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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Filha de piloto americano de B-17 que amarou perto de Sesimbra visitou Portugal

Suzanne Borto, filha de Novo Maryonovich, piloto do bombardeiro americano B-17 que amarou no mar perto de Sesimbra em 1943, visitou durante a última semana Portugal, realizando um passeio por vários locais do país que se prolongou por uma semana.

Tripulação do B-17que desceu no mar frente a Sesimbra. 
Hugh Bradford, Ed Johnson, Carl Williams, Gordon Akley, Edward McMillen, Armstrong (de pé e da esq. para a dir.), 
Bill Flagler e Novo Maryonovich (em baixo). 
Armstrong não voou na missão e no seu lugar estava Frank Stetson. 
(Foto Rich Maryonovich)
No último domingo encontrámo-nos em Lisboa para algumas horas de conversa antes do regresso aos EUA. Portugal entrou na rota das viagens que realiza com regularidade em memória do pai, Novo Maryonovich que durante uma operação de bombardeamento a França, em 5 de Dezembro de 1943, teve problemas num motor acabando por amarar ao largo de Sesimbra onde foram recolhidos e trazidos para terra.

Novo conheceria a mulher em 1944 e casaria com ele nesse mesmo ano, criando quatro filhos. Após a guerra mudou o nome de Maryonovich para Martin e tornou-se bombeiro profissional. Faleceu nos anos 90 e a mulher já depois de 2000.


As voltas de um B-17

O bombardeiro com a matrícula 42-3294, com o nome “Suzanne”, partiu de Inglaterra com a missão bombardear aeródromos na zona de Bordéus, em França, mas a caminho, sobre a Baía de Biscaia, tiveram problemas num dos motores e foram obrigados a abandonar a formação.

Atiraram para fora do aparelho tudo o que puderam, incluindo o armamento, para ficarem mais leves e manterem o aparelho estável. Resolveram não voltar para trás porque sabiam que sempre que partiam esquadrilhas os alemães colocavam caças na zona da baía da Biscaia para abater bombardeiros isolados, perdidos ou que tentavam regressar devido a problemas, como era o seu caso.

Resolveram tentar a viagem até Gibraltar onde poderiam reabastecer e reequipar-se para regressar à base.

Perto de Sesimbra ficaram, no entanto, sem combustível e foram obrigados a amarar. Toda a tripulação saiu ilesa e foi recolhida por embarcações de pesca.

As autoridades portuguesas entregaram-nos à Legação Americana. Ficaram por Lisboa durante uma semana tendo sido repatriados – enviados para Inglaterra - a 12 de Dezembro de 1943.

Suzanne Borto em Lisboa durante o passeio
que realizou por Portugal na última semana.
Obrigado pela visita Suzanne Borto e por nos trazer mais histórias para nossa história…

Carlos Guerreiro

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