Postal de propaganda alemão que insiste, mais uma vez, nas ligações entre o Reino Unido e a União Soviética e que dá destaque a dois temas olhados com receio pela população portuguesa da época: o comunismo e o ateísmo.
A referência a estas relações, são recorrentes, mas neste caso, os alemães tentam também dar relevância à forma como, supostamente, a igreja de Inglaterra olhava para Estaline e para os comunistas.
Era público que, por exemplo, o Deão de Canterbury era um firme defensor do regime soviético. Hewlett Johnson tinha viajado pelo país, a meio da década de 30, e publicara dois livros onde elogiava a experiência social que ali estava a ter lugar.
As suas obras, publicadas em 1939 e 1941, tornaram-no suspeito mesmo aos olhos das autoridades militares britânicas que o acusaram de espalhar propaganda derrotista e não o queriam junto das tropas.
Aparentemente terá também sido Johnson a influenciar o Estaline, para que este restaurasse o Patriarcado de Moscovo da Igreja Ortodoxa.
O postal dá também relevância ao ateísmo militante dos russos, que tinha influências perniciosas fomentando o surgimento das chamadas quintas colunas, estruturas secretas, preparadas para derrubar os governos dos seus países em nome de ideologias estrangeiras.
Carlos Guerreiro
Sem comentários:
Enviar um comentário