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quinta-feira, 14 de março de 2019

Exilados que passaram por Cascais em conferência


Há mais de 20 anos descobriram-se milhares de Boletins de Alojamento para Estrangeiros pertencentes a hóspedes que tinham passado por Cascais durante o período da II Guerra Mundial. Pelos hotéis daquela vila e estância balnear passaram exilados, diplomatas, espiões e muitos outros.

Esta descoberta esteve na base da criação do Espaço Memória dos Exílio, que nas próximas semanas vai ser palco de um ciclo de conferência dedicados a esta temática.

Para inaugurar este conjunto de ações comemorativas dos 20 anos do EME, António Carvalho, Diretor do Museu Nacional de Arqueologia, vai relembrar hoje (14 de Março de 12019), pelas 21 horas, a descoberta deste espólio, a criação do EME e o seu papel na reabilitação da memória dos milhares de estrangeiros que passaram por Cascais neste conturbado período da história mundial.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Prisioneiros de Guerra em Conferência Internacional

“Prisioneiros de Guerra durante o Século XX”, é o tema de uma conferência internacional que tem lugar em Lisboa, na faculdade de Ciências Sociais e Humanas, nos dias 24 e 25 de Novembro.

A iniciativa, que junta vários especialistas internacionais, vai olhar com especial atenção para as primeira e segunda guerras mundiais, mas vai também trazer o resultado de estudos de outros conflitos noutros teatros de operações.

Sobre a mesa, durante os dois dias, vão estar temas como as experiências dos prisioneiros portugueses durante a I Guerra Mundial; as experiências italiana, alemã, russa, africana e asiática durante a II Guerra Mundial; os campos de prisioneiros, a sua memória e violência; a desumanização do inimigo; a paz e o repatriamento.

Temas que darão certamente que falar.

Para saber mais pode consultar o programa AQUI.

Carlos Guerreiro

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Conversas sobre Propaganda e Guerra

O tema da Propaganda e a Guerra durante o século XX vão estar em destaque durante a próxima semana numa conferência internacional que reúne em Lisboa dezenas de especialistas portugueses e estrangeiros.

Entre segunda e terça-feira vão ser abordadas temáticas sobre a propaganda nas duas guerras mundiais, no período entre guerras e na guerra fria, para além alguns de conflitos nacionais como a guerra do ultramar.


Na segunda os especialistas vão concentrar-se mais na primeira metade do século XX. Uma metade um pouco mais curta pois terminará na Guerra Civil de Espanha.

A terça-feira arrancará depois com o período da II Guerra Mundial e prosseguirá pelas décadas seguintes até à Guerra do Golfo, por exemplo.

Obviamente serão também analisadas temáticas relacionadas com a estética, cinema, imagem etc…

Esta conferência internacional realiza-se na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova de Lisboa. O programa completo pode ser encontrado na AGENDA do blogue ou AQUI

No final da semana realiza-se também a primeira edição das Conversas de Guerra.

Na sexta-feira à noite e no sábado, durante a tarde, fala-se sobre a campanha do pacífico.


Nesse sentido vão ser apresentadas algumas comunicações relacionadas com o fardamento, a aviação e o equipamento militar utilizado.

Muito interessante serÁ, no sábado, a intervenção do Coronel Luís Albuquerque que vai conversar sobre o material de guerra japonês que foi apreendido em Timor no final da II Guerra Mundial…

O programa completo também pode ser encontrado na nossa AGENDA

Há várias razões para sair de casa…

Carlos Guerreiro

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Soldados Portugueses na Divisão Azul

Pelo menos 147 portugueses vestiram a farda da Divisão Azul, a unidade de voluntários constituída em Espanha, para combater ao lado dos alemães na frente russa entre 1941 e 1944.




Jaime Graça, um dos divisionários portugueses, deu uma entrevista ao Jornal "Independente" em 1992, e contou a sua história enquanto combatente na Guerra Civil Espanhola e da Divisão Azul.









