço que se encontra a cerca de 50 metros de profundidade.
Para além deste trabalho no terreno foi também reunida uma importante colecção de documentos e fotografias que permitem contar a história do navio e dos acontecimentos que levaram ao seu afundamento.
Conferência de Jorge Russo sobre o "SS Dago" dada durante a entrega do prémio.
A conferência está em inglês.
O “SS Dago” era um navio britânico que tinha como destino Leixões, uma viagem que não era estranha para os tripulantes. O navio seria atacado durante a tarde por um bombardeiro FW200 que o metralhou e bombardeou na tarde de 15 de Março de 1942, conseguindo afundá-lo, apesar de, incrivelmente, não causar vítimas.
Os trabalhos de pesquisa submarina foram realizados entre 2004 e 2010. Os reduzidos apoios levaram a que a maior parte do investimento fosse feito pela própria equipa.
Este trabalho também já tinha sido premiado
nas Jornadas do Mar da Marinha Portuguesa em 2012 e alvo de publicação na
versão portuguesa na National Geographic Magazine.
O ”SS Dago” não é o único navio afundado na nossa costa, durante o período da Segunda Guerra Mundial, a merecer este tipo de atenção. Outros destroços também têm sido alvo de diversas investigações, mas em poucos casos o trabalho foi tão detalhado.
Carlos Guerreiro
O meu Pai sempre me disse que frente a Leça da Palmeira está afundado um submarino Alemão. Para ele era dado garantido. Haverá algum relato histórico?
ResponderEliminarEm 1945 os comandantes dos submarinos alemães receberam ordem para se renderem e entregarem navios e tripulações aos aliados.
EliminarVários comandantes não respeitaram a ordem e preferiram afundar os seus submarinos. Foi isso que aconteceu ao U-963, na Nazaré, e ao U-1277, frente a Matosinhos.
Deve ser este último que refere o seu pai. Existe bastante informação na Internet sobre este acontecimento. Deixo-lhe a ligação para uma página da autarquia onde o tema merece alguma atenção.
http://www.cm-matosinhos.pt/pages/549
Boas leituras
Carlos Guerreiro