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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

"Portugal 1939-1945" em formato podcast

A tropa de João Viegas é o primeiro podcast do "Portugal 1939-1945" e traz extratos de uma conversa tida há mais de uma década com um homem que vivia em Olhão e cumpriu o serviço militar durante o período da II Guerra Mundial ao volante de uma camião que percorria o país a recolher os aviões que caíram ao longo do conflito.

Na página do portal de internet dedicado a esta história pode encontrar mais informação e fotografias...


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No futuro poderá ouvir neste podcast especialistas e autores de trabalhos relacionados com o período entre 1939 e 1945, mas quero também que acompanhe as memórias daquele período, tanto pessoais como as que foram deixadas à família ou a amigos. Apesar da pandemia haverá certamente forma de conversarmos.

Se tiver histórias para contar agradeço o envio de uma mensagem para a página de contactos do site.

Espero que goste... 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sete horas de “Dia D” na RTP Memória


O canal “RTP Memória” preparou uma emissão especial, de sete horas, onde vamos poder assistir a filmes, documentários e entrevistas que têm o "Dia D" e a 2ª Guerra Mundial como pano de fundo.

A partir das 18 horas vão ser entrevistados, por Júlio Isidro, os historiadores Irene Pimentel e Fernando Rosas, a jornalista Diana Andringa e o crítico cinematográfico Jorge Leitão Ramos.

Pelo meio vamos poder assistir aos documentários e aos filmes “Crónica do Século”(18h), “O Naufrágio do Empire Warrior” (19.30 h), “Aristides de Sousa Mendes (20 h) e “O Dia Mais Longo” (21.15 h).

Uma noite de sexta-feira diferente no Memória…

Quem tem acesso a outros canais temáticas que desenvolvem temas de história, investigação ou curiosidades também terá muito por onde escolher pois quase todos vão ter emissões especiais dedicadas a recordar os 70 anos do “Dia D”.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Uma paixão em livro

A história saiu na última página do "Jornal de Notícias" e foi escrita por Carlos Rui Abreu...

Nunca guerra alguma teve tão péssimo historiador". Assim começa um livro manuscrito que retrata, em letras e gravuras, os principais factos e figuras da 2.ª Guerra Mundial. São 454 páginas de pura arte que demoraram pouco mais de 6 anos a concluir, desde Novembro de 1950 até Fevereiro de 1957.

"É mais que um filho. Tenho muito orgulho nesta obra", afirma sem contemplações Adelino Pereira. Este comerciante de 82 anos garante que só ele a leu de fio a pavio porque nunca deixou o livro, encadernado no Mosteiro de Singeverga, sair de casa.

Em pleno conflito, Adelino começou a trabalhar no livro. Corria o ano de 1944, e já em 1949 tinha concluído o rascunho da obra. Como não lhe agradou totalmente, deitou mãos à obra e começou de novo a escrever e a desenhar as 291 gravuras e 89 mapas. "Fui fazendo na loja, no intervalo do atendimento dos clientes, e foi tudo feito com tintas ordinárias porque naquela altura não havia esferográficas nem essas coisas", recorda quem assume ter "inventado" cores e "misturado muitas coisas".

Apenas com a 4.ª classe, Adelino Pereira sempre nutriu grande paixão por História e Geografia e cedo começou a intervir em conversas políticas que se mantinham em sua casa. O livro foi a forma de colocar no papel o dia- -a-dia do conflito que acompanhava através de jornais e revistas. "Entre dois comunicados antagónicos, tinha de filtrar a informação conforme a minha ideia", explicou, recordando publicações como o Mundo Gráfico e a Esfera de onde bebeu parte da informação e onde viu a cara dos "senhores da guerra". A obra está dividida em três partes: prelúdio do conflito, a guerra, e o epílogo da grande tragédia."A verde copiei os discursos dos principais líderes, um resumo do que diziam".

Além desta relíquia sobre a 2.ª Guerra Mundial, Adelino Pereira escreveu também, à mão, um romance que encadernou e que já mostrou a muitos dos seus conterrâneos. "Inventei um crime aqui junto de casa. Chama-se 'O crime do monte Lombão'".

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Perdidos e achados… a hipótese num milhão

Esta é mais um história que nada tem a ver com Portugal, mas é tão curiosa que resolvi publica-la. Depois da bomba que matou três pessoas é uma boa forma mostrar que a guerra tem outras facetas…



Óscar Glomb era um jovem do Texas, nos EUA que, à semelhança de muitos outros nos anos quarenta, se alistou para lutar na II Guerra Mundial. Foi integrado na 36ª divisão de Infantaria e em 1943 desembarcou na baía de Salerno, em Itália.

