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segunda-feira, 29 de junho de 2015

«Escaparate de Utilidades»
Cordeal Vitacola

Jornal "Diário de Lisboa", 27 de Junho de 1941

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A morte do Ganda

“Uma tremenda explosão atingiu o casco por estibordo entre a ponte e a casa das caldeiras. (…) O costado sofreu um rombo de grandes dimensões por onde podia passar um comboio”. O comandante do Ganda descrevia assim o ataque ao seu vapor, num testemunho prestado à marinha, dias depois do trágico acontecimento.

Fotografias - acima e seguintes - publicadas na revista Mundo Gráfico de Junho de 1941.
(Hemeroteca de Lisboa)

O navio português, que partira de Lisboa com destino às colónias africanas, foi atingido por um torpedo quando se encontrava parado sob a água, a várias dezenas de milhas da costa marroquina. Quinze minutos antes da explosão o Ganda tinha sido “sacudido com alguma violência dando a impressão que tinham batido em algum objecto submerso”.

O comandante Manuel Paião mandara parar as máquinas para inspeccionar o interior do casco. Apenas num tanque foi encontrada alguma água, mas nada de significativo, e não houvera tempo para mais averiguações pois a explosão aconteceu dez minutos depois do choque com o “objecto submerso”. A tripulação ficou com a certeza que se tratara de um primeiro ataque do submarino, mas que o torpedo não explodira.

Face aos estragos foi dada ordem imediata para que se abandonasse o navio, mas das quatro baleeiras que estavam a bordo uma ficou destruída na explosão, outras duas viraram-se devido ao estado do mar. O capitão ordenou também o lançamento à água de uma lancha com motor, utilizado normalmente para facilitar as manobras e fazer o reboque nos portos africanos onde não existiam apoios convenientes.

Das 72 pessoas que seguiam a bordo, 50 eram tripulantes, 5 tratadores de gado e 15 eram passageiros. Contabilizavam-se também 2 clandestinos.

Pouco depois das 19.30 horas, do dia 20 de Junho de 1941, Manuel Paião tomou lugar na única baleeira salva-vidas que sobreviveu e recolheu algumas pessoas que estavam na água. Reuniu 26 náufragos, enquanto na lancha tomavam lugar pelo menos uns quarenta.

Um fino periscópio com uma janela redonda foi visto a passar a uma dezena de metros. Mais tarde o submarino emergiu realizando diversos disparos de canhão na tentativa de afundar o navio, mas às quatro da manhã, numa altura em que a baleeira já se encontrava bastante afastada, ainda se conseguia ver o clarão das chamas que lavraram de forma intensa.


Ironias de guerra 

Como outros navios portugueses este também ostentava as marcas da neutralidade. No casco, com letras brancas de metro e meio, lia-se GANDA-PORTUGAL . Para além da bandeira no mastro, encontrava-se, bem visível sob a ponte uma outra bandeira de lona - com 3 por 2 metros - que era iluminada à noite. De nada serviram…

No meio da confusão as duas embarcações com sobreviventes seguiram rotas distintas e não voltaram a avistar-se.

É natural que o comandante Manuel Paião se apercebesse da ironia da sua situação. Cerca de um mês antes, tinham recolhido 24 sobreviventes do navio tanque britânico “British Grenadier” e agora eram eles os náufragos. O britânico fora afundado a 22 de Maio ao largo da Guiné, também em resultado do ataque de um submarino. Os náufragos ingleses tinham passado pouco tempo no mar. O vapor português e um outro espanhol, recolheram os 49 sobreviventes que deixaram em Freetown, na Serra Leoa, dois dias depois. Agora era ele que enfrentava a imprevisibilidade do destino num pequeno bote…

A explosão tinha danificado o rádio do Ganda e não fora transmitida qualquer mensagem de socorro. Encontravam-se ao largo de Marrocos e tiveram sorte, pois logo na manhã seguinte foram avistados pelo vapor de pesca português “Fafe”. As notícias do desastre e do salvamento da baleeira chegaram a Lisboa, mas nada se sabia da lancha que tinha a maior parte dos sobreviventes.


