Foram alguns dias de trabalho a organizar e a montar tudo, mas ficou pronta ainda antes da páscoa.
Nem sempre foi fácil conjugar as peças e encontrar soluções criativas para que tudo se conjugasse e ficasse acessível aos visitantes que a partir de segunda feira, e até Setembro, a poderão visitar no Espaço Memória dos Exílios, no Estoril.
Os equipamentos militares originários de países beligerantes vêm da Inglaterra, dos Estados Unidos da América, da Alemanha, do Japão ou da Itália, entre outros.
Há também material dos neutrais suíços ou espanhóis e, obviamente, portugueses.
Pelo caminho encontra-se ainda alguma material de propaganda produzido quer pelos Aliados, quer pelas forças dos Eixo.
Entre publicações diversas – a maioria em português – destaque para cerca de três dezenas de postais também publicados naquela época. A maioria são “cartoons” humorísticos britânicos retirados da imprensa e depois impressos em português e distribuídos pelo nosso país…
A inauguração está marcada para amanhã às 19 horas, e contará com a presença do professor Adérito Tavares…
Até lá
Carlos Guerreiro
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domingo, 31 de março de 2013
Olhares para uma exposição
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sábado, 30 de março de 2013
Mudanças de tempo
Hoje, durante a madrugada muda a hora. O relógio vai esquecer-se da uma da manhã e saltar directamente para as duas da madugada…
Dizem os especialistas que é uma tentativa para acertar o tempo marcado pelo nosso relógio com o do sol...
Houve tempos em que a hora era contínua… seguia imparável o seu caminho, e não saltava para a frente ou para trás deixando uns dias com 23 e outros com 25 horas.
Orgulhosamente contava 24 vezes os sessenta minutos para fazer uma hora certa.
Houve também tempos em que a hora era adiantada duas vezes por ano… Primeiro um hora entre Março e Abril. Mais outra hora entre Abril e Agosto, mês em que voltava a recuar uma hora... Por fim entre Outubro e Março atrasava-se outra hora. Coisas de portarias aprovadas nos anos 40...
São complicadas as voltas dos ponteiros…
De resto também o adiantar da hora nem sempre foi igual…
Hoje espera-se pelas 00.59 horas para se dar um salto até às 02.00 horas da manhã.
Noutros tempos a mudança era feita às 22.59 horas. Os ponteiros saltavam depois directamente para as zero horas.
De uma forma ou de hora não esqueça que a hora muda. Quando acordar amanhã terá dormido, apenas segundo o seu relógio, mais uma hora.
São coisas do tempo.
Carlos Guerreiro
Dizem os especialistas que é uma tentativa para acertar o tempo marcado pelo nosso relógio com o do sol...
Houve tempos em que a hora era contínua… seguia imparável o seu caminho, e não saltava para a frente ou para trás deixando uns dias com 23 e outros com 25 horas.
Orgulhosamente contava 24 vezes os sessenta minutos para fazer uma hora certa.
Anúncio publicado no Jornal de Notícias no dia 14 de Março de 1942
Houve também tempos em que a hora era adiantada duas vezes por ano… Primeiro um hora entre Março e Abril. Mais outra hora entre Abril e Agosto, mês em que voltava a recuar uma hora... Por fim entre Outubro e Março atrasava-se outra hora. Coisas de portarias aprovadas nos anos 40...
São complicadas as voltas dos ponteiros…
De resto também o adiantar da hora nem sempre foi igual…
Hoje espera-se pelas 00.59 horas para se dar um salto até às 02.00 horas da manhã.
Noutros tempos a mudança era feita às 22.59 horas. Os ponteiros saltavam depois directamente para as zero horas.
De uma forma ou de hora não esqueça que a hora muda. Quando acordar amanhã terá dormido, apenas segundo o seu relógio, mais uma hora.
São coisas do tempo.
Carlos Guerreiro
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sexta-feira, 29 de março de 2013
Estão convidados...
Fica o convite para segunda-feira... Para além da colecção de António Fragoeiro, que é muito interessante, também se podem encontrar algumas publicações e postais humorísticos de propaganda que pertencem à minha colecção particular..
Encontramo-nos por lá... Carlos Guerreiro
Encontramo-nos por lá... Carlos Guerreiro
quarta-feira, 27 de março de 2013
A II Guerra Mundial em Objectos
Capacetes, bivaques, chapéus tropicais, uniformes, bandeiras e muito outro material original do período da II Guerra Mundial vão estar em exposição no Espaço Memória dos Exílios, no Estoril, a partir da próxima segunda-feira.
Representados estão objectos de origem aliada, do eixo e também de nações neutrais.
Para além de equipamento militar podem ainda ser vistos jornais e revistas daquele período, muitas em português, para além de postais humorísticos utilizados pelas máquinas de propaganda alemães, ingleses e americanos.
As peças pertencem à colecção particular de António Fragoeiro e contam ainda com o contributo de elementos de Miguel Andrade e Carlos Guerreiro.
A inauguração da exposição está marcada para as 19 horas do dia 1 de Abril e contará com a apresentação do professor Adérito Tavares.
