Se está pelo Algarve não pode perder a exposição “Trabalhadores
forçados portugueses no III Reich e os Louletanos no sistema concentracionário
nazi”, que se encontra na Casa Memória Engenheiro Duarte Pacheco, em Loulé,
mesmo em frente à câmara.
Parte desta exposição já esteve em Lisboa, mas agora foi
enriquecida com as histórias de muitos louletanos e outros algarvios que se
viram envolvidos no sistema de campos de morte e de trabalho da Alemanha Nazi.
Acrescentou-se também uma área com a história da
emigração louletana no princípio do século XX, elemento importante para compreender
o que aconteceu durante a II Guerra Mundial, pois muitos dos portugueses que
passarem pelos campos de concentração eram emigrantes em França ou saíram para a
Alemanha atraídos por melhores salários.
Convém também ficar atento à promessa feita pela autarquia durante a inauguração. Estará para breve o relançamento do livro “A morte lenta: memórias dum sobrevivente de Buchenwald" escrito por Emile Henry, um francês que conseguiu chegar vivo ao fim da sua provação e escreveu este livro para que a sua memória não se dissipasse. A obra, publicado logo depois da guerra, foi escrito em português até porque o autor tinha uma grande paixão pelo país.
Ficaremos à espera.
Até lá pode visitar – até 8 de Dezembro – a exposição visitável
de terça a sexta-feira, das 10h00 às 18h00, e aos sábados, das 9h30 às 16h00.
Carlos Guerreiro
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