As informações foram avançadas durante a Conferência Portugal e o Holocausto, por Ricardo Silva, investigador da Universidade Nova de Lisboa, que tem estado a consultar os cerca de 47 mil processos individuais de divisionários e outra documentação nos arquivos em Alcalá de Henares, nos arredores de Madrid onde se encontra a maior parte da documentação referente à Divisão Azul, assim como no Centro de Documentação para a Memória História, em Salamanca, e registos em Portugal.

Pelo menos meia centena destes homens fizeram parte do primeiro contingente que partiu de Madrid e que entrou em combate na frente oriental no Outono/Inverno de 1941.

No final do conflito cerca de uma vintena de portugueses tinha perdido a vida a lutar pela divisão e dois tinham sido feitos prisioneiros pelos russos. Destes apenas um regressaria a Espanha em 1954, quando pouco mais de 200 sobreviventes dos cerca de 500 prisioneiros espanhóis foram repatriados.

A Divisão Azul foi formada pelo ditador Francisco Franco após a Guerra Civil Espanhola e pelas suas fileiras passaram cerca 47 mil voluntários, entre os quais 500 estrangeiros.

Os portugueses são o grosso deste último número esclareceu Ricardo Silva que pretende publicar os resultados da sua investigação em 2013, num livro que deverá trazer as biografias de cada um dos combatentes portugueses.

Os alemãos não tinham uma impressão muito positiva destes homens. Eram olhados como mulherengos incorrigiveis e uma espécie de horda indisciplinda sempre envolvida em roubos de galinhas e comida.

Mas depressa os divisionários foram obrigados a provar o seu valor na União Soviética, combatento nomeadamente, em Leninegrado. No final da guerra a Divisão Azul tinha sofrido cerca de 5000 baixas.

"Cerca de dois terços dos portugueses alistados na Divisão Azul já tinham combatido ao lado das forças franquistas durante a Guerra Civil Espanhola", disse Ricardo Silva, acrescentando que os portugueses se alistaram por "um misto de ideologia, catolicismo, anticomunismo e aventura".

Na fase final também houve vários alistamentos por razões económicas.

"A maior parte nem sabia muito bem o que era o regime nazi e só se aperceberam do que se estava a passar, nomeamdamente, com os judeus quando chegaram à frente", esclareceu ainda o investigador que tem a certeza de que os portugueses tomaram consciência muito cedo dos crimes que estavam a ser cometidos.

A investigação está próxima de ficar concluída. Confirmados estão, como já foi referido, 147 portugueses entre as hostes da divisão azul, mas esse número poderá crescer, tanto porque ainda existem processos por abrir, como também existem dúvidas em relação a alguns dos nomes que já foram recolhidos.

Ricardo Silva não coloca também de parte a possibilidade outros portuguese terem lutado noutras formações ao lado das forças alemãs e tem quase a certeza que entre as SS também houve elementos lusos.

Carlos Guerreiro (com Lusa) 

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Para ler mais sobre a Conferência Portugal e o Holocausto clique AQUI.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

«Conferência Portugal e o Holocausto»
Que sabia Salazar do Holocausto

A questão de se saber quando e o que conhecia Salazar sobre o holocausto e os massacres que ocorriam nos territórios ocupados pelos alemães, foi um dos temas que concentrou parte importantes das atenções dos participantes do Congresso Portugal e o Holocausto que decorreu na Fundação Gulbenkian na última semana.

O tema acabaria por se tornar central depois da apresentação de um estudo de João Campos Neves do ISCTE, que abordou a questão das missões de observadores militares do Estado-Maior Português à Alemanha e às frentes de batalha no Leste da Europa durante a II Guerra Mundial.

Oficiais portugueses que em 1942 estiveram na frente russa, com tropas alemãs, para realizar um visita técnica. Aqui estão rodeados por mulheres de uma aldeia Ucraniana. 
Foto publicada numa reportagem da revista "Sinal" de Dezembro de 1942.

