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segunda-feira, 4 de julho de 2022

«Escaparate de Utilidades»
Tinta Dulux

 

Diário de Lisboa, 4 de Julho de 1941

segunda-feira, 27 de junho de 2022

«Escaparate de Utilidades»
Leite Condensado Moça

Diário de Lisboa, 28 de junho de 1942

 

quarta-feira, 1 de junho de 2022

O Postalinho...
A ocasião faz o ladrão!

 


Postal de propaganda de origem alemã mostrando Roosevelt e Churchill numa situação que é repetidamente retratada pela propaganda nazi nos primeiros anos da guerra: perante as dificuldades britânicas os EUA aproveitam, sorrateiramente, a oportunidade para enriquecer, mesmo roubando se fosse necessário.

O postal mostra Roosevelt a remexer os bolsos do casaco de Churchill enquanto este último se afoga em dificuldades.

O facto da Inglaterra ter sido obrigada a pagar a pronto as compras que inicialmente fez aos EUA - e que a levaram praticamente à falência - foi várias vezes utilizado pela propaganda germânica enquanto arma de arremesso. 

C. G.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

"Podcast Portugal 1939-1945"
A jornada do tripulante da RAF "Joe" Tanner em Portugal


Michael Tanner, filho de um aviador inglês que teve de aterrar de emergência em Portugal, conta a história do que se passou com o pai e os restantes companheiros que chegaram ao nosso país fevereiro de 1941.
 

O avião, um hidroavião Sunderland, foi apanhado por um ciclone e amarou de emergência no Rio Sado. Foi o primeiro aparelho da RAF a chegar ao nosso país e as autoridades ficaram sem saber bem o que fazer com os tripulantes.  

Com a ajuda de um oficial da Aeronáutica militar e a colaboração das autoridades foi preparado um plano de fuga. 

(Este Podcast está em Inglês)
 

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quarta-feira, 18 de maio de 2022

Conhecer "Lisboa, o cais da Europa" numa conversa em Albufeira

 



Durante a II Guerra Mundial Lisboa transformou-se repentinamente no cais da Europa. Por aqui passaram espiões, oportunistas e refugiados que viveram entre a esperança de uns e o desespero de outros.

São algumas destas histórias que vou abordar nestes encontros em Albufeira. Vamos conhecer personalidades, momentos e acontecimentos, mas também perceber porque reuniu Lisboa as condições que a transformaram na mais importante capital neutral do continente.

Pela manhã o encontro é com alunos da Escola Secundária e à tarde - pelas 16 horas - a porta abre-se para todos no Museu Municipal de Arqueologia... 

Fico à vossa espera.

Carlos Guerreiro

sexta-feira, 13 de maio de 2022

"Portugal e Luxemburgo, países de esperança em tempos difíceis"

Em 1940 a grã-duquesa do Luxemburgo escapou para Portugal quando os nazis ocuparam o seu país. Lisboa foi a capital luxemburguesa no exílio durante vários meses até o giverno daquele pequeno ducado se dividir também por Londres e pelo Canada. 

Décadas mais tarde foram portugueses que aos milhares - alguns saídos de forma ilegal ou como desertores à guerra colonial - procuraram o Luxemburgo para viver.

Foi partindo destas histórias que Margarida Magalhães Ramalho organizou uma exposição que esteve primeiro no Luxemburgo e agora vai estar na galeria de exposições do Palácio da cidadela de Cascais até 28 de Agosto. 

"Portugal e Luxemburgo, países de esperança em tempos difíceis", que recebeu na última quinta-feira a vista do grão-duque do Luxemburgo, em visita oficial ao nosso país, não é apenas um olhar para o passado pois também dá relevância a portugueses reconhecidos no Luxemburgo e Luxemburgueses que fizeram vida em Portugal. 






quarta-feira, 11 de maio de 2022

Clichês Portugal 1939-1945
Maria sorridente no quintal dos avós

 


A Maria espreita sorridente do seu carrinho. 

Certamente alguém a incentivava, estimulando o riso... talvez um dos pais ou algum dos avôs. Talvez todos à vez.

O dia 3 de maio calhou, neste ano de 1942, a um domingo. 

Talvez a fotografia tenha sido tirada após a missa ou o almoço em família. Pode também ter sido tirada pela manhã. Não sabemos e na verdade isso interessa pouco...

A Maria foi, com toda a certeza, o centro das atenções... qualquer criança desta idade o é.

Se não foi um dia solarengo, foi pelo menos agradável. Tanto que a família passou o tempo no quintal da rua do Campo Lindo, nº 99, no Porto, a fotografar a Maria - muito bem disposta - de diferentes ângulos e em distintas poses. 

Para além do olhar traquina e feliz que mais sabemos da Maria?


C. G.

terça-feira, 3 de maio de 2022

Crianças austríacas em documentário

Na próxima sexta-feira, dia 6 de Maio, estreia no Festival Indie de Lisboa a decorrer na Culturgest, o filme "Viagem ao Sol", que aborda a questão das crianças austríacas que após a II Guerra Mundial foram acolhidas em Portugal.

documentário, realizado por Susana de Sousa Dias e Ansgar Shäfer, é uma reflexão sobre crianças em situação de conflito e pós-conflito, com testemunhos de algumas das “crianças Cáritas” que, entre 1947 e 1956, foram acolhidas por famílias portuguesas, para recuperar – pelo menos parcialmente – da experiência traumática vivida durante a Segunda Guerra Mundial.

