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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

«Escaparate de Utilidades»
Cabeleireiro do Rossio

Diário de Lisboa, 4 de Dezembro 1940

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

«Escaparate de Utilidades»
Farinha Famalca

Revista "Modas e Bordados", 10 Novembro 1943


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O Postalinho...
O fraco aprovisionamento da Inglaterra


Postal de propaganda alemão, sem data específica, mas que deve ser do período inicial do conflito quando os EUA ainda não eram o principal fornecedor de material dos aliados. A imagem aborda a falta de recursos próprios da Inglaterra.

Este postal insere-se num conjunto de outros com a mesma temática e que tinham por objectivo mostrar as fraquezas britânicas e a sua dependência externa, situação que segundo os alemães conduziria à sua derrota.

Repare-se no navio transporta as diversas importações necessárias para manter a máquina de guerra inglesa. Está danificado, a largar carga e a ser rebocado para conseguir chegar ao seu destino, uma clara referência à campanha submarina que desde os primeiros dias estrangulava, com algum sucesso, a economia da Grã-Bretanha.

Carlos Guerreiro


quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Os trabalhadores forçados portugueses na Alemanha Nazi

No centro Cultural de Belém abre amanhã a exposição “Trabalhadores forçados portugueses no III Reich”, uma iniciativa que reúne material recolhido pela equipa de historiadores portugueses, liderada por Fernando Rosas, que nos últimos anos investigou este tema em arquivos portugueses e alemães.



A abertura está marcada para as 18 horas, altura em que também arranca um colóquio internacional relacionado com o tema.

Para quem está longe ou quer saber mais e já há sempre a possibilidade de adquirir a mais recente edição da revista “Visão História” dedicada ao tema e que também foi preparada pela mesma equipa de historiadores.


 Em mais de uma vintena de artigos é possível conhecer o enquadramento histórico e os relatos de vários portugueses que trabalharam de forma forçada para o esforço de guerra alemão…

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Guerra Civil de Espanha em Lisboa

O Instituto Cervantes, em Lisboa, recebe hoje a apresentação do livro “Extremadura en el Esperjo da la Memória” e de um documentário de 1936 sobre a actividade dos “yuntaderos”, os homens que cuidavam das juntas de bois, produzido em 1936 e desaparecido durante quase 70 anos.


O livro reúne vários trabalhos apresentados por historiadores durante um ciclo de conferências que decorreu no final do ano passado na zona de Badajoz. Os trabalhos abordam questões relacionadas com franquistas e republicanos e até o relacionamento de Portugal com as partes em conflito.

O filme foi uma produção de 1936, do Governo republicano, com o objectivo de divulgar a natividade dos “yuntaderos”. O documentário foi redescoberto nos arquivos russos há alguns anos depois de se ter pensado que teria desaparecido após guerra civil. Julga-se que será uma das cópias enviadas para Paris durante o conflito com objectivos propagandísticos. Com a invasão alemã terá sido entregue na Embaixada Soviética que o enviou para Moscovo.

 Boas razões para dar uma volta pelo Instituto Cervantes…

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Algumas perguntas a Cláudia Ninhos

A forma como a Alemanha olhou e se relacionou com Portugal durante o período da II Guerra Mundial é o tema central do novo livro da historiadora Cláudia Ninhos. "Portugal e os Nazis" já pode ser encontrado nas livrarias e o seu lançamento está marcado para o dia 14 de Novembro na livraria Buchholz.

Para saber um pouco mais sobre esta nova obra ficam algumas informações deixadas pela autora...

Aterrem em Portugal - Porque se interessou pelas relações entre Portugal e o Nazismo?

Cláudia Ninhos - O interesse começou por ser apenas pela língua alemã, que estudei na escola, durante o ensino secundário, e no Goethe Institut. Só depois é que evoluiu para um interesse pela história e pela cultura alemã, em geral. Quando fiz a minha licenciatura em História tive a oportunidade de frequentar várias disciplinas no departamento de Estudos Alemães.