Em 1941 e 1942 pelo menos três missões militares portuguesas realizaram visitas técnicas e de estudo à frente oriental, um assunto que também já foi abordado aqui no “Aterrem em Portugal” (ver "Oficiais Portugueses na Frente Russa")

Avrahm Milgram mostrou-se surpreendido com este estudo pois as visitas realizaram-se às zona do Báltico e da Ucrânia, em locais onde tiveram lugar massacres de milhares de judeus na mesma altura.

Os relatórios que se encontram nos arquivos militares não incluem referências à perseguição dos judeus, mas a historiadora Irene Pimental – que estuda este tema há muito - garantiu que existem referências aos massacres, recolhidos durante aquela visita, pelos observadores militares portugueses.

Os testemunhos não integram o relatório de âmbito técnico-militar, mas poderão ser encontrados nos arquivos do Ministério dos Negócios Estrangeiros para onde estas informações terão sido encaminhadas.

Recorde-se que a pasta dos Negócios Estrangeiros – tal com a do Ministério da Guerra – também estava nas mãos do presidente do Conselho, Oliveira Salazar.

"Não está no relatório, mas Portugal começou a saber de tudo durante missão de 1941. Encontram-se informações sobre os massacres de judeus nos países bálticos e sobre as perseguições na Alemanha. Há também informações que chegaram através de elementos da Divisão Azul espanhola (contingente espanhol na frente Leste junto do Exército alemão e onde se encontravam portugueses) e que também assistiram aos crimes", assegurou Irene Pimentel.

Carlos Guerreiro (com Lusa) 
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Para ler mais sobre a Conferência Portugal e o Holocausto clique AQUI.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

«Conferência Portugal e o Holocausto»
Antissemitismo no Estado Novo

A Time de 1946 e que levou à sua suspensão em Portugal

A tese de que o Estado Novo teve não só um discurso como também uma acção antissemita, transformando Salazar num cúmplice involuntário do genocídio, avançada pelo historiador Manuel Loff, foi um dos momentos que causou maior discussão e debate durante a Conferência Portugal e o Holocausto, que decorreu entre 29 e 30 de Outubro na Fundação Gulbenkian.

"Tendemos a aceitar que a política de Salazar não era racista e que foi solidário para com as vítimas dos nazis, eu não aceito", afirmou Manuel Loff, da Universidade do Porto.

Nesse sentido o historiador salientou circulares publicadas pelo Governo em 1938 e 1939 que proibiam a atribuição de passaportes a indivíduos com nacionalidade indefinida, a russos e a judeus "expulsos das suas nações".

"Salazar não atuava na ignorância das questões do Holocausto", assegurou Loff dizendo ainda que, no limite, as indicações de Lisboa durante a guerra foram a de "proteger" judeus nos locais onde se encontravam.

No caso de Budapeste, explicou Loff, referindo-se aos diplomatas Carlos Garrido e Sampaio Branquinho - que emitiram passaportes portugueses a judeus húngaros em 1944, já depois do desembarque Aliado na Normandia -, "há um carácter excepcional em que a representação portuguesa dá protecção diplomática", mas consciente de que seria "tecnicamente impossível" a viagem da Hungria para Portugal.

"A norma era sempre impedir que os judeus chegassem a Portugal. Protege-los noutros países. Torna esta atitude Portugal cúmplice no Holocausto? De forma involuntária é evidente que sim", acredita Manuel Loff.

Para este historiador, os acontecimentos que envolveram o cônsul português Aristides Sousa Mendes, que emitiu milhares de passaportes a judeus em França durante a II Guerra Mundial, levaram o Ministério dos Negócios Estrangeiros português a "fabricar" a possibilidade de ações nazis contra Lisboa.

"Não há qualquer documento alemão que aponte para a possibilidade de eventuais represálias, por causa dos actos de Aristides Sousa Mendes que sustentem uma razão de Estado. Há, por isso, um significado de natureza politica e ideológica que é impedir a reconstituição de uma comunidade judaica em Portugal", explicou Loff.

