Jornal "Diário de Lisboa", 22 de Novembro de 1941
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segunda-feira, 30 de novembro de 2015
«Escaparate de Utilidades»
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sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Avião da II Guerra de Vila Chã em Reportagem na Antena 1
A Antena1, transmite este fim de semana a reportagem "Um avião da Guerra em Vila Chã".
O episódio passou-se durante a II Guerra Mundial, em Setembro de 1943, e no último fim de semana a freguesia foi visitada pelo sobrinho de um dos aviadores. Razão para se recordar o episódio e - à boa maneira portuguesa - mais qualquer coisinha...
Pode ouvir aqui alguns segundos da reportagem que passa amanhã, sábado, dia 28 de Novembro no programa "Só neste país", entre as 12 e as 13 horas...
Um bom fim-de-semana...
Carlos Guerreiro
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Recordar histórias em Vila Chã
No último domingo, dia 22 de novembro, foi inaugurado em Vila Chã, Vila do Conde, um pequeno memorial onde se recorda a aterragem forçada de um avião britânico que ali aconteceu, em plena II Guerra Mundial, no dia 17 de Setembro de 1943. Uma cerimónia que contou com a presença do sobrinho de um dos tripulantes da RAF.
Uma placa informativa, com a reprodução de uma fotografia do avião após a aterragem, foi colocada junto ao local onde o aparelho terminou a missão que o levou até ao sul de França para bombardear um viaduto.
A acompanhar a inauguração esteve Ian Shannon, sobrinho de Charles Smith Cook, um escocês que era artilheiro da torre superior do bombardeiro. Esperado na cerimónia era também o filho do piloto, Michael Jones, mas devido a doença este não pode comparecer.
O contacto com os familiares dos tripulantes foi estabelecido graças a Bruno Costa que realizou um vídeo com cerca de 18 minutos onde era descrito o incidente que ocorreu em 1943 na terra onde vive. O filme foi colocado no youtube e dali passou para as redes sociais onde foi visto por Ian e Michael. Após os primeiros contactos foi rápida a marcação de uma data para realizar a visita.
Já há vários meses que o incidente é recordado no espaço museológico de Vila Chã “Memórias de uma Terra”, onde é possível ver fotografias e cópias de documentos relacionados com o caso.
Com a confirmação da vinda dos familiares dos aviadores o presidente da Junta de Freguesia, Benjamin Moreira, resolveu implantar uma placa junto à praia onde o avião aterrou. Um sítio que fica junto a um passadiço de madeira que percorre as praias do concelho de Vila do Conde.
O Lancaster participou num ataque aos viadutos e caminhos-de-ferro que ligam França a Itália, na zona de Antheór, em Cannes e foi atingido por fogo antiaéreo durante o ataque.
O aparelho tentou regressar a Inglaterra, mas devido à falta de visibilidade perdeu-se e quando se aperceberam estavam sobre o norte de Espanha. Sem possibilidade de chegar à sua base ou a Gibraltar realizaram a aterragem em Vila Chã. Todos os tripulantes sobreviveram ao incidente e em Vila Chã ainda há quem se lembre de os ver a sair do avião e, mais tarde, distribuir doces pelas crianças.
Ian Shannon nunca conheceu o tio porque este desapareceu em 1943, poucas semanas depois de sair de Portugal. O avião onde seguia participou num raid sobre Berlim na noite de 27 para 28 de Outubro e, já no regresso, sobre o mar do norte deixou de dar notícias…
Se for para o lado de Vila Chã já tem uma história para lembrar e alguns pontos para visitar…
Bons passeios.
Carlos Guerreiro
Uma placa informativa, com a reprodução de uma fotografia do avião após a aterragem, foi colocada junto ao local onde o aparelho terminou a missão que o levou até ao sul de França para bombardear um viaduto.
A acompanhar a inauguração esteve Ian Shannon, sobrinho de Charles Smith Cook, um escocês que era artilheiro da torre superior do bombardeiro. Esperado na cerimónia era também o filho do piloto, Michael Jones, mas devido a doença este não pode comparecer.
