Comandante Américo dos Santos (Foto: Sind. dos Capitães, oficiais Pilotos, Comissários e Engenheiros da Marinha Mercante) |
A 17 de Setembro de 1940 este navio da CCN já tinha sido parado por um patrulha britânico, com Cascais à vista, no regresso de uma viagem ao Brasil. Nessa altura foi obrigado a seguir para Gibraltar onde carga e passageiros foram sujeitos a inspecção minuciosa tendo ficado retidas malas de correio oriundas da ilha de São Vicente, em Cabo Verde, e Funchal, na Madeira.
Reunindo relatórios e informações dispersas por vários arquivos e outras fontes é possível elaborar um quadro onde se assinalam pelo menos 113 intervenções em navios portugueses, tanto mercantes como de pesca ao longo da guerra. Apesar deste número parecer elevado encontramos continuamente novos relatos e relatórios sobre situações idênticas e cremos que este levantamento peca por escasso, razão porque deverá merecer no futuro uma atenção mais cuidada.
Da amostra recolhida até ao momento pode concluir-se que ao longo dos seis anos de conflito apenas 14 das intervenções foram protagonizadas por unidades navais alemãs, sendo que todas eram U-boats. Das que foram realizadas por navios aliados convém destacar que em 53 casos os navios foram não só interceptados, mas também obrigados a seguir para inspecções mais detalhadas em portos como Gibraltar, Dakar, Casablanca ou Cidade do Cabo - entre outros - o que significava normalmente desvios de várias milhas e dias de atraso na viagem, causando importantes prejuízos.
De um modo geral o tempo em porto raramente era inferior a dois dias, mas houve casos bem mais extremos. Entre 14 de Agosto e 27 de Novembro de 1940 o Cunene foi interceptado três vezes por navios aliados durante a viagem de ida e volta aos portos coloniais da África ocidental e oriental. A primeira logo à saída de Lisboa quando um patrulha os fez parar a tiro para verificar os papéis. Já no regresso, a 2 de Novembro, foram interpelados e obrigados a desviar-se para o porto de Gibraltar onde estiveram internados durante 22 dias, período durante o qual esgotaram os abastecimentos de comida e carvão que levavam. Quando finalmente avistaram Lisboa, no dia 26, voltaram a ser bloqueados por um outro patrulha que os autorizou a continuar a viagem após realizar a sua identificação.
Mas há mais exemplos.
A 6 Janeiro de 1943 o Quanza regressava a Lisboa vindo dos portos da África Oriental quando foi interceptado por um avião que o obrigou a voltar para trás e entrar em Freetown, um desvio que acrescentou quatro dias e 600 milhas ao percurso.
Em Abril do ano seguinte o Bailundo regressava de Luanda quando foi obrigado a desviar-se primeiro para Port Etienne, na Mauritânia, - onde foi alvo de uma primeira verificação - e depois, já com militares a bordo, para Gibraltar onde foi alvo de nova inspecção, ainda mais rigorosa. Estas voltas acrescentaram quase uma semana à viagem.
Navio/ Ano
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39
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40
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41
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42
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43
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44
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45
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África Ocidental
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1
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1
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Alberia
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2
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Albufeira
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1
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Alcântara
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1
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Alferrarede
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1
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1
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1
|
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Alger
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1
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Alvaiazere
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1
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Angola
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2
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1
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3
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1
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Bailundo
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2
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Bem Aventurado
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1
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Carvalho Araújo
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1
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1
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1
|
1
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Cassequel
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2
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Colonial
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5
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2
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Corte Real
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1
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Cubango
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1
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Cunene
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3
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Ganda
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1
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Gaza
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1
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Gil Eanes
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1
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Gorgulho
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1
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João Belo
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5
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1
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3
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Lima
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4
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Lobito
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1
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Lourenço Marques
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3
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4
|
2
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Lugela
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2
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Malange
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1
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Mouzinho
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5
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1
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Niassa
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2
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3
|
1
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Nina
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1
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||||||
Novo Horizonte
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1
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Pescador
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1
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Pungue
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1
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2
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Quanza
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1
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1
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7
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4
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4
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San Miguel
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1
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São Brás
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1
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São Tomé
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1
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Saudades
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1
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Serpa Pinto
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1
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1
|
1
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Transportador
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1
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Total intervenções
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5
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43
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13
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24
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9
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16
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3
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Houve pelo menos 113 intervenções a bordo de navios portugueses.
A maioria foi protagonizada por navios aliados.
Vítimas mortais e feridos
Como já foi referido resultaram do incidente ocorrido com o Serpa Pinto três vítimas mortais - dois tripulantes e uma passageira com 16 meses – e também alguns feridos, sendo que dois deles seriam posteriormente indemnizados.