A espera que desespera

O comandante tinha a certeza de que pelo menos quatro dos seus tripulantes tinham morrido na explosão. Logo que se soube do desastre a Marinha de guerra enviou um navio para a zona e a Aviação Naval patrulhas para localizar os sobreviventes da lancha. O mesmo fizeram aviões franceses baseados em Casablanca. Tanto uns como outros não tiveram sorte.

A sede da Companhia Colonial de Navegação (CCN), na rua Instituto Virgílio Machado, colocou a bandeira a meia haste, enquanto recebia familiares dos náufragos, representantes de outras companhias marítimas, militares e elementos do governo.

Os jornais relatavam as movimentações na sede da CCN e a falta de notícias. Sabia-se que a bordo da lancha não havia alimentos ou gasolina suficientes que permitissem chegar a algum destino. Não era certamente o melhor tipo de embarcação para se ser náufrago… Fora apenas um recurso de última hora. A passagem dos dias tornava o ambiente cada vez mais fúnebre.


Na tarde do dia 24 o ambiente desanuviou com notícias chegadas de Huelva, no sul de Espanha, que davam conta da presença dos náufragos naquele porto.

Foi já numa altura de desespero – três dias depois do torpedeamento - que o comandante José Perez Florêncio, do pesqueiro espanhol "Ventura Gonzalez", os descobriu. O arrastão encontrava-se a 80 milhas da costa marroquina, carregado de peixe, quando se apercebeu da presença da lancha.

A bordo estavam 41 sobreviventes, entre eles cinco mulheres e uma criança, que vão merecer atenção especial pela imprensa nos dias seguintes: “De uma maneira geral, as senhoras portaram-se bem, e deram moral a todos, mesmo nos momentos em que a sede, a tragédia do mar imenso sem farol, as angústias e a fome e até o frio, pois algumas vinham quasi nuas, as obrigavam a desfazer-se em lágrimas, elas foram dignas. Elevavam as mãos ao céu e pelavam para Deus”, escreveu o Diário de Lisboa, que na tarde de 25, relata as conversas tidas ao telefone com o cônsul português, o comandante Florêncio e diversos sobreviventes.

Ficamos também a saber que uma das mulheres, a dona Rosa de Araújo Ribeiro “teve uma grande crise, que felizmente se debelou” e que um miúdo de 8 anos chorou horas seguidas com sede. Para o acalmar deram-lhe água salgada…

Trinta e sete sobreviventes chegariam de autocarro a Lisboa no dia 26. Quatro, mais cansados ou feridos ficariam para trás, regressando mais tarde. Às sete da manhã as camionetas chegavam ao Cais do Sodré onde eram esperados por familiares e “muito povo”. Foram dadas “vivas a Portugal e à sua marinha mercante”.

Mas a felicidade não foi para todos. Confirmaram-se cinco mortos: “Uma mulherzinha sabia pelas notícias dos jornais que o seu marido tinha sido uma das vítimas. O mar não o havia poupado. Morrera quando se deu o torpedeamento. Apesar disso, numa esperança sem fim, foi ao cais. A notícia foi-lhe confirmada. Ficou então como louca. Só nesse momento teve a certeza…”

Carlos Guerreiro

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Algumas perguntas a João Botas

João Francisco Oliveira Botas é jornalista na RTP e, há uma década, que se dedica a estudar a história de Macau, território onde viveu durante os anos 80. Desde 2008 que escreve periodicamente no blogue "Macau Antigo", projecto que fundou.

Em 2007 publicou o livro “Liceu de Macau: 1893-1999” e em 2012 “Macau 1937-1945, Os anos da Guerra”, onde aborda a temática relacionada com o complicado período da II Guerra Mundial e razão suficiente para fazermos algumas perguntas…

Aterrem em Portugal!: Porque resolveu escrever um livro sobre este tema?

