A notícia veio no "Público". São cerca de 20 mil as obras de arte, roubadas pelos nazis entre os anos de 1933 e 1945, que já se encontram on-line. Encontra-se um pouco de tudo - de quadros a esculturas, peças de joalharia ou móveis. Entre eles estão também pelo menos quatro peças com origem em Portugal.
Três delas, incluindo um tapete de Arraiolos, pertenceram a David David-Weil, um judeu Francês.
O Link para dar um volta por este arquivo está aqui...
Fica também a notícia do Público e algumas imagens das peças de origem portuguesa...
Base de dados online com obras de arte roubadas a judeus no Holocausto
Cerca de 20 mil obras de arte roubadas pelo III Reich durante a Segunda Guerra Mundial podem desde ontem ser pesquisadas numa base de dados online. O projecto, iniciado em 2005, é uma iniciativa da organização de apoio aos judeus vítimas da perseguição nazi Claims Conference em conjunto com o United States Holocaust Memorial Museum, um museu americano em memória das vítimas.
É uma oportunidade que surge para as vítimas do Holocausto e as suas famílias reaverem os seus bens roubados entre 1940 e 1944 na França e na Bélgica, na altura ocupados pelos nazis, naquele que foi considerado um dos piores ataques da história cultural. Em comunicado, a Claims Conference afirmou que esta nova lista "deve ser consultada por museus, galerias de arte e casas de leilões, para perceberem se têm em sua posse arte roubada pelos nazis, e por famílias que procuram há muito tempo a herança perdida". O site foi construído com base em registos nazis que foram digitalizados, mostrando o que foi apreendido e a quem, juntamente com os dados sobre a restituição ou repatriação e fotografias tiradas aos objectos apreendidos.
A maior parte das peças, incluindo obras de mestres como Picasso, Monet, Chagall e Klimt, nunca foi entregue aos verdadeiros proprietários. Não se sabe exactamente quantos objectos foram roubados pelos nazis e quantos ainda podem estar desaparecidos. A Claims Conference diz que foram apreendidas cerca de 650 mil peças de arte e que milhares continuam perdidos.
Com a chegada de Hitler ao poder milhares de Judeus tornaram-se refugiados no seu próprio país. Os que perceberam o perigo e os que puderam escaparam para o mais longe que puderam. Muitos chegaram a Portugal e, um grande número, continuaram viagem até ao outro lado do Atlântico.
Quando a Alemanha Nazi começou a sua expansão territorial o número de refugiados ainda cresceu mais. Em 1940 Portugal representava a fuga para liberdade e foram às dezenas de milhar os que atravessaram a fronteira em busca de, especialmente, de um visto que lhes permitisse seguir viagem para criar o máximo de espaço ente as suas pessoas e Hitler.
Este Vídeo conta uma das muitas histórias envolvendo refugiados que tiveram em Lisboa o seu ponto de partida.
O "guia" é Greg Hansard da "Virginia Historical Society". Ele explica, em poucas palavras, o drama vivido pelos refugiados do SS Quanza, que saiu do Porto de Lisboa a 8 de Agosto de 1940, tendo como destino o continente americano.
Cerca de 200, dos 317 refugiados judeus que se encontravam a bordo, foram autorizados a sair do barco em Nova Iorque. Os restantes esperavam conseguir o mesmo no México, mas apenas 36 foram autorizados a entrar no país.
Aos restantes 81 foi dito que teriam de voltar para Lisboa. Talvez até voltar a cair nas mãos dos nazis. Nas palavras de um dos refugiados "o regresso ao inferno".
Para conseguir regressar à Europa o navio teria, no entanto, de se abastecer de carvão na Virginia e os refugiados aproveitaram essa paragem para mobilizar a justiça e a opinião pública americana para conseguir ficar na América...
O vídeo é em inglês. Para aqueles que não compreendem a língua, fica aqui um resumo desta aventura - uma das muitas que aconteceram naquele período. Para os restantes vale a pena ver este apontamento com um pouco mais de pormenor...