Até lá...
Carlos Guerreiro
Representados estão objectos de origem aliada, do eixo e também de nações neutrais.
Para além de equipamento militar podem ainda ser vistos jornais e revistas daquele período, muitas em português, para além de postais humorísticos utilizados pelas máquinas de propaganda alemães, ingleses e americanos.
As peças pertencem à colecção particular de António Fragoeiro e contam ainda com o contributo de elementos de Miguel Andrade e Carlos Guerreiro.
A inauguração da exposição está marcada para as 19 horas do dia 1 de Abril e contará com a apresentação do professor Adérito Tavares.
Até lá...
Carlos Guerreiro
segunda-feira, 25 de março de 2013
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CANETA PARKER
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sexta-feira, 22 de março de 2013
Memorial aos Marinheiros portugueses
Está já a decorrer a recolha de fundos para construir o monumento que vai recordar os marinheiros portugueses que salvaram centenas de vidas durante a II Guerra Mundial.
O assunto já tinha já tinha sido referido aqui no “Aterrem em Portugal” (ver AQUI), mas nos últimos dias o promotor da iniciativa, Michael Pease, avançou com o site e começou a fazer contactos com diversas entidades tendo em vista a construção do memorial.
Entre embarcações de pesca, da marinha mercante e da marinha de guerra portugueses foram salvas para cima de 1700 pessoas nos oceanos Atlântico e Indico.
A ideia começou a ganhar forma quando Pease conheceu a história do avião americano B-24 que se afundou perto de Faro, em Novembro de 1943, e onde seis dos seus onze tripulantes foram salvos por três pescadores daquela cidade (ver AQUI).
A ideia cresceu quando percebeu que o número de salvamentos era muito superior e incluía pessoas de diversas nacionalidades. Desde o princípio desta semana, que é possível obter mais informações através de um site onde se pode também acompanhar a progressão dos donativos.
Michael, que já pediu orçamentos a vários escultores, diz que serão necessários cerca de 60 mil Euros para concretizar o memorial, que será instalado numa zona central da capital algarvia.
Carlos Guerreiro
Aviação clique AQUI.
Náufragos clique AQUI.
O assunto já tinha já tinha sido referido aqui no “Aterrem em Portugal” (ver AQUI), mas nos últimos dias o promotor da iniciativa, Michael Pease, avançou com o site e começou a fazer contactos com diversas entidades tendo em vista a construção do memorial.
O Site está em Português e Inglês e pode ser consultado AQUI.
Entre embarcações de pesca, da marinha mercante e da marinha de guerra portugueses foram salvas para cima de 1700 pessoas nos oceanos Atlântico e Indico.
A ideia começou a ganhar forma quando Pease conheceu a história do avião americano B-24 que se afundou perto de Faro, em Novembro de 1943, e onde seis dos seus onze tripulantes foram salvos por três pescadores daquela cidade (ver AQUI).
A ideia cresceu quando percebeu que o número de salvamentos era muito superior e incluía pessoas de diversas nacionalidades. Desde o princípio desta semana, que é possível obter mais informações através de um site onde se pode também acompanhar a progressão dos donativos.
Michael, que já pediu orçamentos a vários escultores, diz que serão necessários cerca de 60 mil Euros para concretizar o memorial, que será instalado numa zona central da capital algarvia.
Carlos Guerreiro
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Para ler mais histórias sobre:Aviação clique AQUI.
Náufragos clique AQUI.
quinta-feira, 21 de março de 2013
Salazar, Portugal e o Holocausto
José Pacheco Pereira considerou o novo livro de Irene Pimentel e Cláudia Ninhos um importante contributo para conhecer não só os factos que terão chegado a Salazar sobre o Holocausto e a forma como este os tratou, mas também para entender as relações entre Portugal e Alemanha durante a II Guerra Mundial e o período que antecedeu o conflito.
“As diferenças entre o regime alemão e o português são maiores que as proximidades”, considerou Pacheco Pereira adiantando que apesar da aparente afinidade entre os dois regimes Salazar temia o paganismo dos nazis que considerava perigoso para o seu próprio regime.
Ponto de contacto importante era o anticomunismo, mas em relação a vários outros aspectos existe uma relativa distância entre os dois regimes disse Pacheco Pereira, que garante que todas estas questões estão reflectidas no livro.
Boas leituras
Carlos Guerreiro
"Salazar, Portugal e o Holocausto", foi apresentado na última terça-feira, no Goethe Institut.
“As diferenças entre o regime alemão e o português são maiores que as proximidades”, considerou Pacheco Pereira adiantando que apesar da aparente afinidade entre os dois regimes Salazar temia o paganismo dos nazis que considerava perigoso para o seu próprio regime.
Ponto de contacto importante era o anticomunismo, mas em relação a vários outros aspectos existe uma relativa distância entre os dois regimes disse Pacheco Pereira, que garante que todas estas questões estão reflectidas no livro.
O Livro de Irene Pimentel e Cláudia Ninhos tem cerca de 900 páginas.
Pode ser adquirido AQUI.