A língua alemã tem sido uma ferramenta muito útil já que me permitu aceder a importantes arquivos e à bibliografia alemã. Em especial no que diz respeito ao estudo da II Guerra Mundial, sempre achei que os investigadores portugueses, ao descurarem esta importante documentação, estavam a esquecer um dos lados da história.

Quando fui para os arquivos alemães fazer investigação, nomeadamente para o Arquivo Político do Ministério dos Negócios Estrangeiros, as minhas desconfianças tornaram-se certezas. O arquivo tem um enorme manancial de informação que sobreviveu à guerra. E não podemos esquecer que a representação diplomática alemã na capital portuguesa esteve aberta até ao final do conflito, em Maio de 1945, mantendo um contacto constante quer com as autoridades portuguesas, quer com as alemãs, o que torna a documentação extremamente rica.


AP - Houve uma grande intervenção cultural, social, económica e propagandista do nazimo no nosso país antes e durante a guerra. Havia alguma estratégia nesta intensa atividade?

CN - Com a chegada do Ministro Oswald von Hoyningen-Huene a Lisboa, em Outubro de 1934, houve finalmente uma estratégia. Antes disso algumas linhas de actuação estavam já a ser construídas, mas é Huene que vem dar-lhes a estabilidade necessária. Depois, teve a sagacidade de compreender que a cultura alemã poderia ser um instrumento para aproximar os dois países.

Toda a gente olha para a cultura como “apolítica”, mas a verdade é que a política cultural alemã – a Kulturpolitik- tem sempre por trás objectivos político-económicos e Huene soube “vender” muito bem a cultura alemã enquanto instrumento de poder.


AP - Foi possível perceber, através da documentação alemã que consultou, qual a imagem que os dirigentes nazis tinham de Salazar e de Portugal?

CN - Quando o ministro Huene chegou a Portugal teve duas tarefas árduas em mãos. Por um lado, teve de provar à Wilhelstrasse (esta era a rua onde se localizava o MNE alemão e é por isso uma nomenclatura muito utilizada para se referirem ao ministério) que Portugal, aquele país distante e periférico, era importante para o novo quadro geopolítico da Europa dos anos 30.

Por outro lado, em Portugal, teve de aplacar as desconfianças de Salazar e de uma parte da elite portuguesa face ao regime Nacional-Socialista e a Hitler. É claro que tinha em Portugal, nomeadamente em Lisboa e especialemente em Coimbra, um grupo de intelectuais e de governantes que olhavam com admiração para a Alemanha, e isso ajudou-o.

Para Huene, a melhor forma de contrariar o predomínio inglês passava por manter um comportamento amigável em relação ao presidente do Conselho e apoiar os seus objetivos ideológicos para a construção do «Novo Portugal» e as instituições portuguesas, como a Legião e a MP. Quanto mais forte fosse a autoridade de Salazar, mais indepentente seria a política de Portugal em relação a Inglaterra. Enquanto esteve em Lisboa – quase 10 anos! – tentou aproximar os jovens portugueses da Alemanha, promovento inúmeras atividades das instituições culturais alemãs no país, como o Grémio Luso-Alemão.

Há um documento muito interessante em que Hoyningen-Huene escreve para Berlim descrevendo a ditadura portuguesa e explicando por que motivo Salazar não poderia enveredar movimento fascista, com uma dinâmica revolucionária, estando limitado a simpatizar com a ideologia nacional-socialista e fascista.

Apesar de considerar que Salazar conhecia os benefícios da introdução do Fascismo sob a sua própria liderança, havia três factores que, segundo Huene, o impediam de seguir esse rumo. Primeiro, a oposição do exército, que não queria ceder a sua influência a um grande movimento popular. Em segundo lugar, a aversão de Salazar a uma liderança de cariz populista que exigia um contacto pessoal com as massas.

E, por último, o receio de que o «temperamento português» não se ajustasse à tensão, interna e perene, que o Fascismo exigia de cada indivíduo. Huene dizia mesmo que nem o Nacional-Sindicalismo, que ideologicamente denotava uma maior proximidade com o regime nazi, era considerado um movimento de massas, uma vez que a população era maioritariamente analfabeta.