João Botas: Sempre tive um enorme fascínio pela 2ª Guerra Mundial. Certamente por influência do cinema e da televisão. Por razões bem mais terrenas Macau ficou-me entranhada desde que ali vivi na década de 80 do século XX ainda um adolescente.

O interesse pela sua história surgiria anos mais tarde. Em 2005 durante as pesquisas para o livro “Liceu de Macau 1893-1999” deparei-me com uma manancial de informação tão vasto que mal terminei de escrever o livro, avancei com um outro projecto. Um blogue sobre a história de Macau, "Macau Antigo".

Porquê este período? Porque foi o tempo do domínio português? Não só, mas também. A verdade é que tinha de delimitar o raio de acção, caso contrário, perder-me-ia! Depois, queria tratar de temas com algum distanciamento temporal. Assim, a chegada e a partida dos portugueses de Macau pareceu-me a escolha mais acertada, mesmo correndo o risco de ser considerado um nacionalismo/ saudosismo bacoco. Com tanta documentação resolvi partilhá-la virtualmente com toda a gente na Internet e aos poucos fui percebendo que centenas de pessoas estavam interessadas. Dedução óbvia: se quase mil pessoas tinham adquirido o livro sobre a história do liceu, por certo pelo menos outras tantas, senão mesmo mais, gostariam de saber mais sobre este ou aquele período da história de Macau menos conhecido.

A primeira metade do século XX pareceu-me o período mais fascinante e ‘lá dentro’ estava a Guerra do Pacífico. Uma guerra que fui ‘acompanhando’ através do cinema – quase sempre filmes passados ora na Europa ou nalguma ilha do Pacífico.

Apesar de ser um dos períodos mais conturbados e marcantes da história de Macau não havia uma obra que sistematizasse este período. Este livro foi feito com o objecto de colmatar essa falha.


AP: Como viveu Macau o período da II Guerra Mundial?

JB: Ponto minúsculo de exclamação ocidental no Extremo Oriente, Macau foi desde a chegada dos portugueses um milagre de sobrevivência. Nos “anos da guerra” o milagre voltou a acontecer.

No Natal de 1941 quando a 2ª Grande Guerra ganhou dimensão mundial e se estendeu à região da Ásia-Pacífico já a então colónia portuguesa – a primeira e a última possessão europeia na Ásia – vivia a braços com a guerra sino-japonesa iniciada anos antes e consumada face aos aliados com a invasão de Hong Kong.

“Maus dias se vislumbravam para Macau, dias de luto e miséria, dias de amargura e cativeiro...” O território escapou às agruras dos combates mas não aos efeitos nefastos do conflito graças a uma neutralidade “colaborante” (im)possível e esteve muitas vezes na eminência de ser invadida pelas tropas nipónicas que do outro lado da Porta do Cerco combatiam os chineses.

No entanto, a invasão surgiria de onde menos se esperava com o ataque de aviões norte-americanos no início de 1945. De Lisboa vão instruções para não hostilizar as forças beligerantes, assegurar a neutralidade e sobreviver.

Encurralada e isolada do mundo durante quase 10 anos, Macau viveu um dos períodos mais conturbados da sua história e então, como nos primórdios da sua fundação no século XVI, tornou-se porto de abrigo para milhares de refugiados que ali encontraram “um fugaz mas sublime parêntesis de paz num mundo em guerra”.

A população de pouco mais de 200 mil almas passou, de repente, para mais de meio milhão. Quase triplicou. Num ínfimo espaço habitado por um mosaico de povos os contrários foram sendo conciliados numa diplomacia quotidiana marcada pela fome e pela morte mas também pela solidariedade e esperança de melhores dias.

Diversos relatos falam de pessoas que entre as fezes procuravam os alimentos que não tivessem sido digeridos para lhes saciar a fome. Na luta pela sobrevivência nem todos foram bem-sucedidos mas o ‘milagre’ de Macau salvou a vida a milhares de pessoas e encerra em si o ‘segredo’ de uma história secular onde a cidade foi não só “um oásis de paz” mas também um “teatro de guerra”.