Chega a primeira actualização do site "Aterrem em Portugal".
Durante o último mês chegaram mais informações sobre novos aparelhos. Por agora são fortes hipóteses, mas estou ainda a recolher elementos.
Chegaram também algumas fotografias que espero poder publicar na próxima actualização.
Em cerca de um mês o site recebeu mais de 1500 visitantes que percorreram mais de 15.000 páginas. A maioria - cerca de metade - são portugueses. Os restantes, liderados por britânicos e americanos, são oriundos de mais de 40 países...
Agora a actualização. Trata-se de um C-47 que se despenhou ao largo da costa em Novembro de 1942. Novos documentos permitiram identificar os pára-quedistas que se encontravam a bordo. Um novo relatório - que se soma ao Evade&Escape Report - também trouxe novos elementos.
Por sugestão de Gonçalo Mendes ficam aqui mais dois apontamento relacionados com a base das Lajes, nos Açores.
Tratam-se de um livro e também de um site, ambos em inglês e com pontos de vista americanos.
O Livro: o autor chegou às Lajes com as divisas de Cabo, integrado nas Forças Americanas do Regimento 928 de Engenharia Aérea.
Uma pesquisa rápida por vários sites dedicados à venda de livros apontam para preços que variam entre os 15 e os 27 Euros.
Talvez uma proposta de leitura interessante para quem gosta do tema. Fica o "Link" indicado pelo Gonçalo. Não é onde o local mais barato, mas tem um texto de apoio muito completo.
No caso do site - bastante interessante - trata-se de uma homenagem a Robert Hawks que integrou a o Batalhão 801 de Engenharia Aérea.
São várias páginas, ilustradas com muitas fotografias e que contam de forma clara o trabalho e as dificuldades porque passaram as forças americanas quando chegaram a meio de Janeiro de 1944. Fica o Link para lá chegar:
Vamos continuar na rota dos Açores, com mais um vídeo que descobri no "Youtube".
Desta vez em português. Existem imagens que já vimos no vídeo anterior, mas existe muito mais material e bastante interessante.
Conta-se, em 9 minutos o envolvimento político e também a história da instalação das forças aliadas nas Lajes. Existem mais imagens sobre a chegada das forças, da construção da pista e muito material- e bom - com aviões a chegar e a partir, além de gerais sobre a infraestrutura.
Também existem imagens posteriores à chegada americana, onde já se vêem os hangares...
Ainda em Português, destaco um livro e um trabalho académico.
O livro foi lançado em 1995 e contém material muito interessante. Lembro-me que, na época, o livro foi parar também aos quiosques e não só às livrarias. Talvez integrasse uma colecção ou algo do género.
Não sei se alguma livraria ainda terá exemplares novos, mas numa volta rápida pela "Net" encontrei várias exemplares em alfarrabistas. O mais barato a 11 Euros.
É um livro interessante e aborda o tema de forma aprofundada dando a perspectiva dos vários lados envolvidos nas negociações...
O trabalho académico é de José Augusto Grave e pode ser encontrado aqui:
Tratam-se de 17 páginas que fazem parte de uma obra muito maior - integrada no repositório da Universidade dos Açores - sobre a história daquele território e que tem a particularidade de referir os problemas locais - políticos e sociais - que a instalação da base e a chegada dos estrangeiros causou. Uma leitura interessante para "descer à terra" e ficar com uma perspectiva completa sobre o que aconteceu...
De resto fica também o link oficial da base, nos nossos dias...
Depois de um livro que aborda a presença dos B-17 nos Açores, nada melhor que mostrar uma ciné-reportagem da época feita pela "British Pathé". Vê-se a construção da infraestrutura, as tendas que serviam de habitação e alguns dos aviões que utilizaram a pista - entre eles um B-17 Fortress (nem de propósito). Um sugestão enviada por um dos muitos interessados nestes temas...
AZORES - FIRST PICTURES
Para ver outras preciosidades da época pode consultar o site da "British Pathé"