O investigador não tem dúvidas de que o antissemitismo está presente na direita integralista e nos círculos ultra-católicos do país, mas que depois da guerra se construíram memórias positivas para eliminar aspetos incómodos do passado.

"A hegemonia ideológica do mito do não-racismo é perdura até hoje. Portugal era um país colonizador e havia racismo, dizer o contrário pode ser o comum, mas não é científico. O discurso auto-elogioso do papel de Portugal durante a II Guerra Mundial foi feito pelo próprio regime e sobreviveu incólume à sua passagem" disse ainda Manuel Loff.

Referindo-se à imprensa da época, Loff cita títulos e artigos publicados no Diário de Notícias e no Diário da Manhã onde se pode ler que “em Portugal não há problema judaico porque este foi resolvido no século XVI" ou ainda que as "características odiosas dos judeus constituem três ameaças: maçónica, bolchevista e judaica".

Outros especialistas presentes contestaram de forma veemente esta tese de Manuel Loff. Irene Pimentel e Avraham Milgram dizem não reconhecer no regime um cunho antissemita.

Tanto um como outro salientam a existência de uma comunidade judaica no país que, mesmo sendo reduzida, convivia de forma próxima com o poder instituído.

Aceitam a existência de um sentimento antissemita – ou racista – em alguma população, mas asseguram que isso nunca teve um reflexo claro a nível de política oficial por parte de Salazar.

Sobre a existência de legislação discriminatória em relação aos refugiados judeus que procuravam entrar em Portugal, Irene Pimentel, salientou que esta não é muito diferente da que existiu noutros países neutros do centro da Europa.

Portugal, assegura Pimentel, tentava desta forma evitar a entrada de milhares de pessoas que claramente não queria no eu território.

Irene Pimentel disse ainda que, face a documentação que consultou e aos testemunhos que reuniu, que era mais difícil ser refugiado político do que refugiado judeu em Portugal, durante aquele período.

Carlos Guerreiro (com Lusa)
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terça-feira, 6 de novembro de 2012

«Conferência Portugal e o Holocausto»
Judeus Portugueses abandonados na Europa

Milhares de refugiados estrangeiros encontraram em Portugal um refúgio, enquanto esperavam por um navio ou qualquer outro meio que lhes permitisse escapar da Europa.

Este aspecto, muitas vezes salientado ao longo dos últimos anos, não deixa de ser ensombrado pela decisão do Estado Novo de virar costas aos judeus de origem portuguesa que se encontravam em vários pontos do mundo e sob alçada do regime nazi.


Na maior parte dos casos tratavam-se de comunidades há muito afastadas do país – desde expulsão dos judeus no final do século XV – mas que continuavam a falar e a considerar-se portugueses.

O caso não é, de facto novo, mas mereceu novamente destaque durante a conferência "Portugal e o Holocausto" que decorreu em Lisboa na última semana.

Avraham Milgram, Investigador israelita do Yad Vashem de Jerusalém e autor do livro editado em 2010 “Portugal, Salazar e os Judeus”, referiu, nomeadamente, o caso dos judeus portugueses na Holanda e na Grécia que o Estado novo decidiu não ajudar, apesar dos apelos, transformando Salazar num cúmplice do aconteceu depois.

"O caso mais conhecido foi quando Salazar não reconheceu os quatro mil judeus de origem portuguesa, na Holanda, mas sem vínculo formal a Portugal.Este episódio faz de Salazar um cúmplice involuntário", disse Milgram, referindo também casos semelhantes de judeus portugueses da origem turca ou grega.

Há vários anos que diferentes pessoas chamam a atenção para este tema, nomeadamente, os jornalistas Nair Alexandra e António Melo, e também pela historiadora Irene Pimentel no seu livro "Judeus em Portugal durante a II Guerra Mundial".

Ainda recentemente estes casos merecerem de novo atenção no livro de Esther Mucznik, "Portugal no Holocausto", editado este ano e onde a  autora conta a história dos 4 mil judeus portugueses deportados da holanda, mas também de outros de Salónica e ainda de vários pontos da Europa (ver AQUI).