Convite para o lançamento do novo livro de Cláudia Ninhos

AP - da história desse período ficou a imagem de um Salazar dividido em relação ao Nazismo, identificando-se com uma parte da ideologia e rejeitando outra de forma clara. Essa imagem sobrevive à análise da documentação que realizou para escrever este livro?

CN - Embora tivesse consultado documentação de arquivos portugueses, a minha prioridade não foi essa.Neste livro procurei, sobretudo, fazer um exercício contrário ao que normalmente é feito. Ou seja, procurei olhar para Portugal a partir das fontes alemãs para compreender qual a estratégia diplomática germânica, recuando mesmo no tempo para analisar continuidades e rupturas.


AP - Houve alguma parte da pesquisa que a tenha surpreendido de forma particular?

CN - Várias. Uma delas foi o papel central do ministro Hoyningen-Huene. Ele foi a coluna vertebral de toda a diplomacia alemã em Portugal, cultivando relações com a elite portuguesa e até mesmo com os outros diplomatas estrangeiros.

O seu papel moderador relativamente ao regime português desencadeou conflitos com as organizações nazis em Portugal, que constantemente se queixavam do diplomata a Berlim. Outra questão que me surpreendeu foi o acordo cultural. Huene fez da assinatura deste acordo um “cavalo de batalha”, pressionando sistematicamente o governo português. Aliás, acompanhar as negociações deste acordo através das fontes alemãs permite-nos compreender a forma de actuação do MNE e de Salazar. A assinatura deste documento nunca foi recusada pelo regime, que adiou sistematicamente uma tomada de decisão, de tal forma que caiu no esquecimento com a eclosão da guerra.

As entidades portuguesas envolvidas – o MNE, o Ministério da Educação Nacional ou o Instituto para a Alta Cultura- desculpavam-se atribuindo a responsabilidade pela demora umas às outras, o que obrigou Huene a desdobrar-se em intermináveis contactos bilaterais. Ainda a propósito deste acordo, há um parecer redigido por Marcello Caetano, na qualidade de vogal do IAC, que analisa com enorme lucidez os objectivos políticos e económicos da diplomacia cultural alemã, como poderão ler no livro.

Boas leituras,
Carlos Guerreiro

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Série alemã sobre a II Guerra Mundial na RTP 2

A partir de hoje e ao longo de seis noites a RTP 2 vai emitir uma série alemã de ficção que acompanha a vida de cinco jovens amigos alemães durante a II Guerra Mundial, um conjunto de episódios que, desde o lançamento em 2013, tem estado no centro de debates e polémicas na Alemanha, mas especialmente fora de fonteiras.


Em Portugal os episódios, produzidos pela ZDF, vão passar com o infeliz título “Os filhos da guerra”, quando o original era “As nossas mães, os nossos pais” (Unsere Mutter, Unsere Vater), uma chamada de atenção para a necessidade da Alemanha reflectir sobre a juventude de uma geração que está a desaparecer.


“As nossas mães, os nossos pais” serviu para trazer para o centro da discussão o tema da II Guerra Mundial, um assunto traumático e doloroso, mesmo para as gerações mais novas de alemães que nada tiveram a ver com o conflito. Numa altura em que a extrema-direita ganha força no país a série serviu para debater os temas do nazismo, da guerra, do holocausto e da culpa.

Na Rússia, nos EUA e na Polónia a produção foi recebida com muita polémica. Os Russos acusaram a ZDF de querer suavizar o tema do holocausto e alguma crítica americana comparou-a aos filmes realizados pela propaganda Nazi. Os mais críticos foram, no entanto, os polacos cujo exército de resistência é apresentado como sendo tão antissemita como os alemães entre outras particularidades. Ainda hoje correm processos de difamação em tribunal interpostos por antigos resistentes aos realizadores.

