Nas últimas semanas fomos bombardeados com histórias de cães que esperam donos em paragens de autocarro ou de comboio (alguns durante meses), e que são heróis por isto ou aquilo...
Não é coisa nova o interesse dos meios de comunicação pelos feitos de animaizinhos de estimação...
Para "seguir a moda" e partir à conquista de mais uns leitores - espero que muitos - fica o apontamento de um cão herói, que até mereceu a recebeu uma medalha de prata como retribuição pelo seu acto...
A estória e os "Clichés" - como se dizia na época - foram publicados no "Século Ilustrado" do dia 4 de Fevereiro de 1939.
Carlos Guerreiro
Pesquisar neste blogue
domingo, 27 de novembro de 2011
O cão medalhado
Etiquetas:
cão,
herói,
Século Ilustrado
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Como gostaria de me lembrar...
Com apenas 20 anos o oficial de comunicações da marinha mercante inglesa, Alan Comes, sobreviveu ao afundamento do seu navio logo após o início da guerra.
Semanas depois contou, numa carta enviada à prima australiana, o pesadelo que viveu e a sua perda de memória que resultou da desventura…
Alan era tripulante do “Darino”, um pequeno navio mercante britânico, afundado no dia 19 de Novembro de 1939, pouco depois de largar do Porto.
O submarino alemão U-41, comandado por Gustav-Adolf Mugler, realizou vários ataques até conseguir afundar o navio que levou 16 dos 27 tripulantes com ele até ao fundo do mar, incluindo o comandante, William James Ethelbert Colgan.
A carta de Alan foi publicada na edição de “The Australian Women’s Weekly”, a 3 de Fevereiro de 1940…
Minha querida prima Dorothy,
Esta será a carta mais difícil que alguma vez escrevi na vida.
Sabes, toda a gente me diz que estive na Austrália, contigo, com o tio Mick e a tia Tone, mas tragicamente não me consigo recordar nada disso.
Perdi parte da minha memória e, se tudo o que ouvi sobre a minha viagem à Austrália é verdade, perdi a melhor parte da minha vida.
De qualquer forma agradeço muito a tua carta e as felicitações de Natal que me enviaste. Pela minha parte desejo que vocês tenham o mais feliz dos natais e das passagens de ano.
Dizes na tua carta que te enviei uma jóia. A minha mãe também me falou nisso, mas tenho de dizer-te que não me lembro de como era, ou de a ter enviado.
A guerra veio comigo para casa como uma experiência terrível.
O meu navio o “Darino” foi torpedeado há três semanas, às 3 horas de uma negra segunda feira, quando regressávamos a Liverpool do Porto, em Portugal (19 de Novembro). Estávamos a 300 milhas da terra mais próxima (Cabo Finisterra), algures na Baía da Biscaia.
O submarino não nos deu qualquer aviso. Éramos 27 tripulantes mas apenas 11 escapámos.
O torpedo atingiu-nos perto da escotilha número 3 na popa do navio, partindo-nos praticamente em dois. Éramos apenas um pequeno navio de 800 toneladas. O mastro da popa partiu-se e esmagou a sala de comunicações, não me acertando por pouco.
Estava dormir quando o torpedo nos atingiu, por isso vestia apenas o pijama.
Tínhamos dois barcos salva-vidas que ficaram reduzidos a átomos.
Tive de lutar para conseguir sair da minha cabina porque os sacos de areia estavam a prender-me lá dentro.
O gerador deve ter rebentado, pois tudo isto acontecia com tudo escuro como breu.
Consegui apanhar o meu casaco, ma não encontrei o colete salva-vidas. Dei a volta à sala de rádio, mas ela estava completamente destroçada, e os gritos dos homens presos nas cobertas de baixo estavam a deixar-me louco.
Tudo isto aconteceu em três minutos porque no momento a seguir fui projectado directamente borda fora. O meu relógio, que ainda tenho comigo, parou exactamente às três, e o torpedo atingiu-nos quando faltavam três minutos para a hora certa.
De repente surgiu na água uma enorme sombra negra. Julguei que era o pobre “Darino” a reerguer-se das ondas devido à explosão das caldeiras, mas era o submarino.
Tinha-me esquecido completamente dele.
Primeiro pensei que nos iam metralhar na água, mas em vez disso eles gritaram-nos para nadarmos na direcção deles o mais depressa possível para nos salvarem.
Recolheram-nos a bordo, mas não me recordo de muito porque estava quase inconsciente. De qualquer forma os alemães trataram-nos muito bem, embrulharam-nos em mantas, e dormiram na coberta de ferro para nos cederem os beliches.
Quando nos contámos vimos que éramos apenas onze. O capitão e o meu camarada, o terceiro imediato morreram, e os engenheiros também -todos eles - e o cozinheiro, o criado, o rapaz grumete e o bombeiro, no total de 16 mortos.
O imediato e o segundo imediato salvaram-se.
O comandante do submarino convidou-nos – os três oficiais – para jantarmos como ele, e deram-nos comida excepcional, e manteiga fresca também.
