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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Livro...
"Vilar Formoso - Fronteira da Paz"
de Margarida de Magalhães Ramalho

O novo livro de Margarida de Magalhães Ramalho, “Vilar Formoso - Fronteira da Paz” é apresentado sexta-feira, às 18 horas, na sala do Arquivo dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa.


Lisboa é o local escolhido para o lançamento deste trabalho porque para muitos dos refugiados da II Guerra Mundial – um grande número deles entrados através de Vilar Formoso - a capital representava a porta de saída para uma nova vida.

O livro surge na sequência de um projecto iniciado em 2012, pela Câmara Municipal de Almeida, que quer inaugurar, em 2016, um pólo museológico dedicado aos refugiados, com o nome «Vilar Formoso - Fronteira da Paz».

A investigação, feita no âmbito deste projeto, acabou por servir de base à publicação – com o mesmo nome que o futuro museu – e apresenta documentação e testemunhos inéditos.

A obra está dividida em sete capítulos - Gente como nós; O Início do Pesadelo; A Viage; Vilar Formoso - Fronteira da Paz; Por Terras de Portugal e A Partida. Os mesmos temas poderão ser encontrados, no futuro, nos núcleos do museu.

Por Portugal passaram milhares de pessoas em fuga. Tratava-se, na maior parte, de gente anónima, mas também aqui estiveram escritores ilustres, cineastas, pintores, artistas de cinema, intelectuais, políticos, famílias reais, banqueiros, agentes secretos, entre outros.

Alguns dos que chegaram a Portugal, nessa altura, acabaram por relatar, nas suas memórias, essa experiência. Foi o caso, nomeadamente, de Arthur Koestler, Alfred Döblin, Heinrich Mann, Antoine de Saint – Exupéry, Erika Mann, George Rony e Peggy Guggenheim.

Trata-se de mais um mergulho na história recente do país, numa altura em que nos aproximamos da passagem dos 65 anos do fim da II Guerra Mundial.

Carlos Guerreiro

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