Boas leituras
Carlos Guerreiro
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terça-feira, 19 de março de 2013
Portugal e o Holocausto em Livro
Salazar, Portugal e o Holocausto, é um novo livro que vai ser apresentado hoje, no Goethe Institut, por volta das 18.30.
A obra é um trabalho conjunto das historiadoras Irene Flunser Pimentel e Cláudia Ninhos e tenta dar pistas sobre as informações que terão chegado ao nosso país sobre o holocausto judeu e outros crimes que praticados pelo nazismo durante a Guerra.
Fica a sinopse oficial:
A amplitude dos massacres cometidos pelos nazis, responsáveis por um devastador número de mortes, tornou impossível mantê-los no desconhecimento da opinião pública. É, por isso, importante compreender o que se sabia entre os Aliados, no Vaticano e nos países neutros, incluindo em Portugal.
Quando tiveram conhecimento do genocídio que estava a ocorrer no leste europeu e que fizeram para salvar as vítimas? Se quisessem, poderiam os Aliados e os países neutros ter feito algo mais para salvar estas vítimas, perante as ameaças de que foram alvo?
A chegada das informações sobre o Holocausto passou por várias fases, desde a sua receção até à tomada, ou não, de posição.
O facto de os governos ocidentais terem recebido inúmeras informações sobre o que estava a ocorrer na Polónia e, depois, na União Soviética não implicou, contudo, que os relatos fossem aceites e compreendidos.
Ou seja, havia informação disponível, mas existiria o conhecimento necessário para que fosse compreendida? Este livro procura, afinal, dar resposta a estas, e a outras questões, em torno do envolvimento de Portugal no Holocausto.
É um livro de duas historiadoras portuguesas de gerações diferentes, com experiências e até opiniões diversas, que se têm dedicado ao estudo do relacionamento entre o Portugal de Salazar e a Alemanha de Hitler, que se juntaram em torno de uma curiosidade comum, procurando contribuir para responder a estas perguntas.
Boas leituras
Carlos Guerreiro
A edição da obra é da Temas & Debates/ Círculo de Leitores e pode ser adquirido AQUI
A obra é um trabalho conjunto das historiadoras Irene Flunser Pimentel e Cláudia Ninhos e tenta dar pistas sobre as informações que terão chegado ao nosso país sobre o holocausto judeu e outros crimes que praticados pelo nazismo durante a Guerra.
Fica a sinopse oficial:
A amplitude dos massacres cometidos pelos nazis, responsáveis por um devastador número de mortes, tornou impossível mantê-los no desconhecimento da opinião pública. É, por isso, importante compreender o que se sabia entre os Aliados, no Vaticano e nos países neutros, incluindo em Portugal.
Quando tiveram conhecimento do genocídio que estava a ocorrer no leste europeu e que fizeram para salvar as vítimas? Se quisessem, poderiam os Aliados e os países neutros ter feito algo mais para salvar estas vítimas, perante as ameaças de que foram alvo?
A chegada das informações sobre o Holocausto passou por várias fases, desde a sua receção até à tomada, ou não, de posição.
O facto de os governos ocidentais terem recebido inúmeras informações sobre o que estava a ocorrer na Polónia e, depois, na União Soviética não implicou, contudo, que os relatos fossem aceites e compreendidos.
Ou seja, havia informação disponível, mas existiria o conhecimento necessário para que fosse compreendida? Este livro procura, afinal, dar resposta a estas, e a outras questões, em torno do envolvimento de Portugal no Holocausto.
É um livro de duas historiadoras portuguesas de gerações diferentes, com experiências e até opiniões diversas, que se têm dedicado ao estudo do relacionamento entre o Portugal de Salazar e a Alemanha de Hitler, que se juntaram em torno de uma curiosidade comum, procurando contribuir para responder a estas perguntas.
Boas leituras
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segunda-feira, 18 de março de 2013
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sexta-feira, 15 de março de 2013
Carta da frente Russa para amigo português
A carta de um soldado alemão ao seu “condiscípulo” português, foi publicada na edição de Junho/Julho de 1942 da revista “A Jovem Europa”, uma publicação com sede em Berlim, e editada em doze línguas.
A carta que surge nesta edição da revista está assinada por Georg B., soldado na frente Russa em 1942, e membro da comunidade germânica em Portugal.
No livro de Reinhart Schwarz, no seu livro “Os alemães em Portugal 1933-1945”, uma obra que caracteriza a vida daqueles cidadãos e das suas instituições no país, durante o período em referência, existe uma lista de militares e civis mortos ou desaparecidos na sequência de combates ou bombardeamentos de cidades alemãs.
Georg B. não é referido nessa lista e, segundo foi possível apurar, sobreviveu ao conflito.
Nove outros elementos da colónia alemã de Portugal morreram em combate e oito outros - entre eles civis - desapareceram ou faleceram na sequência dos bombardeamentos aliados.
Schwarz faz também no seu livro uma análise à colónia alemã. Uma comunidade relativamente pequena, comparada com a inglesa. Na I Guerra Mundial tinham sido expulsos de Portugal e expropriados seus bens.
Aqueles que regressaram viram-se sozinhos na luta para recuperar as vidas que tinham perdido.