AP: Que influência tiveram os japoneses na vida da cidade?

JB: Continua a ser um mistério a razão pela qual os japoneses de alguma forma respeitaram a neutralidade de Portugal face ao conflito. Isso dava um trabalho de investigação interessante mas implicaria a consulta, entre outras, de fontes japonesas. Só com uma bolsa de investigação... No livro, mais do que uma resposta cabal, que não sei se algum dia existirá, apontam-se várias hipóteses: a comunidade japonesa no Brasil, a questão de Timor, etc.


Para adquirir o livro contacte o autor
em macauantigo@gmail.com

AP: Apesar da neutralidade registaram-se ataques no território. Pode descrever o que aconteceu?

JB: O ataque dos caças norte-americanos ao Porto Exterior foi apenas um entre vários mas talvez o mais emblemático e numa fase em que a guerra estava quase a acabar. Durante anos temeu-se um ataque dos japoneses mas acabou por vir de onde menos se esperava.

As autoridades de Macau actuavam 'no fio da navalha' tentando sempre não ferir demasiado as susceptibilidades nipónicas por forma a garantir pão e água para a população que passou de 200 para cerca de 700 mil almas no espaço de dois ou três anos.

Naquele contexto a arte de governar era um equilíbrio precário e muitos episódios contados no livro revelam isso mesmo. Foram anos em que se vivia com senhas de racionamento e um cate de arroz podia valer uma jóia de família.

Pedro Lobo, funcionário público na época, era o interlocutor privilegiado nas negociações com os japoneses. Foi nesta época que Stanley Ho deu os primeiros passos no mundo dos negócios.


AP: Qual foi a atitude de Lisboa perante a situação vivida naquele território?

JB: Não foi a primeira vez, nem seria a última, que Macau se tornou porto de abrigo para milhares de refugiados, a maioria oriundos da China.

O governo de Gabriel Maurício Teixeira apercebeu-se desde muito cedo do que se iria passar e preparou-se o melhor que pôde para acolher todos quantos fizeram de Macau a sua casa durante o conflito.

Macau era de facto um porto seguro, não obstante todas as contingências, nomeadamente a escassez de alimentos. Experimentem pegar no mapa-mundo da época e verifiquem a imensidão de território ocupado pelas forças japonesas em especial a partir de 1940-41.

A seguir comparem, à mesma escala, o ponto minúsculo que Macau representa nesse mapa. Pois bem, esses pouco mais de 12 km quadrados - onde a bandeira portuguesa nunca foi substituída pela do império do sol nascente - representaram para milhares de pessoas a diferença entre a vida e a morte. Com muitas dificuldades é certo, mas passada a tormenta puderam perseguir as suas vidas.

Foi muito importante o papel dos macaenses que viviam em Hong Kong e que depois da ocupação japonesa procuraram refúgio em Macau. Os representantes das diversas comunidades de estrangeiros que viviam no território deixaram nota pública do seu profundo agradecimento ao governo de Macau.


Carlos Guerreiro

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Algumas perguntas a José António Barreiros sobre Pantaraxia

José António Barreiros, editor e tradutor desta biografia do filho de Calouste Gulbenkian, revela algumas das histórias contadas neste livro editado, na sua versão original, em 1965.



A obra revela a tumultuosa relação com o pai, o descontentamento em relação à herança, o nascimento da Fundação Gulbenkian, a ligação aos negócios do petróleo e também os altos e baixo de uma vida que começou na Turquia e acabou em Inglaterra.

Há também diversas passagens sobre Lisboa e sobre a II Guerra Mundial onde desempenhou um pequeno papel numa rede de repatriamento que operou em território alemão…

No relato da sua vida trespassa a realidade social que se viveu durante as primeiras seis décadas do século XX.

