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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Lembrar a II Guerra Mundial no Algarve

A queda do avião em Aljezur, a aterragem forçada de aviões, as redes de espionagem que operavam no Algarve e os combates navais e aeronavais que se registaram no sul do país durante a II Guerra Mundial vão ser alguns dos temas que serão abordados no próximo sábado (31 de Outubro) numa sessão evocativa do conflito que vai decorrer na Junta de Freguesia de Aljezur.


Para abordar estes temas estarão presentes José Augusto Rodrigues e Carlos Guerreiro. O primeiro é autor do livro “A Batalha de Aljezur” e o segundo autor deste blogue.

Será ainda inaugurada uma exposição que reúne peças e informação sobre o combate aéreo que teve lugar em Julho de 1943 naquele concelho. Um incidente que levou à queda de um aparelho alemão, cujos tripulantes se encontram sepultados no cemitério local. Algumas destas peças foram recentemente cedidas por um particular à associação local de defesa do património.

O encontro está marcado para as 15 horas. Até lá…

Carlos Guerreiro

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

«Escaparate de Utilidades»
Sais Kruschen


sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O Postalinho...
Importações para Inglaterra bloqueadas pela Alemanha


Postal de propaganda alemão, de data incerta, mas possivelmente da primeira metade da guerra, altura em que a sua frota de submarinos causava pesadas perdas entre a frota britânica.

Os alemães querem passar a mensagem de que o Reino Unido está isolado do mundo e inacessível através do mar. Entre 1940 e princípios de 1943 as perdas entre os navios mercantes aliados foram muito numerosas e o abastecimento da Inglaterra esteve em risco de ser interrompido.

A guerra no mar, nomeadamente a Batalha do Atlântico, mereceu ampla cobertura dos jornais – mesmo dos portugueses, apesar da censura – e não foram poucos os náufragos que chegaram a portos nacionais tanto do continente, nas ilhas ou nas colónias.

O aproveitamento destas notícias para realizar vários tipos de propaganda era óbvio e este postal é apenas um desses exemplos.

Carlos Guerreiro

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Algumas perguntas a Dejan Stankovic

Dejan Tiago Stankovic publicou recentemente, na revista on-line brasileira Galileu, um conjunto de artigos sobre a espionagem em Portugal durante a II Guerra Mundial. Os artigos foram posteriormente reunidos numa única edição de e-book que pode ser descarregada diretamente da Amazon.


A tentativa de rapto pelos alemães de Eduardo VII, o monarca britânico que havia abdicado por amor, é um dos episódios relatados. Os Nazis pretendiam utilizá-lo como uma marionete após a ocupação do país e, quando se soube que ele estaria em Lisboa, os serviços secretos delinearam planos com o objectivo de o convencer a viver na Alemanha ou, caso isso não fosse possível, raptá-lo. Nada disso aconteceu, mas a história mereceria ampla divulgação após o conflito, contada pelo agente alemão que foi encarregada de vir até Portugal.

Entre os vários personagens que são analisados encontramos Garbo, Popov e Fleming, todos com papéis diferentes, mas que tiveram Lisboa como ponto de passagem ou contacto.

Garbo, um espião duplo ao serviço dos britânicos, enganou os alemães durante cerca de um ano. Este espanhol, depois de ser recusado pelos serviços secretos britânicos, instalou-se em Lisboa e criou uma rede fictícia que supostamente a actuava em Inglaterra. Apesar das mentiras as suas comunicações eram tidas como credíveis pelos alemães e os britânicos acabaram por usá-lo. Teria papel fundamental no sucesso do desembarque do Dia D, fornecendo informações falsas sobre as verdadeiras intenções dos aliados.

Dusko Popov tornou-se um dos espiões mais populares depois da guerra e é olhado como o protótipo da personagem James Bond ou 007. Mulherengo, truculento e um incansável gastador de dinheiro, este espião sérvio também fez jogo duplo ao longo de toda a guerra e também integrou o restrito grupo de agentes envolvidos na operação que enganou os alemães em relação ao desembarque do Dia D.

O último dos personagens descritos por Stankovic é Ian Fleming, o autor das histórias de 007, e que passou pela capital portuguesa duas vezes durante a Guerra. Numa dessas viagens esteve no Casino Estoril, uma experiência que transformaria na ficção “Casino Royal”, o primeiro dos muitos livros de James Bons.

O melhor mesmo é ouvir Dejan Stankovic falar sobre o seu trabalho…

Carlos Guerreiro

segunda-feira, 5 de outubro de 2015