Avrahm Milgram disse durante a conferência que se criou – no final da guerra - uma memória positiva do regime, mas parcial, pois não abrange toda a história daquele período.

Carlos Guerreiro (com Lusa)
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Para ler mais sobre a Conferência Portugal e o Holocausto clique AQUI.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Resultados da Conferência "Portugal e o Holocausto"

A questãos do holocausto, dos refugiados e da sua passagem por Lisboa reuniu, a 29 e 30 de Outubro, vários especialistas portugueses e estrangeiros na Fundação Gulbenkian.

A Conferência “Portugal e o Holocausto” foi um mais importantes encontros deste tipo que alguma vez aconteceu no nosso país.


Durante a iniciativa, que teve como principal dinamizador, o embaixador americano Alan Katz, acabaram por ser abordados diversos temas e questões que assumem especial importância para o estudo do período da II Guerra Mundial no nosso país.

O Aterrem em Portugal deixa-lhe um resumo das principais discussões e abordagens feitas ao longo dos dois dias. Para isso junta algum do material recolhido durante as conferências e elementos retirados do noticiário da Agência Lusa…

Nos próximos dias serão colocados neste blog artigos com os seguintes títulos:

- Judeus Portugueses abandonados na europa 

- Antissemitismo no Estado Novo 

- Que sabia Salazar do Holocausto

- Portugueses na Divisão Azul

Tratou-se de uma conferência longa, onde vários temas mereceram nota atenta de alguma comunicação social, razão porque alguns dos assuntos não serão desenvolvidos em textos próprios, mas em material publicado na comunicação social portuguesa.

Muitas destas notícias tiveram como base o trabalho do jornalista Pedro Khron da Agência Lusa, que acompanhou a maior parte dos trabalhos… Para ler as notícias clique sobre os títulos.

Do “Diário de Notícias” fica o relato da sessão de abertura que teve como principal orador e o ex-presidente da República Jorge Sampaio:

- "O genocídio não foi um acidente da História"

Do Público ficam duas notícias. Uma sobre parta da exposição de que já falámos neste blogue (ver AQUI::::) e outra sobre um encontro entre Embaixadores ( Alemanha, EUA, Áustria e Israel) que teve como protagonista inesperado o representante israelita.

- “Alunos portugueses ajudaram a resgatar a memória de vítimas do nazismo”

- “Embaixador de Israel diz que Portugal tem uma nódoa que os judeus não esquecem” 

Para além das questões levantadas pelo representante de Israel em Portugal, este encontro entre os embaixadores serviu, essencialmente, para se ficar a conhecer a forma como o passar dos anos mudou a perspectiva dos seus cidadãos em relação à questão do holocausto e dos crimes de guerra.

Novidade foi também a informação avançada pelo Embaixador Austríaco. Bernhard Wrabetz anunciou que em 2013 vai começar um trabalho de recolha junto dos arquivos portugueses que tem como principal objectivo identificar os refugiados de origem austríaca que passaram por Portugal durante a II Guerra Mundial.

Ainda é preciso definir formas de financiamento e o alcance que um trabalho deste género deverá ter. Wrabetz esclareceu que no princípio do próximo ano vão acontecer um conjunto de reuniões com uma historiadora austríaca no sentido de acertar mais pormenores…

Carlos Guerreiro
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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Lisboa e o Holocausto em Conferência

Cerca de 50 especialistas vão reunir-se nos dias 29 e 30 de Outubro, em Lisboa, para falar sobre o tema do Holocausto e do papel de Portugal durante o período da segunda Guerra Mundial.

No programa, durante o primeiro dia, anunciam-se vários workshops que decorrem em simultâneo e que abordam temas como relações políticas e diplomáticas, o Futuro da investigação em Portugal sobre o Holocausto entre outros temas.

Para ver progrma progrma completo pode clicar AQUI.

Mais de uma vintena de especialistas portugueses, austríacos, americanos e outros. No dia seguinte realizam—se os painéis de discussão.