Pode adquirir o livro AQUI


quarta-feira, 3 de junho de 2015

RTP conta a história do U-1277


Num pequeno documentário produzido em 1998 uma equipa da RTP conta a história do submarino U-1277, afundado pela tripulação ao largo de Matosinhos quase mês após o fim da II Guerra Mundial.

Na reportagem podem ver-se as primeiras imagens captadas do submarino, nos anos 80, e também acompanhar os testemunhos de dois tripulantes do navio que em Junho de 1945 desembarcaram na Praia das Angeiras.

O documentário pode ser encontrado AQUI.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Lembrar em palco o U-1277

Quando a rendição alemã foi anunciada, em 1945, foi dada ordem para que todos os submarinos se entregassem aos aliados, tendo sido anunciados procedimentos e rotas a seguir, para que os U-Boat’s se pudessem entregar. Estas ordens foram enviadas via rádios durante dias seguidos, para que todos as captassem.

Muitos comandantes e tripulações não estavam, no entanto, dispostos a entregar as suas unidades ao inimigo e acabaram por afundá-las em diversos locais da Europa. Em Portugal foram dois os U-Boat’s metidos a pique pelos seus ocupantes. Trataram-se do U-963 ao largo da Nazaré, a 20 de Maio, e do U-1277 ao Largo de Matosinhos, no dia 2 de Junho.


Ambas as tripulações foram inicialmente recolhidas pelas autoridades portuguesas. Os primeiros foram transportados da Nazaré para Peniche e depois para Lisboa. Os segundos seguiram de Leixões directamente para Lisboa onde eram esperados por um navio britânico que os transportaria para Inglaterra onde foram interrogados.

É a chegada dos tripulantes do U-1277 à praia das Angeiras, em 2 de Junho de 1945, que será recriada esta noite em Matosinhos, pelos grupos de teatro Pé de vento, do Porto, e pelo Assemblea Teatro, de Itália. À frente do elenco temos o actor Rui Spranger, enquanto a encenação está nas mãos de Renzo Sicco, que também é autor da peça.

A iniciativa tem lugar no Parque da Praia do Fontão, por volta das 21.30…

Uma boa noite de teatro…

Carlos Guerreiro

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Recordar o U-1277 em Matosinhos

A praia do Fontão, em Matosinhos, recebe, amanhã à noite, um espectáculo muito especial, com a recriação dramatizada da chegada a terra dos tripulantes do submarino alemão U-1277 no final da II Guerra Mundial.

 
O Submarino alemão foi afundado pela tripulação quase um mês depois do fim da guerra em águas portuguesas, tentando evitar que o seu submarino caísse em mãos aliadas. Para os portugueses que assistiram ao acontecimento foi uma surpresa total. A recriação será liderada pelas companhias de teatro Assemblea Teatro, de Turim, Itália, e Pé de Vento, do Porto.

Amanhã voltaremos a falar com mais pormenor deste assunto…

Até lá,
Carlos Guerreiro

O fim do Voo 777

Na manhã do dia 1 de Junho de 1943 levantava, do Aeroporto de Lisboa, o Voo 777 da British Overseas Airways Corporation (BOAC) com destino a Bristol, um dos voos civis que ao longo de toda a guerra asseguraram a ligação entre Portugal e o Reino Unido.

Notícia do "Diário de Lisboa" da tarde de 1 de Junho de 1943


Poucas horas depois uma esquadrilha alemão abatia o aparelho e tripulantes e passageiros desapareciam sob as águas da Baía da Biscaia. A história deste voo seria para sempre recordada porque a bordo seguia Leslie Howard, um actor mundialmente conhecido, e um dos principais actores de “E tudo o Vento Levou”.



Desde o desaparecimento do aparelho que nasceram diversos tipos de teorias da conspiração. Há alguns anos tive a possibilidade de me encontrar com familiares e amigos de passageiros e tripulantes daquele voo. Fica a reportagem que fiz naquela altura para a Antena 1…

«Escaparate de Utilidades»
Fatos de Verão tipo "Palm Beach"

Jornal "Diário de Lisboa", 26 de Junho de 1943.