A república de Weimar deixou as comunidades expatriadas entregues a si próprias.
O Nazismo traz uma nova política em relação às comunidades alemãs fora do país. Rodeia-as de atenções, dinamiza actividades e integra hospitais, centros culturais, escolas e outras as instituições na estrutura do partido.
Para muitos alemães que residiam fora do seu país, este interesse era muito bem-vindo e o nazismo representou também um renascer do seu interesse pelo país. Quando rebenta a guerra foi por isso natural para muitos jovens integrar os exércitos de Hitler…
A "Jovem Europa" era uma revista que tinha como alvo os jovens académicos e os soldados da Europa fascista/ nacionalista.
Continha cartas, citações ou extractos de diários de soldados alemães e combatentes de outras nacionalidades nas várias frentes onde se encontravam tropas do Reich, dando um enfâse especial à frente leste.
Era uma forma de chegar aos milhares de jovens, de vários países, que integraram formações militares germânicas ou simpoatizavam com a luta contra o comunismo.
As suas páginas eram ainda preenchidas com artigos de “mestres da cultura, da ciência e filosofia”, refere Reinhard Schwarz, no seu livro.
A publicação pertencia à AKA - Akademischer Kulturaustausch (Intercâmbio Cultural Académico) - e tinha como representante em Portugal Siegfried Graf zu Dohna e como redactor Franz Blumberg.
A revista era composta em Berlim e depois enviada para Portugal onde era traduzida. A impressão era parcialmente realizada na Alemanha e completada na capital portuguesa pela Sociedade Astória de Lisboa.
Carta de um Soldado Alemão ao seu condiscípulo português João Bravo, em Lisboa
Crimeia, 17/3/42
Correio de Campanha nº 31.268
Meu caro camarada João:
O teu bom amigo Georg envia-te, da extensa e distante Rússia, muitas saudades para ti e para os teus queridos pais.
Os meus camaradas estão sentados em torno de uma mesa, jogando em grupo um «skat» (jogo de cartas). Por cima das camas estão penduradas espingardas e capacetes de aço prontos a serem utilizados.
Há um ano estávamos nós na zona do Canal da Mancha a montar linhas telefónicas, sendo nessa altura alvejados por caças e vedetas inglesas. Hoje encontramo-nos na Crimeia, nas margens do Mar Negro, praguejando quando as horrendas «Ratas» avançam para nós a roncar.
Os russos atacam-nos da maneira mais vil que se possa imaginar; eles vêm disfarçados em trajes civis, em uniformes alemães etc. Numa luta nas ruas, cortaram as orelhas, espetaram os olhos e partiram os ossos a camaradas feitos prisioneiros, matando-os assim lentamente.
Eu próprio assisti a estas cenas; um deles foi por tal forma desfigurado, que não o pudemos identificar: estava feito numa massa disforme. Assim pereceram muitos camaradas que jaziam no chão uns ao lado dos outros; alguns tinham apenas 18 anos. Haviam dado pela Pátria pela Europa o que de mais caro possuíam.
Sim, meu caro João, eles deram também a vida por ti e pela tua pátria e religião.
Porque é que havemos de ser sempre nós???
Sempre nós a salvar a Europa???
Sempre o nosso sangue e dos nossos camaradas!
Com certeza que eu perdia a cabeça se me pusesse a pensar nisto! Durante o Inverno tivemos uma luta como nunca tínhamos tido até aqui. A uma temperatura de 40º negativos, fomos obrigados a deter multidões sobre multidões de russos, que investiam contra as nossas linhas com armas terríveis e montanhas de carros blindados.
Nós detivemo-los, mas quando acontecia passarem por cima de camaradas que se mantinham no seu posto, eram cercados e aniquilados.
Todos agradecemos a Deus que o Inverno esteja quasi a despedir-se, pois foi de incrível dureza. Os nossos geniais dirigentes e soldados fizeram malograr o plano dos russos, mantendo-nos nos nossos postos.
Se eles tivessem furado as nossas linhas, pobre da nossa pátria! Estes selvagens teriam destruído e assassinado tudo e todos e teriam mesmo chegado até aí… até vocês.
E ainda há padres, como na Inglaterra e outras partes, que fazem preces pelos cristãos bolchevistas! Quedo-me perplexo ante tal humanidade e tal igreja!
Eu posso em qualquer altura declarar a minha opinião, pois fui testemunha ocular deste «paraíso» através do qual marchei de olhos muito abertos. Protegei o vosso país contra os horrores da guerra, sede sensatos; sabei que a nossa força armada dispõe agora de um poder incrível.
Estou aqui lutando juntamente com romenos. A camaradagem é excelente!
Porquê não estou com vocês, portugueses?
A Rússia é um país extraordinário; em todas as cidades há uma rua magnífica com lindos parques, mas, atrás disto, é tudo uma miséria indescritível, que não quero tentar descrever, nem saberia como.
Acredita-me ou não, como quiseres. As igrejas foram todas transformadas em celeiros ou fábricas de «Vodka».