Em Junho de 1944 viveria um dos dias mais difíceis da sua vida. Durante uma batalha perto de Gavorrano, foi atingido por estilhaços de obus que lhe travessaram o pescoço e rasgaram pernas e braços. Ficou ferido com gravidade e enquanto lutava no chão para sobreviver, ouviu gente dizer que não valia a pena fazer nada porque já estava condenado.

Mas houve um soldado que o retirou do campo de batalha e ele acabou por regressar aos EUA onde foi hospitalizado e tratado. Ali conheceu a sua futura mulher, que trabalhava no hospital como voluntária. Casou e teve dois filhos e duas filhas.

Dos tempos da guerra ficou uma estrela de bronze por, dias antes de ter sido ferido, ter protegido os homens do seu pelotão ao matar doze alemães e ferir vários outros, com a sua metralhadora Browning. Católico, diria ao longo de toda a sua vida aos filhos que quando morresse “iria para o inferno por esse acto”.

Em 1990 foi a Itália com o filho e visitou as zonas que tinha percorrido com a sua divisão. Nunca chegou, no entanto, à zona onde tinha sido ferido.

Em 1998 Óscar Glomb faleceu.

Há poucas semanas o filho, de 60 anos, ligou o gravador de chamadas de casa, como faz todos os dias e não queria acreditar. Uma voz, num inglês cerrado e com pronuncia italiana, contava-lhe uma história que haveria de deixar o pai em êxtase, se este ainda estivesse vivo.

“O meu pai disse sempre que gostaria de voltar a Itália e recuperar as suas chapas de identificação. Perdeu-as no dia em que ficou ferido, tal como um anel e um medalhão”, explicou o filho ao “The Statesman”, um jornal do Texas.

A voz no atendedor de chamadas pertencia a Daniele Bianchini, um inspector de polícia italiano reformado,. Há alguns meses tinha comprado um detector de metais e passara a percorrer, como hobby, os campos perto da sua cidade onde sabia que tinham acontecido batalhas durante a II Guerra Mundial. Numa das suas incursões encontrara as chapas de identificação, o anel e o medalhão.

Depois de várias pesquisas conseguira localizar uma pessoa com o nome que constava na chapa de identificação e tentara a sua sorte. A pessoa era o filho de Óscar, Steve.

Depois da troca de vários e-mails Daniele pediu para ficar com uma das duas chapas de identificação e enviou os restantes objectos pelo correio à família. Chegaram a 23 de Abril. O italiano diz que a sua busca e o envio dos objectos para a família são a forma dele homenagear os americanos que lutaram no seu país para o libertar do fascismo.

Dorothy, a mulher de Óscar de 85 anos, diz que a descoberta lhe dá uma sentimento de proximidade com o marido: “isto é muito importante para mim porque ele sempre quis recuperar estas chapas de identificação”.

O filho Steve diz que isto é como um milagre: “Quais são as hipóteses de acontecer uma coisa destas? Quantas estrelas há no universo?"

Eu não tenho respostas...

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Cerimónia em Bristol para lembrar voo777



Ficam algumas das imagens da cerimónia em Bristol para recordar a tripulação e os passageiros do voo 777, abatido pelos alemães a 1 de Junho de 1943. Foi uma inicitiva pequena mas muito interessante. Contou com a presença do neto de Ivan Sharp, que tem o mesmo nome do avô, com o filho do navegador Rosevink, Ben Rosevink, e de um casal de irmãos de Bristol,Jean e Roger Feneley ,que conheciam o comandante Tepas, piloto do voo 777.


Um resumo das entrevistas com estas pessoas vão ser apresentadas neste Blog nas próximas semanas. Para já fica a imagem da entrega da placa comemorativa e a placa. Na fotografia está - da esquerda para a direita - Ben Rosevink (filho do navegador do voo 777 chamado Engebertus Rosevink), Robert Sinclair responsavel pelo aeroporto de Bristol e Ivan Sharp.

Para saber mais sobre este voo pode consultar uma outra mensagem colocada neste blogue há algumas semanas em:
http://aterrememportugal.blogspot.com/2010/05/o-voo-777-aterra-em-bristol-67-anos.html