Por volta das 11 horas o submarino mergulhou e a tripulação tomou as posições de combate; estava a passar um comboio britânico por cima de nós!
Temíamos que cargas de profundidade nos fizessem explodir a qualquer momento, porque os homens por cima de nós não sabiam que existiam sobreviventes no submarino.
Felizmente os Destroyers não nos detectaram, ou não estaria a escrever neste momento. Acredita-me que estava completamente aterrorizado e não tenho vergonha de o admitir.
Eventualmente fomos transferidos para o navio neutral chamado “Caterina Gerolimich”, uma embarcação italiana.
Os alemães deram-nos dois pacotes de cigarros, e também me deram um par de calças.
Os italianos também nos trataram muito bem.
Tivemos uma viagem de pesadelo até Dover no navio italiano, porque ela não tinha mapas das áreas minadas e vagueamos por entre os campos de minas. Esperávamos explodir a qualquer momento.
Afinal estou aqui, mais ou menos intacto sofrendo apenas de choque, perda de memória e uma anca ligeiramente ferida.
Não consigo dormir muito bem, nem me atrevo a fazer a barba, e peço desculpa pela minha letra porque as minhas mãos não estão muito firmes.
Sinceramente
Alan
Carlos Guerreiro
Semanas depois contou, numa carta enviada à prima australiana, o pesadelo que viveu e a sua perda de memória que resultou da desventura…
Alan era tripulante do “Darino”, um pequeno navio mercante britânico, afundado no dia 19 de Novembro de 1939, pouco depois de largar do Porto.
O submarino alemão U-41, comandado por Gustav-Adolf Mugler, realizou vários ataques até conseguir afundar o navio que levou 16 dos 27 tripulantes com ele até ao fundo do mar, incluindo o comandante, William James Ethelbert Colgan.
Foto de um naufrágio publicada no Século Ilustrado de 30 de Setembro de 1939.
(Arquivo Histórico de Portimão)
A carta de Alan foi publicada na edição de “The Australian Women’s Weekly”, a 3 de Fevereiro de 1940…
Minha querida prima Dorothy,
Esta será a carta mais difícil que alguma vez escrevi na vida.
Sabes, toda a gente me diz que estive na Austrália, contigo, com o tio Mick e a tia Tone, mas tragicamente não me consigo recordar nada disso.
Perdi parte da minha memória e, se tudo o que ouvi sobre a minha viagem à Austrália é verdade, perdi a melhor parte da minha vida.
De qualquer forma agradeço muito a tua carta e as felicitações de Natal que me enviaste. Pela minha parte desejo que vocês tenham o mais feliz dos natais e das passagens de ano.
Dizes na tua carta que te enviei uma jóia. A minha mãe também me falou nisso, mas tenho de dizer-te que não me lembro de como era, ou de a ter enviado.
A guerra veio comigo para casa como uma experiência terrível.
O meu navio o “Darino” foi torpedeado há três semanas, às 3 horas de uma negra segunda feira, quando regressávamos a Liverpool do Porto, em Portugal (19 de Novembro). Estávamos a 300 milhas da terra mais próxima (Cabo Finisterra), algures na Baía da Biscaia.
O submarino não nos deu qualquer aviso. Éramos 27 tripulantes mas apenas 11 escapámos.
O torpedo atingiu-nos perto da escotilha número 3 na popa do navio, partindo-nos praticamente em dois. Éramos apenas um pequeno navio de 800 toneladas. O mastro da popa partiu-se e esmagou a sala de comunicações, não me acertando por pouco.
Estava dormir quando o torpedo nos atingiu, por isso vestia apenas o pijama.
Tínhamos dois barcos salva-vidas que ficaram reduzidos a átomos.
Tive de lutar para conseguir sair da minha cabina porque os sacos de areia estavam a prender-me lá dentro.
O gerador deve ter rebentado, pois tudo isto acontecia com tudo escuro como breu.
Consegui apanhar o meu casaco, ma não encontrei o colete salva-vidas. Dei a volta à sala de rádio, mas ela estava completamente destroçada, e os gritos dos homens presos nas cobertas de baixo estavam a deixar-me louco.
Tudo isto aconteceu em três minutos porque no momento a seguir fui projectado directamente borda fora. O meu relógio, que ainda tenho comigo, parou exactamente às três, e o torpedo atingiu-nos quando faltavam três minutos para a hora certa.
De repente surgiu na água uma enorme sombra negra. Julguei que era o pobre “Darino” a reerguer-se das ondas devido à explosão das caldeiras, mas era o submarino.
Tinha-me esquecido completamente dele.
Primeiro pensei que nos iam metralhar na água, mas em vez disso eles gritaram-nos para nadarmos na direcção deles o mais depressa possível para nos salvarem.
Recolheram-nos a bordo, mas não me recordo de muito porque estava quase inconsciente. De qualquer forma os alemães trataram-nos muito bem, embrulharam-nos em mantas, e dormiram na coberta de ferro para nos cederem os beliches.