Consegui em 2013 acompanhar “As nossas mães, os nossos pais” quando foi apresentada a primeira vez na televisão alemã, e ao longo dos últimos anos também tive conhecimento do impacto que causou noutros países. Posso apenas dizer que se trata de um trabalho muito interessante, historicamente próximo da realidade e que por mais de uma vez me fez refletir sobre diversas questões relacionadas com a forma como o nazismo foi cultivado e apoiado pelos alemães.

Pode não querer perder as próximas noites quentes sentado frente à televisão ou ter outra série que o monopoliza, mas digo-lhe que – caso possa - vale a pena gravar os episódios para mais tarde assistir a uma série de qualidade…

Esta noite o primeiro episódio começa pela 22.15 horas, horário que se vai manter até sexta, com o último episódio a rodar daqui a oito dias.

Durante sete dias cada um dos episódios poderá também ser visto online no RTP Play.

Carlos Guerreiro

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A história do "Dago" na SIC

Na série de programas "Aqui há História" a Sic dedicou um deles ao afundamento do navio britânico "Dago" pelo Luftwaffe ao largo de Peniche durante a II Guerra Mundial...


O Pedro Lopes, que acompanha o blogue já me tinha chamado a atenção para a reportagem, mas só agora tive tempo para a colocar on-line... Aproveitem para a ver AQUI.

Recordo apenas que o trabalho desenvolvido por mergulhadores portugueses neste cargueiro já foi premiado lá fora, notícia que obviamente recebeu destaque neste blogue.

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Dunquerque, salvo pelo combate aéreo

Christopher Nolan é magistral a filmar nos pequenos espaços. Uma dúzia de homens que esperam pela maré escondidos no porão de um barco de pesca, o pânico de quem tenta escapar do bojo de destroyer que se afunda, o cockpit de um Spitfire… O formato Imax torna aqueles espaços apertados simultaneamente grandes e próximos. Estamos lá dentro também…

As cenas gravadas no ar salvam Dunquerque... O resto sabe a pouco. 

O problema deste filme são os espaços grandes. A paisagem. A Dunquerque caótica descrita pelos 400 mil soldados que lá estiveram em Maio e Junho de 1940. No filme de Nolan não encontramos esse caos, essa confusão e à excepção dos bombardeamentos é difícil encontrar naquela praia uma guerra ou o desespero de uma retirada apressada frente ao avanço do inimigo.

Tudo está limpo, arrumado, organizado e sistematizado. As caixas de munições estão alinhadas. Os homens fazem filas certinhas e não aparecem esperar pela salvação mas pelo autocarro que passa à porta de casa para os levar para o escritório ou vice-versa… Os ataques alemães são aquela coisa chata que acontece e não se pode evitar, como a chuva ou o vento. Enfim, têm de estar ali, e pronto…

Mas há coisas nesta película que são interessantes… Na edição encontramos um caos saboroso que sentimos falta noutros pontos. Andamos constantemente para trás e para a frente, repisando os mesmos momentos com pontos de vista diferentes, num “déjà-vu” que não cansa e que acrescenta sempre uma nova acção ou uma nova personagem…

De resto as sequências funcionam como uma montanha russa, saltamos da calma para a confusão e da confusão para calma com a mesma rapidez.

Magníficas - mesmo magníficas - são as sequências de combate aéreo. Por essas vale a pena pagar o bilhete… O velho Spitfire que salvou a guerra na Batalha de Inglaterra tem um perfil que encaixa como uma luva no formarto Imax. Quando Nolan sobe ao céu somos também pilotos da RAF, perscrutamos o céu à procura do camarada ou do inimigo. Conseguimos sentir-nos solitários senhores do céu azul…

Nota positiva também para a banda sonora. Transmite a tensão que por vezes faltam às imagens.

Parece-me que ficámos à beira de ver um filme extraordinário, mas não chegou lá.