Entre os especialistas presentes contam-se nomes como Allan Katz (Embaixador dos EUA em Portugal), António José Telo, Clara Ferreira Alves, Douglas Wheeler, Eduardo Lourenço, Eduardo Marçal Grilo, Esther Mucznik, Irene Pimentel, Isabel Alçada, João Paulo Avelãs Nunes, José Pedro Castanheira ou Maria de Lurdes Rodrigues.

A iniciativa conta com a organização da embaixada Americana, da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e vai ter lugar na Fundação Calouste Gulbenkian.
 
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até ao dia 23 deste mês AQUI.

Pode encontrar a página oficial da iniciativa AQUI.

Bom fim de semana
Carlos Guerreiro

terça-feira, 25 de setembro de 2012

“As cidades e as guerras” traz Neil Lochery a Lisboa

Entre os muitos especialistas que no final desta semana participam na conferência “As cidades e as Guerras”, conta-se Neil Locehry, que publicou recentemente em Portugal o livro “Lisboa, a Guerra nas sombras da cidade da luz” (ver entrevista AQUI).


A conferência, uma iniciativa do Instituto de História Contemporânea e da Câmara Municipal de Lisboa, reúne ainda outros importantes nomes nacionais e estrangeiros, ligados ao estudo da história contemporânea como Fernando Rosas, Irene Pimentel, João Avelãs Nunes e outros (ver o nome dos conferêncistas AQUI)


Em foco, durante as próximas quinta e sexta-feiras, vão estar a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais e os impactos que estes conflitos tiveram sobre as cidades. Na quinta o centro das atenções é a primeira Guerra Mundial e a Guerra Civil de Espanha.

A sexta feira é dedicada à 2ª Guerra Mundial com o desenvolvimento de temas como a economia de guerra, Lisboa como abrigo para Refugiados ou a corrida do volfrâmio (ver programa AQUI)

O curso vai decorrer no Teatro Aberto, em Lisboa, e as inscrições podem ser feitas on-line (ver AQUI).

Para os estudantes o curso custa 5 Euros enquanto os restantes pagam 15…

Pode encontrar a página principal da conferência AQUI

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Conferência sobre Portugal e o holocausto

O papel de Portugal durante o holocausto e a II Guerra Mundial são tema de uma conferência internacional que deverá reunir no nosso país investigadores portugueses e americanos. O anúncio foi feito pelo Embaixador Americano em Lisboa, Alan Katz, que adiantou já existirem contactos com universidades, instituições e investigadores americanos e portuguesas para avançar com esta iniciativa, provavelmente, durante o próximo Outono.


Qual o papel de Portugal na II Guerra Mundial e durante o holocausto. Este é o tema que deverá servir de pano de fundo para uma conferência internacional que vai ser organizada pela Embaixada dos estado Unidos em Lisboa.

“A forma do mundo se proteger de situações semelhantes é saber o máximo sobre o que se passou”, explicou à Antena 1 Alan Katz, para quem o tema tem um significado pessoal. O pai, com 18 anos, esteve internado no campo de concentração de Buchenwald, antes de ser deportado e escapar para os Estados Unidos. Também a tia esteve internada em Aushwitz, onde perdeu o marido, enquanto a filha era escondida por holandeses até ao fim do conflito.

O anúncio da conferência aconteceu durante a inauguração de uma exposição, na sede da ordem dos advogados em Lisboa, dedicada à acção de três diplomatas portugueses durante a II Guerra Mundial: Aristides de Sousa Mendes, Sampaio Garr ido e Teixeira Branquinho.
A iniciativa, organizada pela Junta de Freguesia dos Anjos,em Lisboa, reúne uma série de documentos e fotografias onde é detalhada a actividade dos diplomatas. Cópias de telegramas trocados com Lisboa, relatórios, inquirições e autos diversos contam passo a passo o desenrolar dos acontecimentos que levaram ao salvamento de milhares de judeus e outros fugitivos em diferentes períodos da II Guerra Mundial.

Carlos Guerreiro