Um velho padre que andou sempre escondido, celebra agora a sua missa católico-ortodoxa numa das igrejas por nós reparadas e beija a mão de todos os soldados que nela penetram.
Num lazareto tomado de surpresa pelos russos, estes atiraram pelas janelas os feridos de gravidade. Foi-nos possível, usando de rara coragem, salvar ainda muitos deles. Mas os russos perdem diariamente tanta gente, que é impossível que dentro em breve não achem demasiado o castigo que lhes infligimos.
E agora basta de «paraíso» de miséria, de selvagens e de baixeza moral!
Assim que vier o Verão, aí de vós, meus russos!
É malhar neles que vai ser um consolo!
Hão de pagá-las olho por olho e dente por dente!
Os uniformes dos soldados que lutam estão em farrapos e cor sumida, mas quando tocar a avançar e tiver abrandado o frio, o coração de cada soldado alemão palpitará com dobrada força.
E tu como estás, João? Eu vou bem de saúde.
Não tardes a escrever-me uma longa carta sobre essa minha segunda pátria.
Olha! Ouve-se trovejar agora mesmo… são os russos que nos atiram com «ovos».
Os meus camaradas estão cada vez mais entusiasmados com os seu jogo e «skat».
Quando nos tornaremos a ver, meu caro João? Esperemos que seja em breve.
Mil saudades te envia o teu velho amigo
Georg B.
A carta que surge nesta edição da revista está assinada por Georg B., soldado na frente Russa em 1942, e membro da comunidade germânica em Portugal.
No livro de Reinhart Schwarz, no seu livro “Os alemães em Portugal 1933-1945”, uma obra que caracteriza a vida daqueles cidadãos e das suas instituições no país, durante o período em referência, existe uma lista de militares e civis mortos ou desaparecidos na sequência de combates ou bombardeamentos de cidades alemãs.
Georg B. não é referido nessa lista e, segundo foi possível apurar, sobreviveu ao conflito.
Nove outros elementos da colónia alemã de Portugal morreram em combate e oito outros - entre eles civis - desapareceram ou faleceram na sequência dos bombardeamentos aliados.
Schwarz faz também no seu livro uma análise à colónia alemã. Uma comunidade relativamente pequena, comparada com a inglesa. Na I Guerra Mundial tinham sido expulsos de Portugal e expropriados seus bens.
Aqueles que regressaram viram-se sozinhos na luta para recuperar as vidas que tinham perdido.
A república de Weimar deixou as comunidades expatriadas entregues a si próprias.
O Nazismo traz uma nova política em relação às comunidades alemãs fora do país. Rodeia-as de atenções, dinamiza actividades e integra hospitais, centros culturais, escolas e outras as instituições na estrutura do partido.
Para muitos alemães que residiam fora do seu país, este interesse era muito bem-vindo e o nazismo representou também um renascer do seu interesse pelo país. Quando rebenta a guerra foi por isso natural para muitos jovens integrar os exércitos de Hitler…
Esta é a única imagem a ilustrar toda a revista. Encontra-se nas páginas de abertura e é um fotografia da escultura
"Camaradagem"
de Arno Brecker.
"Camaradagem"
de Arno Brecker.
A "Jovem Europa" era uma revista que tinha como alvo os jovens académicos e os soldados da Europa fascista/ nacionalista.
Continha cartas, citações ou extractos de diários de soldados alemães e combatentes de outras nacionalidades nas várias frentes onde se encontravam tropas do Reich, dando um enfâse especial à frente leste.
Era uma forma de chegar aos milhares de jovens, de vários países, que integraram formações militares germânicas ou simpoatizavam com a luta contra o comunismo.
As suas páginas eram ainda preenchidas com artigos de “mestres da cultura, da ciência e filosofia”, refere Reinhard Schwarz, no seu livro.
A publicação pertencia à AKA - Akademischer Kulturaustausch (Intercâmbio Cultural Académico) - e tinha como representante em Portugal Siegfried Graf zu Dohna e como redactor Franz Blumberg.
A revista era composta em Berlim e depois enviada para Portugal onde era traduzida. A impressão era parcialmente realizada na Alemanha e completada na capital portuguesa pela Sociedade Astória de Lisboa.
Apresentação dos objectivos da publicação e a primeira página da carta de Georg B.
Fica a transcrição da carta de Georg B.:
Carta de um Soldado Alemão ao seu condiscípulo português João Bravo, em Lisboa
Crimeia, 17/3/42
Correio de Campanha nº 31.268
Meu caro camarada João:
O teu bom amigo Georg envia-te, da extensa e distante Rússia, muitas saudades para ti e para os teus queridos pais.
Os meus camaradas estão sentados em torno de uma mesa, jogando em grupo um «skat» (jogo de cartas). Por cima das camas estão penduradas espingardas e capacetes de aço prontos a serem utilizados.
Há um ano estávamos nós na zona do Canal da Mancha a montar linhas telefónicas, sendo nessa altura alvejados por caças e vedetas inglesas. Hoje encontramo-nos na Crimeia, nas margens do Mar Negro, praguejando quando as horrendas «Ratas» avançam para nós a roncar.