António Ferreira Machado, nascido em 1890, era médico de bordo e realizava o seu primeiro embarque. Vivia com a mulher no Porto e não tinha filhos. Não foi encontrada qualquer descrição sobre as circunstâncias em que morreu, apenas que durante o desembarque caiu à água. O seu corpo não foi recuperado.
O cozinheiro Hermano António, nascido em 1895, terá sido atingido por uma peça da equipagem no momento em que as baleeiras foram lançadas à água. O corpo foi recuperado por um dos salva-vidas e posteriormente seria sepultado no mar. Vivia em Lisboa com a mulher, um filho de 8 anos e criava ainda um sobrinho de quatro.
As famílias de ambos os tripulantes foram indemnizadas pela seguradora da CCN.
As circunstâncias em que faleceu a passageira Beatrice Trapunski também não são claras, mas tudo indica que no momento do embarque para as baleeiras ela caiu à água não voltando a aparecer. Apesar de na lista de passageiros ser referida como tendo nacionalidade polaca, ela tinha nascido em Barcelona a 20 de Janeiro de 1942, cidade onde os pais e uma irmã mais velha estiveram retidos pelas autoridades espanholas durante a fuga para longe da Europa. Na sequência de um processo imposto à CCN, num tribunal em Nova Iorque, foi decidido, em 1948, que a família tinha direito a uma indemnização de 750 dólares.
Para além destas vítimas mortais assinalaram-se também diversos feridos, a maioria com lesões de pouca importância. No entanto o casal Ernest e Marianne Goldsmith, respetivamente com 70 e 59 anos de idade, sofreram contusões consideradas graves e exigiram indemnizações à CCN, que seriam decididas, também em 1948, alcançado o valor de 1000 dólares para cada um.
No regresso da viagem, por ordem do comandante Américo dos Santos, foi realizada uma cerimónia recordada no relatório final: “No regresso, ao passarmos no mesmo local, no dia 18 de Junho pelas 15 horas, parámos o navio e toda a tripulação e passageiros guardaram dois minutos de silêncio em memória d´aqueles que ali pereceram, lançando os tripulantes ao mar uma pequena coroa de flores, e as creanças, num espontâneo quanto impressionante gesto, atiraram pequenos ramos em homenagem à pequenina morta nessa trágica noite.”
Não encontrei registo de vítimas mortais ou feridos noutras intervenções deste tipo ao longo da guerra, mas navegar em navios neutrais não era tão seguro como à primeira vista poderia parecer. Só no Atlântico perderam-se 85 vidas em resultado do afundamento de onze navios nacionais por unidades beligerantes.
Cidadãos retirados de navios portugueses por beligerantes
Os dois homens retirados do Serpa Pinto tinham nascido nos EUA e pertenciam à comunidade portuguesa daquele país. Segundo se percebe pelo relatório do comandante do navio nem saberiam falar inglês, algo que intrigou os marinheiros alemães do U-581.
Tratavam-se de Vergílio Magina e Manuel Pinto.
Magina tinha nascido em 3 de Março de 1921 em New Bedford, no estado do Massachusetts, e era barbeiro de profissão. Pinto, agricultor de profissão, tinha nascido em 9 de Dezembro de 1921, em Blackstone, no estado do Connecticut. Ambos estiveram no submarino até ao dia 22 de Junho, quando este chegou à sua base em Lorient, em França.
Navios/ Ano
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39
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40
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41
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42
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43
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44
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África Ocidental
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1
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Alberia
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Albufeira
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||||||
Alcântara
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||||||
Alferrarede
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Alger
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||||||
Alvaiazere
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||||||
Angola
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3
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Bailundo
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||||||
Bem Aventurado
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||||||
Carvalho Araújo
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25
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1
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||||
Cassequel
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Colonial
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13
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Corte Real
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||||||
Cubango
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Cunene
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Ganda
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1
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Gaza
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Gil Eanes
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1
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Gorgulho
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João Belo
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7
|
1
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Lima
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5
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Lobito
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Lourenço Marques
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2
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Lugela
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Malange
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Mouzinho
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3
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Niassa
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9
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12
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Nina
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Novo Horizonte
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Pescador
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||||||
Pungue
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1
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Quanza
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7
|
1
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||||
San Miguel
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São Brás
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São Tomé
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Saudades
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Serpa Pinto
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2
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Transportador
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Total cidadãos retirados
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34
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50
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2
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6
|
3
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Pelo menos 95 cidadãos estrangeiros foram retirados de navios mercantes portugueses.
Apenas três foram levados por U-boats alemães.
Os restantes cidadãos levados por navios beligerantes eram alemães ou suspeitos de colaborar com eles e foram capturados por unidades militares aliadas.
Carlos Guerreiro
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