Antes de comprar o bilhete vale também a pena descobrir as razões que conduziram à situação de Dunquerque e como decorreu a "Operação Dínamo", uma das evacuações mais bem-sucedidas da história militar. Nolan é parco em explicações e centra-se quase em exclusivo nas experiências dos seus personagens…

Carlos Guerreiro

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Amanhã estreia Dunquerque

É já amanhã que estreia nos cinemas portugueses o filme Dunquerque, de Christopher Nolan, uma produção que está a dar que falar e cujas críticas, são para já positivas.


A recomendação de quem já viu o filme é que se faça o seu visionamento em IMAX, até porque a recolha das imagens foi feita nesse formato. 

Enquanto os ecrãs não se iluminam fica a promoção legendada em português...



... E também uma entrevista colectiva com os jovens protagonistas.



Boas saídas,
Carlos Guerreiro

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Dunquerque nos cinemas para a semana

Pedido de desculpas: Peço desde já desculpa pelo erro... Por vezes a precipitação tem destas coisas. O momento que aqui divulgo não do filme "Dunkerque", mas de "ATONEMENT" (Expiação) de 2007 que, confesso não tinha visto... Não deixa de ser um grande momento de cinema, mas não é aquele que se espera na próxima semana. As minhas desculpas a todos os que acompanham este blogue...

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Na próxima quinta-feira estreia em Portugal o filme "Dunquerque" de Christopher Nolan.


A fita tem vindo a merecer o aplauso da crítica, aconselhando-se a escolha écrans grandes para a ver.

Por agora foca um "cheirinho" do que se poderá ver nas salas de cinema...  Não é um trialer promocional, mas uma sequência do filme, com cerca de 5 minutos gravada SEM CORTES...



Parece-me que estes cinco minutos resumem muito bem o que terão sido aqueles momentos...

Em termos de filme e pela amostra... fiquei entusiasmado.

Carlos Guerreiro 



domingo, 4 de junho de 2017

«D-Day Festival»
De Saint-Mère-Église a Point du Hoc


Viaturas dos anos quarenta restauradas estacionadas em Saint-Mère-Église.



Vestígios dos bunkers alemães em Point du Hoc. 
Estes abrigos acolheram canhões de grande envergadura 
até dias antes da invasão. 
Foram tomados por Rangers americanos 
que acreditavam que as armas ainda ali se encontravam. 

António Fragoeiro e Cláudia Ribeiro acompanham entre os dias 30 de Maio e 3 de Junho o "D-Day Festival" que decorre na Normandia para lembrar os desembarques dos aliados em Junho de 1944. Sempre que possível deixam no Aterrem em Portugal! notas sobre a sua viagem...

«D-Day Festival»
O cemitério americano na Normandia

O Cemitério Americano na Normandia, localizado em Colleville-sur- Mer, foi construído em 1956 e acolhe os corpos de cerca de 9300 militares americanos, recordando -se ainda os nomes de mais de 1500 desaparecidos.




António Fragoeiro e Cláudia Ribeiro acompanham entre os dias 30 de Maio e 3 de Junho o "D-Day Festival" que decorre na Normandia para lembrar os desembarques dos aliados em Junho de 1944. Sempre que possível deixam no Aterrem em Portugal! notas sobre a sua viagem...

sábado, 3 de junho de 2017

«D-Day Festival»
Porque o Dia Mais Longo também foi morte

O número de baixas - mortos, feridos, prisioneiros e desaparecidos - durante o Dia D e nas semanas seguintes, naquilo que ficou conhecido como a Batalha da Normandia, ainda são assunto de discussão entre os especialistas.

Durante anos referiram-se cerca de dez mil baixas entre os aliados no dia 6 de Junho, dos quais cerca de 2500 eram mortos. Há alguns anos foi feito um trabalho mais apurado, unidade a unidade, que fez subir o número de óbitos entre os aliados para cerca de 4400. Entre os alemães as baixas no dia do desembarque são mais difíceis de calcular devido à confusão que se instalou nos dias seguintes, mas os números apontam para quatro a nove mil homens.

No final da Batalha da Normandia, que começou a 6 de Junho e se prolongou até meio de Julho, este número cresceu de forma substancial calculando-se o número de baixas em 120 mil para os aliados e 113 mil para os alemães.