Os russos atacam-nos da maneira mais vil que se possa imaginar; eles vêm disfarçados em trajes civis, em uniformes alemães etc. Numa luta nas ruas, cortaram as orelhas, espetaram os olhos e partiram os ossos a camaradas feitos prisioneiros, matando-os assim lentamente.
Eu próprio assisti a estas cenas; um deles foi por tal forma desfigurado, que não o pudemos identificar: estava feito numa massa disforme. Assim pereceram muitos camaradas que jaziam no chão uns ao lado dos outros; alguns tinham apenas 18 anos. Haviam dado pela Pátria pela Europa o que de mais caro possuíam.
Sim, meu caro João, eles deram também a vida por ti e pela tua pátria e religião.
Porque é que havemos de ser sempre nós???
Sempre nós a salvar a Europa???
Sempre o nosso sangue e dos nossos camaradas!
Com certeza que eu perdia a cabeça se me pusesse a pensar nisto! Durante o Inverno tivemos uma luta como nunca tínhamos tido até aqui. A uma temperatura de 40º negativos, fomos obrigados a deter multidões sobre multidões de russos, que investiam contra as nossas linhas com armas terríveis e montanhas de carros blindados.
Nós detivemo-los, mas quando acontecia passarem por cima de camaradas que se mantinham no seu posto, eram cercados e aniquilados.
Todos agradecemos a Deus que o Inverno esteja quasi a despedir-se, pois foi de incrível dureza. Os nossos geniais dirigentes e soldados fizeram malograr o plano dos russos, mantendo-nos nos nossos postos.
Se eles tivessem furado as nossas linhas, pobre da nossa pátria! Estes selvagens teriam destruído e assassinado tudo e todos e teriam mesmo chegado até aí… até vocês.
E ainda há padres, como na Inglaterra e outras partes, que fazem preces pelos cristãos bolchevistas! Quedo-me perplexo ante tal humanidade e tal igreja!
Eu posso em qualquer altura declarar a minha opinião, pois fui testemunha ocular deste «paraíso» através do qual marchei de olhos muito abertos. Protegei o vosso país contra os horrores da guerra, sede sensatos; sabei que a nossa força armada dispõe agora de um poder incrível.
Estou aqui lutando juntamente com romenos. A camaradagem é excelente!
Porquê não estou com vocês, portugueses?
A Rússia é um país extraordinário; em todas as cidades há uma rua magnífica com lindos parques, mas, atrás disto, é tudo uma miséria indescritível, que não quero tentar descrever, nem saberia como.
Acredita-me ou não, como quiseres. As igrejas foram todas transformadas em celeiros ou fábricas de «Vodka».
Um velho padre que andou sempre escondido, celebra agora a sua missa católico-ortodoxa numa das igrejas por nós reparadas e beija a mão de todos os soldados que nela penetram.
Num lazareto tomado de surpresa pelos russos, estes atiraram pelas janelas os feridos de gravidade. Foi-nos possível, usando de rara coragem, salvar ainda muitos deles. Mas os russos perdem diariamente tanta gente, que é impossível que dentro em breve não achem demasiado o castigo que lhes infligimos.
E agora basta de «paraíso» de miséria, de selvagens e de baixeza moral!
Assim que vier o Verão, aí de vós, meus russos!
É malhar neles que vai ser um consolo!
Hão de pagá-las olho por olho e dente por dente!
Os uniformes dos soldados que lutam estão em farrapos e cor sumida, mas quando tocar a avançar e tiver abrandado o frio, o coração de cada soldado alemão palpitará com dobrada força.
E tu como estás, João? Eu vou bem de saúde.
Não tardes a escrever-me uma longa carta sobre essa minha segunda pátria.
Olha! Ouve-se trovejar agora mesmo… são os russos que nos atiram com «ovos».
Os meus camaradas estão cada vez mais entusiasmados com os seu jogo e «skat».
Quando nos tornaremos a ver, meu caro João? Esperemos que seja em breve.
Mil saudades te envia o teu velho amigo
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quinta-feira, 14 de março de 2013
Filme recorda refugiados do pós –guerra
A história baseia-se num livro autobiográfico e conta o percurso de uma família húngara que sobreviveu à ocupação alemã – durante a II Guerra mundial,- e russa – no pós guerra- acabando por sair do seu país e terminar a fuga no Estoril, em Portugal.
“Uma vontade indomável” será também um dos filmes com maior orçamento que já passou por Portugal – entre os 13 e os 20 milhões de dólares – e os seus promotores apresentaram o projecto na última semana em Lisboa, onde também fizeram contactos com a autoridades locais para definir facilidade se locais de gravação.
Esta produção é baseada na obra autobiográfica "De Budapeste ao Estoril - Uma vontade indomável", de Edle Hubay Cebrian, mãe do principal promotor do projecto, László Hubay Cebrian, antigo presidente da Walt Disney Company Ibéria. Em Lisboa estiveram também os argumentistas Allan Loeb, autor de argumentos como The Switch; Wall Street: Money Never Sleeps; Rock of Ages; e Greg Pritikin que teve mão em Dummy; Totally Confused ou Surviving Eden.
