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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Livros ...
O Comboio do Luxemburgo

O Festival Literário Internacional de Óbidos recebe esta tarde, às 18.30 horas, a apresentação d’ O Comboio de Luxemburgo, o novo livro das historiadoras Irene Pimentel e Margarida de Magalhães Ramalho. No dia 6 de Outubro será a vez da Fnac do Chiado receber uma iniciativa semelhante.

Pode adquirir "O Comboio do Luxemburgo" aqui.

Esta nova obra conta o caso de um comboio de refugiados judeus que em 1940 foi impedido de passar pela fronteira pelas autoridades portuguesas. Meia centena destes passageiros morreu em Auschwitz.

Fica sinopse oficial do livro:

Um livro que revela que nem todos os refugiados da Segunda Guerra Mundial se conseguiram salvar através de Portugal. A 7 de Novembro de 1940 partiu do Luxemburgo, país onde o nazismo tentou fabricar o primeiro país "livre de judeus", um comboio com 293 passageiros que tinha Portugal como destino. Mas ao contrário de outros comboios com judeus em fuga, não foi dada autorização na fronteira de Vilar Formoso para que entrasse no país.

Os refugiados ficaram mais de uma semana fechados nas carruagens, numa atmosfera desumana, sujeitos a um frio intenso e alimentando-se do pouco que a população pobre da zona tinha para lhes oferecer: pão, café e, por vezes, sopa. Ao fim de cerca de dez dias, o impasse foi quebrado. Já com as negociações em curso para instalar os judeus no Luso, o governo de Salazar negou-lhes a entrada em Portugal, empurrando-os assim para uma morte mais do que provável.

De regresso a França, estiveram ainda vários dias confinados ao comboio até os alemães decidirem interná-los em Mousserroles, perto de Baiona, num antigo campo de internamento. Libertados meses depois, alguns conseguiram partir para outras paragens e outros acabaram por ficar na França do regime de Vichy - destes, poucos sobreviveram aos campos de extermínio.

Mas porque foram os refugiados impedidos de entrar em Portugal? Após a análise de documentos inéditos e de entrevistas a sobreviventes e seus familiares, as historiadoras Irene Flunser Pimentel e Margarida de Magalhães Ramalho explicam-nos as razões deste acontecimento histórico muito pouco conhecido que deixa cair por terra a ideia de que Portugal, na figura do seu chefe de Governo, António de Oliveira Salazar, acolhia todos os refugiados da Segunda Guerra Mundial. 

Num momento em que vivemos tempos conturbados e assistimos diariamente ao drama dos refugiados que procuram escapar à guerra e à morte, O Comboio do Luxemburgo é uma obra essencial para compreender o passado e o presente da Europa, fazendo-nos também reflectir sobre o pode acontecer caso os refugiados actuais não sejam acolhidos.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Concurso escolar "Contar o Holocausto"

O concurso escolar “Contar o Holocausto” é uma iniciativa promovida pela Associação Memoshoá – Associação Memória e Ensino do Holocausto (Memoshoá), em parceria com a Direção-Geral da Educação (DGE).

O Concurso é dirigido a alunos do 3.º ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário.

Para mais informações consulte o site www.memoshoa.pt
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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Refugiados em debate

Sábado às 15.30h, no Espaço Memória dos Exílios, no Estoril, recebe o debate "O Holocausto na Europa: os refugiados dos XX e XXI"...

A mesa é composta por Maria Teresa Tito de Morais, presidente do Conselho Português para os Refugiados; Irene Pimentel. historiadora; Mário Ribeiro, Alto Comissariado para as Migrações e Nuno Féliz, Associação Famílias como as Nossas.

O Postalinho...
A Alemanha é senhora dos mares


Postal de propaganda britânico de 1941 ou 1942 – altura em que ocuparam Tobruk – e que utiliza um grafismo simples para mostrar não só a resiliência frente aos alemães, mas também a extensão das operações militares naquela altura do conflito.

