Mais um livro sobre a 2ªGuerra Mundial que tem Lisboa como um dos centros da acção. Neste “Do Holocausto à Salvação”, lançado há poucas semanas, encontramos a história de Gertrude van Tijn, uma personalidade polémica que esteve envolvida nas negociações com os nazis para permitir a saída de Judeus da Europa.
O livro custa cerca de 20 Euros e pode ser encontrado em todas as livrarias.
O autor Bernard Wasserstein é professor emérito de História Moderna dos Judeus na Europa, na Universidade de Chicago. É autor de uma dúzia de livros sobre personalidades ou momentos históricos relacionados com a comunidade judaica na Europa e em Israel.
Fica a sinopse oficial e também um vídeo promocional…
Boas Leituras.
Sinopse:
A história da mulher que, a partir de Lisboa, ajudou milhares de judeus a fugir à morte certa. Em maio de 1941, Gertrude van Tijn chegou a Lisboa vinda de uma Amesterdão ocupada pelos nazis. Vinha com a missão de negociar o refúgio de milhares de judeus, alemães e holandeses, com a permissão das autoridades nazis. Mas seria esta mulher de meia-idade, carregando tamanha responsabilidade, capaz de desempenhar eficazmente a sua missão, estando conotada com os ocupantes?
Teria sido ela um mero peão manobrado pelos nazis, ou a sagaz heroína que pactuou com o inimigo para melhor poder defender o seu povo? Bernard Wasserstein, um dos maiores especialistas mundiais em História do Século XX, relata a odisseia desta judia alemã com nacionalidade holandesa que contribuiu, apesar da ambiguidade das suas virtudes, para o salvamento de milhares de pessoas.
Através dela, o autor conduz o leitor até aos sombrios tempos de guerra na Europa, expondo os dolorosos dilemas com que os judeus se confrontaram sob a ocupação nazi. O resultado é um fascinante documento, em que Portugal e a cidade de Lisboa desempenham um papel decisivo.
Para adquirir o livro pode clicar aqui:
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sexta-feira, 29 de agosto de 2014
Livros…
Do Holocausto à Salvação
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quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Quando todos cumprem o seu papel
Pouco depois das duas da tarde o avião da RAF ficou sem combustível e foi obrigado a amarar, a cerca de sete milhas a su-sudeste do Cabo da Roca, perto de Lisboa. Os quatro tripulantes, três canadianos e um australiano, abandonaram o aparelho e subiram para um bote borracha, não salvando nenhum dos seus haveres porque o bimotor Hudson se afundou em cerca de minuto e meio.
Os aviadores Gustafson, Allen, Crozier e Henry tinham levantado da base de Portreath, no Reino Unido, pouco antes das sete da manhã com destino a Ras-Elma, perto de Fez, em Marrocos.
Uma hora depois da aterragem forçada os aviadores viram um pequeno veleiro a aproximar-se. Trazia um casal que falava com eles através de gestos. Passaram-lhes umas garrafas de cerveja, umas sandes e um cabo com prenderam o bote a popa. Depois, ao sabor do vento, as duas embarcações iniciaram uma lenta viagem em direcção a terra.
Poucas milhas depois surgiu uma embarcação de pesca, a motor, que concluiu o reboque do bote até ao porto de Cascais, onde alguém informou os aviadores de que tinham sido salvos pelo adido aéreo da Legação Alemã em Lisboa. O caso foi notícia internacional e até saiu na imprensa estrangeira, através de despachos enviados pelo correspondente da Agência Reuters.
De regresso ao porto de Cascais, e longe de saber que o seu salvamento iria entrar – mesmo que de forma deturpada - para as colunas dos jornais, estava Gunther Habedanck e a mulher, Nelly.
Tinham saído durante a manhã de 29 de Agosto de 1943 de Cascais, no seu pequeno veleiro, o “Danúbio Azul”. Durante o passeio avistaram o avião a despenhar-se. Estava a uma grande distância e só quando se aproximaram perceberam que se tratavam de aviadores que falavam inglês.
O meu pai tinha medo que eles descobrissem que ele era alemão e por isso e disse à minha mãe para não conversarem e comunicarem apenas através de gestos”, recorda Gert Habedanck, filho do casal, que ainda hoje vive em Portugal.
Gunther, era de nacionalidade alemã, mas o filho assegura que não tinha qualquer cargo na Legação da Alemanha. Chegara a Portugal em 1927, para trabalhar na empresa de um familiar ligada ao comércio de ferro, aço e outros metais. Foi também em Portugal que conheceu e casou com a suíça Nelly Adelheit.
“Nessa tarde bateram-lhe à porta de casa. Era alguém da Embaixada Inglesa a agradecer o salvamento dos homens. Mais tarde, apareceu também um enviado da Legação Alemã. Foi muito crítico, dizia que eles eram inimigos, e que o meu pai os deveria ter deixado no mar e coisas piores”, recorda Gert a quem a história foi contada repetidas vezes.
