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quarta-feira, 19 de março de 2014

Diplomatas portugueses na II Guerra

As acções dos Cônsules portugueses Veiga Simões, em 1939, Sousa Mendes, em 1940, e Teixeira Branquinho e Sampaio Garrido, em 1944, são o tema central de um seminário que reúne vários especialistas portugueses e estrangeiros em Coimbra na próxima sexta-feira.


Na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra vão encontrar-se especialistas como João Paulo Avelãs Nunes, Irene Pimentel, Cláudia Ninhos ou Avraham Milgram entre outros.

A forma como estes diplomatas tentaram salvar judeus e outros perseguidos políticos do nazismo é tema central deste seminário que começa pela manhã e se estende pela tarde.

Pode ver o programa completo desta iniciativa, cuja entrada é gratuita, na nossa AGENDA.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

«Conferência Portugal e o Holocausto»
Judeus Portugueses abandonados na Europa

Milhares de refugiados estrangeiros encontraram em Portugal um refúgio, enquanto esperavam por um navio ou qualquer outro meio que lhes permitisse escapar da Europa.

Este aspecto, muitas vezes salientado ao longo dos últimos anos, não deixa de ser ensombrado pela decisão do Estado Novo de virar costas aos judeus de origem portuguesa que se encontravam em vários pontos do mundo e sob alçada do regime nazi.


Na maior parte dos casos tratavam-se de comunidades há muito afastadas do país – desde expulsão dos judeus no final do século XV – mas que continuavam a falar e a considerar-se portugueses.

O caso não é, de facto novo, mas mereceu novamente destaque durante a conferência "Portugal e o Holocausto" que decorreu em Lisboa na última semana.

Avraham Milgram, Investigador israelita do Yad Vashem de Jerusalém e autor do livro editado em 2010 “Portugal, Salazar e os Judeus”, referiu, nomeadamente, o caso dos judeus portugueses na Holanda e na Grécia que o Estado novo decidiu não ajudar, apesar dos apelos, transformando Salazar num cúmplice do aconteceu depois.

"O caso mais conhecido foi quando Salazar não reconheceu os quatro mil judeus de origem portuguesa, na Holanda, mas sem vínculo formal a Portugal.Este episódio faz de Salazar um cúmplice involuntário", disse Milgram, referindo também casos semelhantes de judeus portugueses da origem turca ou grega.

Há vários anos que diferentes pessoas chamam a atenção para este tema, nomeadamente, os jornalistas Nair Alexandra e António Melo, e também pela historiadora Irene Pimentel no seu livro "Judeus em Portugal durante a II Guerra Mundial".

Ainda recentemente estes casos merecerem de novo atenção no livro de Esther Mucznik, "Portugal no Holocausto", editado este ano e onde a  autora conta a história dos 4 mil judeus portugueses deportados da holanda, mas também de outros de Salónica e ainda de vários pontos da Europa (ver AQUI).

Avrahm Milgram disse durante a conferência que se criou – no final da guerra - uma memória positiva do regime, mas parcial, pois não abrange toda a história daquele período.

Carlos Guerreiro (com Lusa)
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Para ler mais sobre a Conferência Portugal e o Holocausto clique AQUI.