A estreia do filme no Indie Lisboa está marcada para as 18,45 horas no grande auditório da Culturgest. No dia 8 o dia pode voltar a ser visto no pequeno auditório pelas 18.30 horas.

quarta-feira, 23 de março de 2022

«Memórias e palavras»
"Porque não me escreve o meu pai?"

A ausência de notícias do pai é a preocupação central neste postal enviado de Lisboa para Beneveneto, em Itália, em março de 1943. 

A autoria parece ser de uma mulher - identifica-se apenas por Vall - e nas linhas que envia à amiga - Anna Salossolo - apela para que esta tente saber informações do pai sobre o qual não tem notícias há mais de um ano. 


O facto do postal estar escrito em francês poderá significar que Vall era dessa nacionalidade ou originária de uma zona francófona. Por outro lado não se pode esquecer que o francês era então a língua franca na Europa, uma língua universal, entendida pelas elites europeias fossem de que país fossem. 

Parece certo que nem Vall nem o pai eram de Itália. Ela diz claramente que teme que o progenitor possa estar no seu país, e que algo lhe pode ter acontecido. 

Vall foi certamente uma das muitas refugiadas que chegaram a Portugal à espera de deixar para trás a ameaça do nazismo. As Caldas da Rainha, onde residia quando escreveu estas linhas, foi local de abrigo, esperança e espera para muitos dos que rumaram a este extremo da Europa na esperança de encontrar transporte para uma nova vida. 

É um pedido de ajuda de alguém em fuga que se terá repetido - de quantas formas diferentes - durante aqueles anos? 

E quantas vezes se terá multiplicado nos últimos anos e dias, talvez já não em papel, mas em redes sociais e mensagens electrónicas? 

Quantas? 

Numa tradução livre e - acredito - fiel ao conteúdo fica a tradução do postal. Os anos de francês vão longe e também reconheço que sem ajuda do tradutor do Google não teria sido possível chegar tão longe. 

Se alguém tiver leitura diferente daquela que fiz, agradeço o contacto… 



Para: 
Madame Anna Salossolo
Viale Atlantici Benevento
Italie 


Lisboa, 3-III-1943 

Minha muito querida, 

Agradeço muito a tua carta, mas não compreendo porque não me escreve o meu pai, se está com com M. Wieselthier. 

Acredito pelo contrário que ele está ainda no seu país e tenho de saber a sua morada. Peço-te que faças alguma coisa para ajudar, pois não te arrependerás, asseguro-te. 

Sei que tens um bom coração, que também tu amas os teus pais e compreendes o meu pesar pelo facto de não ter qualquer sinal de vida do meu pobre velho durante este ano e meio.

Estou fora de mim e és a única que me podes ajudar. Mudei de morada que neste momento é: Caldas da Rainha, 62 Cândido dos Reis, Portugal. 

Estou durante alguns dias em Lisboa para acompanhar amigos que partem amanhã. Dentro de três dias regresso às Caldas. Ficarei depois algumas semanas em Portugal e ignoro ainda a data da minha partida. 

Estou bem graças a Deus e penso muito nele. Haveremos de nos reencontrar com a ajuda do bom Deus, tenho a certeza. 

Se eu soubesse a morada do meu pai e tivesse a certeza de que ele ainda está vivo e de boa saúde estaria feliz e suportaria isto com mais paciência. 

Escreve-me o mais depressa possível e recebe a minha ternura… 

A tua Vall

segunda-feira, 21 de março de 2022

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Clichês Portugal 1939-1945
Também havia Carnaval


Em 1944 estes foliões - de Cascais, aparentemente - teriam certamente preocupações e apreensões muito semelhantes às que temos nos dias que correm.

Voltamos a viver a tempos de incerteza e perplexidade em relação ao futuro imediato desta guerra, situação idêntica à que eles terão vivido nos primeiros dias de setembro de 1939.

Cinco anos depois continuava a guerra que eles viram nascer.

Mesmo assim festejaram o carnaval...

Carlos Guerreiro






quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Histórias de marítimos portugueses na II Guerra Mundial

 


Centenas de marítimos portugueses foram apanhados pela guerra a bordo de navios estrangeiros. Algumas dessas histórias podem agora ser encontradas no site "Portugal 1939-1945"...

É o caso do Carlos Luz que perdeu os pés e as mãos enquanto tripulante de um navio mercante aliado envolvido na rota do ártico, Do João Cruz que com outros quatro camaradas do mesmo navio grego estiveram presos na Alemanha durante vários anos e do José Agostinho, um dos muitos que perdeu a vida, quando o seu navio, o panamiano Pillory, foi afundado por um submarino alemão...

Encontre estas histórias AQUI.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Conferências no Panteão Nacional continuam

 


Pelas 18 horas de hoje (19 de Janeiro) realiza-se no Panteão Nacional mais uma conferência inserida na homenagem a Aristides de Sousa Mendes.

"A fuga, os refugiados e os seus descendentes" é o tema a ser abordado... 

sábado, 1 de janeiro de 2022

Desejos de um 2022 cheio de boas histórias

 

Mundo Gráfico, 15 de Dezembro de 1941

Um grande obrigado a todos pelas mensagens, comentários, incentivos e visualizações ao longo dos anos. 

É por vocês que o "Aterrem em Portugal!" e o "Portugal 1939-1945" se mantêm activos...  

Prometo continuar o trabalho da forma que for possível.

Espero também que no ano de 2022 se realizem os desejos de todos os que por aqui passam...

Carlos Guerreiro