A vitória aérea na Batalha de Inglaterra em 1940 tinha dado aos britânicos uma confiança renovada, mas era na Marinha Real que residia a crença numa vitória desde 1939 e, para além dos submarinos, a presença de navios alemães no mar depressa se restringiu às zonas costeiras. 

Carlos Guerreiro

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Poemas do gueto de Varsóvia

Hoje, pelas 18 horas, no Museu do Aljube, pode assistir à apresentação "A Morte Demora Antes de Chegar - Poemas do gueto de Varsóvia", a primeira tradução portuguesa de poemas que foram encontrados em 1946 enterrados no gueto de Varsóvia durante a II Guerra Mundial.



Os poemas, em iídiche, foram encontrados em Setembro de 1946 por uma equipa que os desenterrou de entre os escombros. Foram escritos por várias pessoas encarceradas durante anos no gueto. Apresentação será feita por Bruno Monteiro e Vera San Payo de Lemos.

Os poemas serão declamados por Alexandre Pieroni Calado. No próximo sábado pelas 15 horas o Espaço memória dos Exílios, no Estoril, será palco para uma palestra/ seminário onde se recorda o centenário do lançamento da primeira pedra do Casino Estoril.

Boas saída...
Carlos Guerreiro

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Fitas para um ano…

São três filmes baseados em histórias reais da II Guerra Mundial. Até ao final do ano esperam-se as estreias de dois deles e para meio de 2017 está marcado outro lançamento que promete dar que falar.

"Hacksaw Ridge", realizado por Mel Gibson, deve estrear em Novembro.
Na próxima semana é lançado no Reino Unido o filme "Anthropoid". Trata-se do nome de um operação de comandos checoslovacos que em fins de maio de 1942 abateram Reinhard Heydrich, oficial SS e Governador da Boémia e Morávia (actuais repúblicas Checa e Eslovaca).

Apontado como um dos principais arquitectos da solução final, Heydrich foi uma das personagens mais sombrias do regime nazi. Após a sua chegada à Checoslováquia fez tudo para destruir a cultura do país e fomentou as acções das Einzatstruppen (esquadrões de assassínio) no ataque à resistência local.


O ataque conduzido por dois comandos, treinados em Inglaterra e lançados de para-quedas, aconteceu após meses de preparação, mas nem tudo correu bem. Uma das armas encravou e Heydrich ficou apenas ferido. Foi a infecção, desencadeada pelos ferimentos, que o matou dias mais tarde.

É a preparação da operação e a perseguição que se seguiu que são retratadas neste filme que já conheceu estreias em alguns países - incluindo os EUA – e onde as críticas têm sido contraditórias. Vamos ver se chega cá...

Para Novembro anuncia-se o lançamento de "Hacksaw Ridge", realizado por Mel Gibson, que recupera a fabulosa história de Desmond Doss, o primeiro americano a receber a Medalha de Honra, apesar de se recusar a pegar em armas ou matar inimigos.

Objector de consciência alistou-se de forma voluntário nas forças armadas americanas onde integrou o corpo médico. Apesar da desconfiança dos camaradas entrou na linha da frente do Pacífico nos princípios de 1945 salvando, sozinho, dezenas de soldados americanos – há quem afirme que foram mais de cem. Doss seria ferido mais tarde nas pernas e num braço, mas mesmo assim continuou a olhar pelos outros até sair pelo próprio pé do campo de batalha.


Para além da história o filme também é esperado com expectativa pois trata-se do regresso de Mel Gibson ao mundo do cinema depois de um período muito complicado da sua vida.

Desconheço, por agora, a data de estreia em Portugal. Fica o “trailer” e também um entrevista a Doss - falecido em 2006 - onde conta a sua versão dos acontecimentos.


Para o fim fica o primeiro “trailer” do mais recente projecto do realizador Christopher Nolan e que só estreia em Junho do próximo ano. “Dunquerque” conta a história da retirada das forças britânicas de França após o ataque esmagador das forças alemãs em 1940.


Bons Filmes…

CarlosGuerreiro