Com os produtores, Darin Dusan e Mitchell Peck, visitaram locais como Estoril, Cascais, Lisboa e Ílhavo. A empresa conta ainda com a participação do empresário Luis Aranha.
Edle Astrup Hubay Cebrian, foi jornalista, tendo entrevistado figuras relevantes do século XX como o dramaturgo irlandês Bernard Shaw, o médico, psiquiatra e escritor sueco Axel Munthe e Charlie Chaplin.
O filme seguirá a sua vida com Andor Hubay Cebrian, aristocrata húngaro e artista multi-facetado. Com ele e com os filhos sobreviveram às atrocidades cometidas em Budapeste durante e depois da Segunda Guerra Mundial, exilando-se na Noruega e mais tarde em Portugal onde Andor chegou a ser foi director criativo da Vista Alegre.
A estreia está apontada para 2015, apesar de o filme não ter ainda elenco definido. Quem quiser acompanhar o desenvolvimento deste filme pode fazê-lo através do site oficial (clique AQUI) ou através do Facebook (clique AQUI).
Carlos Guerreiro
“Uma vontade indomável” será também um dos filmes com maior orçamento que já passou por Portugal – entre os 13 e os 20 milhões de dólares – e os seus promotores apresentaram o projecto na última semana em Lisboa, onde também fizeram contactos com a autoridades locais para definir facilidade se locais de gravação.
Esta produção é baseada na obra autobiográfica "De Budapeste ao Estoril - Uma vontade indomável", de Edle Hubay Cebrian, mãe do principal promotor do projecto, László Hubay Cebrian, antigo presidente da Walt Disney Company Ibéria. Em Lisboa estiveram também os argumentistas Allan Loeb, autor de argumentos como The Switch; Wall Street: Money Never Sleeps; Rock of Ages; e Greg Pritikin que teve mão em Dummy; Totally Confused ou Surviving Eden.
Com os produtores, Darin Dusan e Mitchell Peck, visitaram locais como Estoril, Cascais, Lisboa e Ílhavo. A empresa conta ainda com a participação do empresário Luis Aranha.
Edle Astrup Hubay Cebrian, foi jornalista, tendo entrevistado figuras relevantes do século XX como o dramaturgo irlandês Bernard Shaw, o médico, psiquiatra e escritor sueco Axel Munthe e Charlie Chaplin.
O filme seguirá a sua vida com Andor Hubay Cebrian, aristocrata húngaro e artista multi-facetado. Com ele e com os filhos sobreviveram às atrocidades cometidas em Budapeste durante e depois da Segunda Guerra Mundial, exilando-se na Noruega e mais tarde em Portugal onde Andor chegou a ser foi director criativo da Vista Alegre.
A estreia está apontada para 2015, apesar de o filme não ter ainda elenco definido. Quem quiser acompanhar o desenvolvimento deste filme pode fazê-lo através do site oficial (clique AQUI) ou através do Facebook (clique AQUI).
Carlos Guerreiro
terça-feira, 12 de março de 2013
Museu do Ar na TSF
A conversa sobre o “Museu do Ar” passou no último sábado na TSF, integrado no programa “Encontros com o Património”, de Manuel Vilas-Boas.
Participam no programa o coronel Antero Coutinho, Mário Correia, conservador do Museu e Adelina Arezes, a primeira mulher oficial de placa da TAP.
Bons voos
Carlos Guerreiro
Oiça a emissão do programa "Encontros com o Património" dedicada ao "Museu do Ar" AQUI.
Participam no programa o coronel Antero Coutinho, Mário Correia, conservador do Museu e Adelina Arezes, a primeira mulher oficial de placa da TAP.
Bons voos
Carlos Guerreiro
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segunda-feira, 11 de março de 2013
«Escaparate de Utilidades»
DECLARAÇÃO POMADA DAS VELHAS
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sexta-feira, 8 de março de 2013
Para sair de casa em Março
Temos um mês de Março preenchido com iniciativas para todos os gostos e que começam já hoje, no Espaço Memória dos Exílios, no Estoril, com o primeiro de 14 filmes e documentários que até fim de abril vão animar algumas tardes e noites daquele espaço.
Todas as sessões trazem filmografia relacionada com a segunda Guerra Mundial e acontecem às sextas (ás 21 horas) e aos sábados (16 horas). Cada uma destas sessões contará com a presença de um comentador que, no caso do filme de hoje - Aristides de Sousa Mendes – será o realizador, Francisco Manso.
Fica o cartaz das sessões que se estendem até Abril, mas se quiser saber mais sobre cada uma das peliculas ou dos comentadores pode clicar AQUI.
Também este fim de semana, no sábado, os amantes da aviação, devem ligar-se à TSF que vai estar no Museu do Ar, no programa “Encontros com o Património”, de Manuel Vilas Boas. É sintonizar a partir entre as 12 e as 13 horas.
A 19 é apresentado um novo livro “Salazar, Portugal e o Holocausto”, da autoria de Irene Pimentel e Cláudia Ninhos. O livro, que já se encontra à venda, será apresentado, por Pacheco Pereira, no auditório do Goethe Institut em Lisboa.