E o salvamento dos aviadores iria conhecer ainda mais um episódio.
Conta o filho que, no dia seguinte, ele foi informado de que deveria dirigir-se à capitânia.
“Disseram-lhe que o Danúbio Azul era um barco pequeno e que não podia ir tão longe, mesmo que fosse para um salvamento. Por essa razão era multado em 7 escudos e 50 centavos. O meu pai, na brincadeira, costumava dizer que todos tinham cumprido o seu papel: ele tinha salvo os náufragos; os ingleses tinham agradecido; os alemães ficado zangados e os portugueses cumprido a lei…”
Carlos Guerreiro
Recorte do jornal canadiano "The Winnipeg Evening Tribune, de 31 de Agosto de 1943 |
Uma hora depois da aterragem forçada os aviadores viram um pequeno veleiro a aproximar-se. Trazia um casal que falava com eles através de gestos. Passaram-lhes umas garrafas de cerveja, umas sandes e um cabo com prenderam o bote a popa. Depois, ao sabor do vento, as duas embarcações iniciaram uma lenta viagem em direcção a terra.
Poucas milhas depois surgiu uma embarcação de pesca, a motor, que concluiu o reboque do bote até ao porto de Cascais, onde alguém informou os aviadores de que tinham sido salvos pelo adido aéreo da Legação Alemã em Lisboa. O caso foi notícia internacional e até saiu na imprensa estrangeira, através de despachos enviados pelo correspondente da Agência Reuters.
De regresso ao porto de Cascais, e longe de saber que o seu salvamento iria entrar – mesmo que de forma deturpada - para as colunas dos jornais, estava Gunther Habedanck e a mulher, Nelly.
Tinham saído durante a manhã de 29 de Agosto de 1943 de Cascais, no seu pequeno veleiro, o “Danúbio Azul”. Durante o passeio avistaram o avião a despenhar-se. Estava a uma grande distância e só quando se aproximaram perceberam que se tratavam de aviadores que falavam inglês.
O meu pai tinha medo que eles descobrissem que ele era alemão e por isso e disse à minha mãe para não conversarem e comunicarem apenas através de gestos”, recorda Gert Habedanck, filho do casal, que ainda hoje vive em Portugal.
Gunther, era de nacionalidade alemã, mas o filho assegura que não tinha qualquer cargo na Legação da Alemanha. Chegara a Portugal em 1927, para trabalhar na empresa de um familiar ligada ao comércio de ferro, aço e outros metais. Foi também em Portugal que conheceu e casou com a suíça Nelly Adelheit.
Casal Gunter e Nelly Habedanck, numa fotografia tirada nos anos 30 ou 40.
(Foto Gert Habedanck)
Era costume velejarem, especialmente ao fim de semana, mas aquele passeio domingueiro ficaria para sempre na memória da família, tanto pelo salvamento, como pelo que se seguiu.
O "Danúbio Azul" (Foto Gert Habedanck) |
E o salvamento dos aviadores iria conhecer ainda mais um episódio.
Conta o filho que, no dia seguinte, ele foi informado de que deveria dirigir-se à capitânia.
“Disseram-lhe que o Danúbio Azul era um barco pequeno e que não podia ir tão longe, mesmo que fosse para um salvamento. Por essa razão era multado em 7 escudos e 50 centavos. O meu pai, na brincadeira, costumava dizer que todos tinham cumprido o seu papel: ele tinha salvo os náufragos; os ingleses tinham agradecido; os alemães ficado zangados e os portugueses cumprido a lei…”
Carlos Guerreiro
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
«Escaparate de Utilidades»
Tónico Fitina
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quinta-feira, 21 de agosto de 2014
O Postalinho...
Pequenos brindes fomentam a amizade
As relações dos britânicos com a União Soviética foram um tema recorrente da propaganda alemã publicada em Portugal, quer em postais quer noutro tipo de publicações.
Portugal tinha uma longa aliança com os britânicos e a comunidade residente em Portugal era extensa e estava implantada há séculos. Vinte anos antes, portugueses e ingleses tinham combatido nas mesmas trincheiras.
Estas relações tinham criado um forte sentimento pró-britânico e importantes fatias da população, razão porque a propaganda alemã tratava o tema com algum cuidado. Uma atenção que não existirá com os americanos e, muito menos, com os russos.
O comunismo era o grande inimigo do Estado Novo e a relação entre soviéticos e britânicos fornecia o “combustível” necessário para alimentar a desconfiança portuguesa.
O cartoon não deixa, no entanto, de realçar a incomodidade britânica em relação à crescente influência do “urso” russo na guerra e no próprio país.