Ian Shannon junto à placa que recorda o dia em que o tio fez uma aterragem
forçada em Vila Chã, num Lancaster da RAF em 1943.
O contacto com os familiares dos tripulantes foi estabelecido graças a Bruno Costa que realizou um vídeo com cerca de 18 minutos onde era descrito o incidente que ocorreu em 1943 na terra onde vive. O filme foi colocado no youtube e dali passou para as redes sociais onde foi visto por Ian e Michael. Após os primeiros contactos foi rápida a marcação de uma data para realizar a visita.
Já há vários meses que o incidente é recordado no espaço museológico de Vila Chã “Memórias de uma Terra”, onde é possível ver fotografias e cópias de documentos relacionados com o caso.
Com a confirmação da vinda dos familiares dos aviadores o presidente da Junta de Freguesia, Benjamin Moreira, resolveu implantar uma placa junto à praia onde o avião aterrou. Um sítio que fica junto a um passadiço de madeira que percorre as praias do concelho de Vila do Conde.
O Lancaster participou num ataque aos viadutos e caminhos-de-ferro que ligam França a Itália, na zona de Antheór, em Cannes e foi atingido por fogo antiaéreo durante o ataque.
O aparelho tentou regressar a Inglaterra, mas devido à falta de visibilidade perdeu-se e quando se aperceberam estavam sobre o norte de Espanha. Sem possibilidade de chegar à sua base ou a Gibraltar realizaram a aterragem em Vila Chã. Todos os tripulantes sobreviveram ao incidente e em Vila Chã ainda há quem se lembre de os ver a sair do avião e, mais tarde, distribuir doces pelas crianças.
Ian Shannon nunca conheceu o tio porque este desapareceu em 1943, poucas semanas depois de sair de Portugal. O avião onde seguia participou num raid sobre Berlim na noite de 27 para 28 de Outubro e, já no regresso, sobre o mar do norte deixou de dar notícias…
Se for para o lado de Vila Chã já tem uma história para lembrar e alguns pontos para visitar…
Bons passeios.
Carlos Guerreiro
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
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Cafiaspirina, o remédio soberano
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sábado, 21 de novembro de 2015
Histórias com Vila Chã em fundo
Stanley Jones aterrou na base do Montijo na tarde de 16 de Fevereiro de 1957 aos comandos de um elegante quadrimotor Vikers Viscount, da British European Airways. Era copiloto do avião que trazia como passageira a rainha de Inglaterra na sua primeira visita oficial a Portugal, uma visita que levara semanas a preparar e que encheu páginas e páginas de jornais.
Lancaster realizara uma aterragem de emergência em Vila Chã, em Setembro de 1943.
A história seria contada em diversos periódicos e quando a comitiva da rainha voou até ao Porto ele receberia uma comovida carta de Ezequiel da Silva Seabra, mestre do salva vidas das Angeiras, onde este contava como tinha tentado salvar os tripulantes do avião quando este caíra no mar. Encontraria apenas o corpo de uma das vítimas mortais, pois os sobreviventes já tinham sido salvos por pescadores.
Ezequiel Seabra deve ter ouvido a história e não sabia que o homem a quem escrevia não tinha sido o alvo da sua tentativa de salvamento. O Lancaster caira no mar, mas junto à praia e os tripulantes tinham-se salvo todos caminhando para terra sobre a asa. O acidente a que se referia era o de um Wellington que também se despenhara naquela zona, mas em Maio de 1942, matando 2 homens.
Esta é uma das histórias que poderá ser recordada este domingo em Vila Chã, quando for descerrada uma placa junto ao local onde caiu o Lancaster. O filho de Jones não poderá estar presente pelo facto de ter adoecido, mas há fotografias e cartas para quem quiser saber mais. Assegurada está a presença de um familiar de outro tripulante.
Sabe-se lá que histórias ele contará.
Até lá…
Carlos Guerreiro
Lancaster realizara uma aterragem de emergência em Vila Chã, em Setembro de 1943.