A espionagem será o tema para um outro encontro na Sociedade Geografia de Lisboa. “A guerra Secreta no Portugal de Salazar”, vai ter como guia o advogado e autor José António Barreiros.
Esta iniciativa terá lugar no anfiteatro da Sociedade Portuguesa de Geografia, no dia 22, por volta das 17.30 horas. Ficam ainda sugestões para duas exposições.
O porto de Lisboa em fotografias está patente na Fundação Oriente, em Lisboa. Entre as várias imagens encontram-se duas que estão relacionadas com os acidentes que vitimaram várias dezenas de pessoas no Tejo, quando dois hidroaviões de passageiros se despenharam em Janeiro e Fevereiro de 1943 (ver mais informação AQUI).
Mais a norte, poderá acompanhar “Quando a gente andava ao Menério”, uma exposição que conta a história das explorações mineiras de Proença-a-Velha e, obviamente, a época em que o volfrâmio foi o centro de todas as atenções (ver mais informação AQUI).
Muitas razões para sair de casa… na nossa lista de eventos poderá encontrar mais pormenores sobre estas actividades. Clique AQUI.
Carlos Guerreiro
Todas as sessões trazem filmografia relacionada com a segunda Guerra Mundial e acontecem às sextas (ás 21 horas) e aos sábados (16 horas). Cada uma destas sessões contará com a presença de um comentador que, no caso do filme de hoje - Aristides de Sousa Mendes – será o realizador, Francisco Manso.
Fica o cartaz das sessões que se estendem até Abril, mas se quiser saber mais sobre cada uma das peliculas ou dos comentadores pode clicar AQUI.
Também este fim de semana, no sábado, os amantes da aviação, devem ligar-se à TSF que vai estar no Museu do Ar, no programa “Encontros com o Património”, de Manuel Vilas Boas. É sintonizar a partir entre as 12 e as 13 horas.
A 19 é apresentado um novo livro “Salazar, Portugal e o Holocausto”, da autoria de Irene Pimentel e Cláudia Ninhos. O livro, que já se encontra à venda, será apresentado, por Pacheco Pereira, no auditório do Goethe Institut em Lisboa.
A espionagem será o tema para um outro encontro na Sociedade Geografia de Lisboa. “A guerra Secreta no Portugal de Salazar”, vai ter como guia o advogado e autor José António Barreiros.
Esta iniciativa terá lugar no anfiteatro da Sociedade Portuguesa de Geografia, no dia 22, por volta das 17.30 horas. Ficam ainda sugestões para duas exposições.
O porto de Lisboa em fotografias está patente na Fundação Oriente, em Lisboa. Entre as várias imagens encontram-se duas que estão relacionadas com os acidentes que vitimaram várias dezenas de pessoas no Tejo, quando dois hidroaviões de passageiros se despenharam em Janeiro e Fevereiro de 1943 (ver mais informação AQUI).
Mais a norte, poderá acompanhar “Quando a gente andava ao Menério”, uma exposição que conta a história das explorações mineiras de Proença-a-Velha e, obviamente, a época em que o volfrâmio foi o centro de todas as atenções (ver mais informação AQUI).
Muitas razões para sair de casa… na nossa lista de eventos poderá encontrar mais pormenores sobre estas actividades. Clique AQUI.
Carlos Guerreiro
terça-feira, 5 de março de 2013
Sousa Mendes em documentário luso-canadiano
"Os nove dias de Sousa Mendes” é um excelente documentário sobre o Cônsul português de Bórdeus, produzido no Canada, por um grupo de luso-canadianos e que merece destaque, não só pelo trabalho fílmico, mas também pelo “site” que o acompanha, interessante e extremamente instrutivo.
O documentário, que pode ser visto na íntegra on-line, conta a história de Aristides de Sousa Mendes através do testemunho de descendentes de pessoas que lhe ficaram a dever a vida, testemunhas da “invasão” dos refugiados em Portugal, para além de familiares do ex-cônsul, historiadores e outras personalidades.
O filme foi lançado o ano passado com o “site” que, repito, vale a pena ser visitado como um exemplo bem conseguido do que é possível fazer hoje na área do multimédia…
Veja o site e o filme AQUI.
Um bom filme
Carlos Guerreiro
Aspecto da página de entrada do "site". Para além do documentário (imagem da esquerda) existem muitas outros aspectos interessantes a explorar. Para aceder ao site clique AQUI.
O documentário, que pode ser visto na íntegra on-line, conta a história de Aristides de Sousa Mendes através do testemunho de descendentes de pessoas que lhe ficaram a dever a vida, testemunhas da “invasão” dos refugiados em Portugal, para além de familiares do ex-cônsul, historiadores e outras personalidades.
O filme foi lançado o ano passado com o “site” que, repito, vale a pena ser visitado como um exemplo bem conseguido do que é possível fazer hoje na área do multimédia…
Veja o site e o filme AQUI.
Um bom filme
Carlos Guerreiro
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segunda-feira, 4 de março de 2013
«Escaparate de Utilidades»
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