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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Evocar o Dia de Memória do Holocausto

Assinala-se amanhã, dia 27 de Janeiro, o Dia de Memória do Holocausto com a realização de diversas iniciativas em organismos oficiais, entidades e escolas do país.


Na Assembleia da República as cerimónias têm lugar após o plenário e, para além dos discursos oficiais, será também exibido o filme “Labirinto de Mentiras” de Giulio Ricciarelli, sobre os julgamentos de Auschwitz e inaugurada uma exposição sobre o tema.

No Estoril, no Espaço Memória dos Exílios será apresentado o livro de Miriam Assor, “Judeus Ilustres de Portugal” e a sessão contará também com uma palestra sobre os dois gémeos portugueses Samuel e Joel Sequerra, nascidos em Faro, e que tiveram um papel fundamental no salvamento de pessoas que fugiam dos nazis durante a II Guerra Mundial. Ainda no mesmo dia, e no mesmo espaço, será inaugurada uma exposição de denominada “Desenhos e Grafites sobre o Holocausto”, do pintor José Bravo Rosa. A exposição está patente até ao dia 11 de Março.


É nas escolas que a evocação da data será mais visível. Em Lagos o Agrupamento de escolas Gil Eanes, reúne os estudantes no auditório durante a manhã para falar sobre Auschwitz e os testemunhos do extermínio conduzido pelos nazis. Será também inaugurada uma exposição documental.

Na Escola básica e secundária Quinta das Flores, em Coimbra, já começou um ciclo de cinema e o programa incluí ainda encontros com escritores, visitas de estudo à casa de Aristides de Sousa Mendes e outras iniciativas.


Ainda em Coimbra, na Escola Básica 2/3 Martim de Freitas, realiza-se, até 29 de Janeiro, uma série de actividades relacionadas com a Semana da Memória das Vítimas do Holocausto, que incluem a plantação de árvores, exposições, visualização de documentários e debates.

O Agrupamento de Escolas de Pombal, no âmbito do projecto “Comboio da Memória – Ensino e Memória do Holocausto”, vai também levar a cabo diversas actividades, durante o este mês e o próximo. Também aqui decorre um ciclo de cinema, estando também agendados encontros e debates…


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

«Escaparate de Utilidades»
Saltratos Rodel, para males de pés

Jornal "Diário de Lisboa", 24 de Janeiro de 1941

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Cá dentro e lá fora

No dia 27 o Espaço Memória dos Exílios, no Estoril, será apresentado o livro de Miriam Assor, “Judeus Ilustres de Portugal” e a sessão contará também com uma palestra sobre os dois gémeos portugueses Samuel e Joel Sequerra, nascidos em Faro, e que tiveram um papel fundamental no salvamento de pessoas que fugiam dos nazis durante a II Guerra Mundial.


Ainda no mesmo dia, e no mesmo espaço, será inaugurada uma exposição de denominada “Desenhos e Grafites sobre o Holocausto”, do pintor José Bravo Rosa. A exposição está patente até ao dia 11 de Março.

O Espaço Memória dos Exílios assinala deste modo o Dia da Memória das Vitimas do Holocausto.

Na Madeira, e até ao final do mês, pode visitar na Escola Francisco Franco, uma exposição denominada “sementes de Paz/ Sementes de Guerra”, uma iniciativa que recorda o período da II Guerra Mundial, organizada por professores e alunos daqueles estabelecimentos de ensino.

Ainda cá pelo país foi divulgado recentemente que o interesse pelos livros relacionados com o tema da II Guerra Mundial tem estado a crescer com o surgimento de títulos diversos e grande procura pelo público. De volta aos escaparates está também a chamada “obra maldita” de Hitler: “A Minha Luta” perdeu durante o ano passado os direitos de autor, e foram várias as editoras que aproveitaram para o reeditar.


Lá por fora 

Uma oratória sobre a vida de Aristides de Sousa Mendes estreia segunda-feira em Los Angeles, nos Estados Unidos, integrada numa celebração da vida do diplomata que inclui exibição de filmes, uma exposição e uma cerimónia em sua memória.

Com autoria do norte-americano Neely Bruce, o espetáculo de 90 minutos tem o título "Circular 14: The Apotheosis of Aristides" e vai acontecer no auditório Moses E. Gindi da American Jewish University.

No dia 23 de Janeiro, o Museu do Holocausto de Los Angeles exibe também dois filmes sobre a vida de Sousa Mendes, abre uma exposição sobre a sua vida e, no dia seguinte, organiza uma cerimónia para honrar o diplomata português.

Para mais informações pode consultar a nossa AGENDA...

Carlos Guerreiro

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O Postalinho...
As estrelas lembram-me os americanos


Postal de propaganda alemão onde é caricaturada a espera de Estaline pelos abastecimentos americanos que chegavam ao país através de esforçados comboios de navios, obrigados a subir até ao árctico.

Muito do material fornecido entre 1941 e 1945 foi de origem americana, mas a maior parte do esforço destes comboios recaiu sobre a marinha – mercante e de guerra – do império britânico. Após a invasão da União Soviética, Churchill percebeu que caso Estaline fosse derrotado os alemães voltariam todo o seu poderio contra ele e que o apoio, através do fornecimento de matérias-primas, equipamentos e alimentos seria essencial para assegurar a vitória final dos aliados.

O primeiro comboio para a União Soviética partiu em Agosto de 1941 e transportava – entre outras coisas - toneladas de borracha, minas marítimas, explosivos diversos e também dezena e meia de caças Hurricane. Nos anos seguintes os americanos iriam reforçar estas cargas com camiões, tanques, aviões e tudo o que era necessário para equipar um exército.

Como parte importante da União Soviética estava ocupada pelos alemães, os navios tinham de subir até aos portos de Murmansk e Arcângel, no ártico, para entregar as suas cargas. As viagens tornaram-se lendárias até porque, no Inverno, caso o navio fosse afundado as hipóteses de sobrevivência eram praticamente nulas devido às temperaturas da água.

Os “Comboios do Árctico” eram alvo de uma atenção especial por parte dos submarinos e aviões alemães que tentavam evitar os fornecimentos. Mais de 3500 marinheiros aliados morreram enquanto duraram estes transportes, mas Churchill teve visão quando os autorizou e os aliados beneficiaram bastante com estas viagens.

Apesar do que este postal sugere o material americano não estava assim tão longe e não foram poucos os alemães que ficaram admirados quando, em 1945, viram unidades inteiras do exército russo entrarem em Berlim a bordo de camiões novos, da marca Ford.

Carlos Guerreiro