A história seria contada em diversos periódicos e quando a comitiva da rainha voou até ao Porto ele receberia uma comovida carta de Ezequiel da Silva Seabra, mestre do salva vidas das Angeiras, onde este contava como tinha tentado salvar os tripulantes do avião quando este caíra no mar. Encontraria apenas o corpo de uma das vítimas mortais, pois os sobreviventes já tinham sido salvos por pescadores.
Ezequiel Seabra deve ter ouvido a história e não sabia que o homem a quem escrevia não tinha sido o alvo da sua tentativa de salvamento. O Lancaster caira no mar, mas junto à praia e os tripulantes tinham-se salvo todos caminhando para terra sobre a asa. O acidente a que se referia era o de um Wellington que também se despenhara naquela zona, mas em Maio de 1942, matando 2 homens.
Esta é uma das histórias que poderá ser recordada este domingo em Vila Chã, quando for descerrada uma placa junto ao local onde caiu o Lancaster. O filho de Jones não poderá estar presente pelo facto de ter adoecido, mas há fotografias e cartas para quem quiser saber mais. Assegurada está a presença de um familiar de outro tripulante.
Sabe-se lá que histórias ele contará.
Até lá…
Carlos Guerreiro
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
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Dentífrico vermelho Torero
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sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Familiares de aviadores de Lancaster da RAF em Vila Chã
Vila Chã vai receber no dia 22 de Novembro (Domingo), os familiares de dois tripulantes do bombardeiro da RAF, Lancaster, que em 1943, realizaram uma aterragem de emergência na praia do Puzo, naquela localidade do Norte do país.
Confirmada está a presença do filho do piloto e com o sobrinho neto de um outro tripulante. O grupo que dinamiza o museu local "Memórias de uma Terra" vai aproveitar a iniciativa para inaugurar, durante a tarde, uma placa para recordar o incidente que ocorreu em plena II Guerra Mundial.
Há alguns meses, quando foi inaugurado no museu uma área a lembrar o acontecimento, foi apresentado um vídeo realizado por Bruno Costa onde era contados os detalhes sobre aventura do Lancaster que, depois de participar num bombardeamento no sul de França, se perdeu no regresso a Inglaterra terminando a viagem em Vila Chã.
O filme seria colocado no Youtube e já foi visto nos quatro cantos do mundo. O autor também o colocou numa página de facebook que reúne aviadores e familiares da esquadrilha a que pertencia o aparelho, a 619. Foi aí que foi visto por familiares dos tripulantes que agora se deslocam a Portugal...
Termino com uma nota pessoal. O evento e tudo o que está com ele relacionado deve-se à persistência das pessoas locais que apostaram na recuperação da memória da sua terra. Limitei-me a ajudar quando solicitado e como podia. No livro abordo por alto esta história, enviei alguma documentação e apontei os locais onde poderiam aceder a outras informações.
Não foi nada de especial, mas sinto-me babado. Não é todos os dias que vejo ganhar vida uma história sobre a qual lemos em páginas amareladas e sobre a qual escrevemos algumas linhas há vários anos...
Tenho mesmo de lá estar...
Carlos Guerreiro
Confirmada está a presença do filho do piloto e com o sobrinho neto de um outro tripulante. O grupo que dinamiza o museu local "Memórias de uma Terra" vai aproveitar a iniciativa para inaugurar, durante a tarde, uma placa para recordar o incidente que ocorreu em plena II Guerra Mundial.
Há alguns meses, quando foi inaugurado no museu uma área a lembrar o acontecimento, foi apresentado um vídeo realizado por Bruno Costa onde era contados os detalhes sobre aventura do Lancaster que, depois de participar num bombardeamento no sul de França, se perdeu no regresso a Inglaterra terminando a viagem em Vila Chã.
O filme seria colocado no Youtube e já foi visto nos quatro cantos do mundo. O autor também o colocou numa página de facebook que reúne aviadores e familiares da esquadrilha a que pertencia o aparelho, a 619. Foi aí que foi visto por familiares dos tripulantes que agora se deslocam a Portugal...