O Maisky, referido pela rainha, é Ivan Maisky, embaixador soviético no Reino Unido entre 1932 e 1943, um elemento crucial na implantação da aliança entre os dois países após o rompimento do pacto Molotov-Ribbentrop, que em 1939 uniu Estaline e Hitler na invasão e divisão da Polónia.
Carlos Guerreiro
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segunda-feira, 18 de agosto de 2014
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Instituto Carmel
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segunda-feira, 11 de agosto de 2014
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Rádio Lincoln
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quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Hiroxima, 69 anos depois
No dia 6 de Agosto de 1945 foi lançada, pelos americanos, sobre a cidade japonesa de Hiroxima a primeira bomba atómica.
Morreram milhares de pessoas de imediato, mas o mais grave foram os efeitos que prevaleceram até hoje devido à radiação. Hiroxima transformou-se no símbolo do holocausto nuclear.
No princípio deste ano a jornalista Soraia Ramos esteve na cidade e realizou uma reportagem onde tentou compreender o legado deixado pelo primeiro ataque atómico da história da humanidade.
O documento que resultou dessa busca foi transmitido na Antena 1 em Maio passado. Para os seguidores do “Aterrem em Portugal!” pedi-lhe também que escrevesse um texto sobre as impressões que colheu durante a realização desta reportagem. Passam 69 anos desde o lançamento da primeira bomba atómica.
Fica a reportagem "Hiroxima, de paz com o mundo" e também algumas notas da autora, a quem agradeço a colaboração…
Fica também o texto da Soraia Ramos:
6 de Agosto de 1945
8h15 da manhã,
Naquele dia muitos ainda estavam a dormir.
Agora, todos os anos, nos dias 6 de Agosto, ninguém em Hiroxima está a dormir.
Estão a rezar, a escrever os nomes de quem faleceu no último ano, num memorial no Ground Zero, no Parque da Paz.
Foi assim hoje e assim vai ser nos próximos anos.
O Japão quer perpetuar a histórica da bomba atómica. Faz tudo para isso.
Emissões especiais de televisão, que duram horas em directo, investimentos astronómicos em educação para a paz, museus, livros, monumentos.
Dizem que também foram astronómicas as consequências dos bombardeamentos.
Todo esse investimento nota-se nas comunidades e na cultura japonesa.
O 6 de Agosto de 1945
está presente no olhar,
na memória,
na história.
Está marcado em cada passo,
em cada família,
que incita à paz,
que não aponta o dedo,
que desculpou, num perdão,
que vai existir por completo,
quando as armas nucleares desaparecerem.
E quando até as crianças pedem isto, apercebemo-nos que não repetem só o que dizem os adultos.
Eles convivem com o Little Boy e com o Fat man desde sempre.
Soraia Ramos
Morreram milhares de pessoas de imediato, mas o mais grave foram os efeitos que prevaleceram até hoje devido à radiação. Hiroxima transformou-se no símbolo do holocausto nuclear.
No princípio deste ano a jornalista Soraia Ramos esteve na cidade e realizou uma reportagem onde tentou compreender o legado deixado pelo primeiro ataque atómico da história da humanidade.
O documento que resultou dessa busca foi transmitido na Antena 1 em Maio passado. Para os seguidores do “Aterrem em Portugal!” pedi-lhe também que escrevesse um texto sobre as impressões que colheu durante a realização desta reportagem. Passam 69 anos desde o lançamento da primeira bomba atómica.
Fica a reportagem "Hiroxima, de paz com o mundo" e também algumas notas da autora, a quem agradeço a colaboração…
Fica também o texto da Soraia Ramos:
6 de Agosto de 1945
8h15 da manhã,
Naquele dia muitos ainda estavam a dormir.
Agora, todos os anos, nos dias 6 de Agosto, ninguém em Hiroxima está a dormir.
Estão a rezar, a escrever os nomes de quem faleceu no último ano, num memorial no Ground Zero, no Parque da Paz.
Foi assim hoje e assim vai ser nos próximos anos.
O Japão quer perpetuar a histórica da bomba atómica. Faz tudo para isso.
Emissões especiais de televisão, que duram horas em directo, investimentos astronómicos em educação para a paz, museus, livros, monumentos.
Dizem que também foram astronómicas as consequências dos bombardeamentos.
Todo esse investimento nota-se nas comunidades e na cultura japonesa.
O 6 de Agosto de 1945
está presente no olhar,
na memória,
na história.
Está marcado em cada passo,
em cada família,
que incita à paz,
que não aponta o dedo,
que desculpou, num perdão,
que vai existir por completo,
quando as armas nucleares desaparecerem.
E quando até as crianças pedem isto, apercebemo-nos que não repetem só o que dizem os adultos.
Eles convivem com o Little Boy e com o Fat man desde sempre.
Soraia Ramos
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
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Ford procura electricista com bom comportamanto
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