Cemitério Alemão de La Cambe. Um dos seis cemitérios de guerra 
alemães que existem na Normandia. 
Mais de 21 mil militares estão aqui sepultados.


Sinais dos combates no interior do Castelo de Caen.

António Fragoeiro e Cláudia Ribeiro acompanham entre os dias 30 de Maio e 3 de Junho o "D-Day Festival" que decorre na Normandia para lembrar os desembarques dos aliados em Junho de 1944. Sempre que possível deixam no Aterrem em Portugal! notas sobre a sua viagem...

sexta-feira, 2 de junho de 2017

«D-Day Festival»
Por Utah Beach

Utah beach foi o nome de código dado às praias que se encontram na zona de Poupeville, na Península de Contentin. Tratou-se de um alvo atribuído às forças americanas e integrava-se num plano mais vasto que pretendia tornar a península uma zona aliada evitando a chegada de reforços alemães.

Para além das forças desembarcadas foram também lançados cerca de 14 mil paraquedistas atrás das linhas - os combates em Saint- Mère- Eglise fizeram parte deste assalto. Os aliados perderam nos combates que se seguiram cerca de 2400 homens. O número de baixas alemãs não são conhecidas.

Monumento que recorda os mortos da 1ª Brigada Especial 
de Engenharia do Exército Americano.

Memorial americano que recorda os 
que combateram em Utah Beach.


Aspectos de Utah Beach.



Diversas vistas dos bunkers alemães que alojavam as baterias navais 
de Azeville, também localizadas na Península de Contentin.

António Fragoeiro e Cláudia Ribeiro acompanham entre os dias 30 de Maio e 3 de Junho o "D-Day Festival" que decorre na Normandia para lembrar os desembarques dos aliados em Junho de 1944. Sempre que possível deixam no Aterrem em Portugal! notas sobre a sua viagem...

quinta-feira, 1 de junho de 2017

«D-Day Festival»
Pelas memórias do desembarque

Com a aproximação da data que recorda os 73 anos do desembarque encontra-se um número crescente de pessoas que estão na Normandia para assistir às cerimónias desse dia. Para além dos testemunhos silenciosos que se mantêm nas praias e nos locais onde ficaram após a invasão, podem também encontrar-se muitas viaturas recuperadas por entusiastas...

Jipes americanos restaurados em Longues-Sur-Mer.


Viaturas americanas restauradas dos anos 40 em Saint-Mère-Église.


Vistas exteriores de bunkers com baterias de artilharia alemãs 
em Longue-Sur-Mer.

Interior de um bunker com bateria em Longue-Sur-Mer.


Restos dos pontões aliados que após a invasão serviram 
como porto artificial para assegurar o abastecimento 
das tropas que avançavam pela Normandia. 
Estes vestígios podem encontrar-se em Arromanches.


Vistas da praia de Arromanches. Aqui não se registaram desembarques 
porque os aliados queriam manter as infraestruturas intactas 
para as poderem utilizar quando instalassem os pontões .

 
Igreja de Saint-Mère-Église. No topo encontra-se um paraquedas 
para homenagear os paraquedistas americanos que aqui aterram 
na madrugada de 6 de Junho de 1944.
Lavrava um intenso incêndio na localidade que iluminou 
os homens que vinham a descer, transformando-os 
em alvos para os alemães. Outros caíram no meio do fogo. 
John Steele, um militar americano, ficou pendurado no topo da igreja
 e fez-se de morto, enquanto os alemães atiravam contra os que caiam 
e os que ficavam presos nas árvores ou noutros edifícios. 
O paraquedas no topo da torre é um memorial 
aos que morreram nesse dia.
Memorial em Saint-Mère-Église aos paraquedistas americanos.

António Fragoeiro e Cláudia Ribeiro acompanham entre os dias 30 de Maio e 3 de Junho o "D-Day Festival" que decorre na Normandia para lembrar os desembarques dos aliados em Junho de 1944. Sempre que possível deixam no Aterrem em Portugal! notas sobre a sua viagem...