Termino com uma nota pessoal. O evento e tudo o que está com ele relacionado deve-se à persistência das pessoas locais que apostaram na recuperação da memória da sua terra. Limitei-me a ajudar quando solicitado e como podia. No livro abordo por alto esta história, enviei alguma documentação e apontei os locais onde poderiam aceder a outras informações.
Não foi nada de especial, mas sinto-me babado. Não é todos os dias que vejo ganhar vida uma história sobre a qual lemos em páginas amareladas e sobre a qual escrevemos algumas linhas há vários anos...
Tenho mesmo de lá estar...
Carlos Guerreiro
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
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Bolachas Mocidade
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Revista Arquivo Nacional
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Algumas perguntas a Patrícia Carvalho
Patrícia Carvalho é jornalista no “Público”, diário onde publicou em 2014 um conjunto de histórias relacionadas com portugueses que passaram pelos campos de concentração Nazis.
As reportagens reuniram testemunhos documentais e de familiares das vítimas dos campos. Agora surgem em também num livro onde, para além das histórias que já conhecemos surge também algum material novo.
Aterrem em Portugal - Quem eram estes portugueses?
Patrícia Carvalho - As pessoas que encontrei eram portugueses que tinham deixado o país e estabelecido e sua vida em França e na Bélgica. Emigrantes, portanto.
AP - O Governo de Salazar teve conhecimento destes casos?
PC - Pela consulta dos telegramas trocados entre Lisboa e as representações diplomáticas na França e Alemanha eu diria que não. Mas acho que não se pode afirmar isto taxativamente. Apesar de, nas obras publicadas sobre a relação de Salazar com a Segunda Guerra Mundial, não aparecer qualquer referência a outro tipo de documentação que refira esse conhecimento, acho que ainda valia a pena debruçarmo-nos concretamente sobre essa pergunta. É uma das perguntas que deixo em aberto no livro.
AP – As suas histórias surgiram primeiro como uma reportagem alargada no jornal Público. Porquê a necessidade de as continuar em livro?
PC - Não houve uma “necessidade” de as contar em livro. Houve, sim, o interesse de várias editoras, que me contactaram assim que a reportagem foi publicada, propondo-me que transformasse aquele trabalho num livro. Agora que ele está pronto, acho que fez todo o sentido. A pesquisa adicional que pude fazer permitiu-me desenvolver de forma muito mais pormenorizada algumas das histórias que apareciam na reportagem e encontrar histórias novas e outros pormenores que não constavam da reportagem do Público.
AP – Que dificuldades encontrou durante a pesquisa?
PC - O facto de os documentos e familiares estarem, em larga medida, fora de Portugal e espalhados por vários países, tornou o processo mais complexo. Além disso, encontrar os familiares também não foi fácil. Mas toda a pesquisa foi apaixonante e algo que, tendo os meios necessários para o fazer, gostaria de levar ainda mais longe.
AP - Contactou com familiares de algumas destas pessoas. Como reagiram ao seu contacto?
PC - Senti que ficaram felizes por poderem contar as histórias dos seus familiares e sensibilizadas por, ao fim de tantos anos, o sofrimento deles durante a guerra poder, finalmente, ser contado no país onde eles tinham nascido.
AP - Houve alguma história que a tivesse marcado mais?
PC - Todas as histórias são muito diferentes e muito marcantes. Temos, claro, o caso das pessoas que não sobreviveram às condições pavorosas dos campos de concentração, como o algarvio Casimiro Martins, e aqueles que possivelmente terão sido assassinados, como os judeus Michael Fresco e Rachel Basista.
Há os sobreviventes com fortes convicções políticas, como Luiz Ferreira ou Maria d’Azevedo, e pessoas como a Maria Barbosa, que sobreviveu, mas perdeu um irmão em Bergen-Belsen. Temos membros da Resistência, como Júlio Laranjo, e pessoas que foram apanhadas por mero acaso, sem terem, aparentemente, qualquer intervenção política, como André de Sousa. Todos viveram experiências extraordinárias e de uma violência/privação tais, que as marcas da sua passagem pelos campos de concentração – físicas e psicológicas – acompanharam-nos até ao fim das vidas.
Carlos Guerreiro
As reportagens reuniram testemunhos documentais e de familiares das vítimas dos campos. Agora surgem em também num livro onde, para além das histórias que já conhecemos surge também algum material novo.
Aterrem em Portugal - Quem eram estes portugueses?
Patrícia Carvalho - As pessoas que encontrei eram portugueses que tinham deixado o país e estabelecido e sua vida em França e na Bélgica. Emigrantes, portanto.
AP - O Governo de Salazar teve conhecimento destes casos?
PC - Pela consulta dos telegramas trocados entre Lisboa e as representações diplomáticas na França e Alemanha eu diria que não. Mas acho que não se pode afirmar isto taxativamente. Apesar de, nas obras publicadas sobre a relação de Salazar com a Segunda Guerra Mundial, não aparecer qualquer referência a outro tipo de documentação que refira esse conhecimento, acho que ainda valia a pena debruçarmo-nos concretamente sobre essa pergunta. É uma das perguntas que deixo em aberto no livro.
AP – As suas histórias surgiram primeiro como uma reportagem alargada no jornal Público. Porquê a necessidade de as continuar em livro?
PC - Não houve uma “necessidade” de as contar em livro. Houve, sim, o interesse de várias editoras, que me contactaram assim que a reportagem foi publicada, propondo-me que transformasse aquele trabalho num livro. Agora que ele está pronto, acho que fez todo o sentido. A pesquisa adicional que pude fazer permitiu-me desenvolver de forma muito mais pormenorizada algumas das histórias que apareciam na reportagem e encontrar histórias novas e outros pormenores que não constavam da reportagem do Público.
AP – Que dificuldades encontrou durante a pesquisa?
PC - O facto de os documentos e familiares estarem, em larga medida, fora de Portugal e espalhados por vários países, tornou o processo mais complexo. Além disso, encontrar os familiares também não foi fácil. Mas toda a pesquisa foi apaixonante e algo que, tendo os meios necessários para o fazer, gostaria de levar ainda mais longe.
Saiba mais sobre o livro AQUI. |
PC - Senti que ficaram felizes por poderem contar as histórias dos seus familiares e sensibilizadas por, ao fim de tantos anos, o sofrimento deles durante a guerra poder, finalmente, ser contado no país onde eles tinham nascido.
AP - Houve alguma história que a tivesse marcado mais?
PC - Todas as histórias são muito diferentes e muito marcantes. Temos, claro, o caso das pessoas que não sobreviveram às condições pavorosas dos campos de concentração, como o algarvio Casimiro Martins, e aqueles que possivelmente terão sido assassinados, como os judeus Michael Fresco e Rachel Basista.
Há os sobreviventes com fortes convicções políticas, como Luiz Ferreira ou Maria d’Azevedo, e pessoas como a Maria Barbosa, que sobreviveu, mas perdeu um irmão em Bergen-Belsen. Temos membros da Resistência, como Júlio Laranjo, e pessoas que foram apanhadas por mero acaso, sem terem, aparentemente, qualquer intervenção política, como André de Sousa. Todos viveram experiências extraordinárias e de uma violência/privação tais, que as marcas da sua passagem pelos campos de concentração – físicas e psicológicas – acompanharam-nos até ao fim das vidas.
Carlos Guerreiro
segunda-feira, 2 de novembro de 2015
Encontro em Aljezur
Conversa em Aljezur.
(Foto Carla Quirino)
Foram cerca de 60 pessoas que no sábado estiveram em Aljezur para falarmos um pouco sobre a II Guerra Mundial. Com o José Augusto Rodrigues foi possível deixar uma imagem do que foi este conflito no Algarve e em Portugal, apesar da anunciada neutralidade…
Obrigado pela participação e espero que tenha valido a pena…
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Gustavo Coelho Godet
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