Quando nos contámos vimos que éramos apenas onze. O capitão e o meu camarada, o terceiro imediato morreram, e os engenheiros também -todos eles - e o cozinheiro, o criado, o rapaz grumete e o bombeiro, no total de 16 mortos.
O imediato e o segundo imediato salvaram-se.
O comandante do submarino convidou-nos – os três oficiais – para jantarmos como ele, e deram-nos comida excepcional, e manteiga fresca também.
Por volta das 11 horas o submarino mergulhou e a tripulação tomou as posições de combate; estava a passar um comboio britânico por cima de nós!
Temíamos que cargas de profundidade nos fizessem explodir a qualquer momento, porque os homens por cima de nós não sabiam que existiam sobreviventes no submarino.
Felizmente os Destroyers não nos detectaram, ou não estaria a escrever neste momento. Acredita-me que estava completamente aterrorizado e não tenho vergonha de o admitir.
Eventualmente fomos transferidos para o navio neutral chamado “Caterina Gerolimich”, uma embarcação italiana.
Os alemães deram-nos dois pacotes de cigarros, e também me deram um par de calças.
Os italianos também nos trataram muito bem.
Tivemos uma viagem de pesadelo até Dover no navio italiano, porque ela não tinha mapas das áreas minadas e vagueamos por entre os campos de minas. Esperávamos explodir a qualquer momento.
Afinal estou aqui, mais ou menos intacto sofrendo apenas de choque, perda de memória e uma anca ligeiramente ferida.
Não consigo dormir muito bem, nem me atrevo a fazer a barba, e peço desculpa pela minha letra porque as minhas mãos não estão muito firmes.
Sinceramente
Alan
Carlos Guerreiro
<---------------------------------------->
sábado, 12 de novembro de 2011
"O Espião Alemão em Goa"
No próximo dia 21 de Novembro (segunda-feira), pelas 18:30, na Livraria Barata (Avenida de Roma, 11-A), em Lisboa, será lançado o livro "O Espião Alemão em Goa", de José António Barreiros.
O General Ramalho Eanes fará a apresentação da obra.
Fica a sinopse do livro:
«Os factos são reais. No Carnaval de 1943 três navios alemães e um italiano, todos civis, foram incendiados e afundados, pela sua tripulação, no porto de Mormugão, no então Estado Português da Índia. Resistiam assim a um ataque do SOE britânico, o serviço de operações especiais encarregado "da guerra não cavalheiresca".
Para proteger os interesses aliados, as autoridades portuguesas condenaram judicialmente os tripulantes, dando como não provado que tivessem resistido a uma tentativa de apresamento, com violação da nossa neutralidade. Ao erro judiciário seguiu-se a propaganda: para os britânicos o fiasco da expedição foi convertido em vitória. Só os portugueses saíram mal da história.
Salazar teve de intervir junto do poder judicial. O silêncio caiu sobre a história. Este livro tenta repor a verdade, para além das conveniências».
Boas leituras...
Carlos Guerreiro
Para ler mais sobre livros e autores clique AQUI.
Para ler mais sobre espionagem em Portugal clique AQUI.
O General Ramalho Eanes fará a apresentação da obra.
Fica a sinopse do livro:
«Os factos são reais. No Carnaval de 1943 três navios alemães e um italiano, todos civis, foram incendiados e afundados, pela sua tripulação, no porto de Mormugão, no então Estado Português da Índia. Resistiam assim a um ataque do SOE britânico, o serviço de operações especiais encarregado "da guerra não cavalheiresca".
Para proteger os interesses aliados, as autoridades portuguesas condenaram judicialmente os tripulantes, dando como não provado que tivessem resistido a uma tentativa de apresamento, com violação da nossa neutralidade. Ao erro judiciário seguiu-se a propaganda: para os britânicos o fiasco da expedição foi convertido em vitória. Só os portugueses saíram mal da história.
Salazar teve de intervir junto do poder judicial. O silêncio caiu sobre a história. Este livro tenta repor a verdade, para além das conveniências».
Boas leituras...
Carlos Guerreiro
<---------------------------------------->
Para ler mais sobre livros e autores clique AQUI.
Para ler mais sobre espionagem em Portugal clique AQUI.
Etiquetas:
alemanha,
espionagem,
Goa,
José António Barreiros,
livro
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
«Ministério das Propagandas» A PÁ COMO SÍMBOLO DE JUVENTUDE
O folheto tem cerca de 30 páginas e faz parte da intensa campanha de propaganda desenvolvida pelos alemães no nosso país.
“A Pá, emblema de trabalho da juventude alemã” desenvolve a apologia do trabalho como fundamento de uma vida saudável tanto a nível pessoal como social.
Ao contrário de outros folhetos de propaganda alemã que apostam em textos extensos, este utiliza muito a fotografia e a legenda curta.
Na capa encontramos uma imagem típica da estética nacional-socialista, com um jovem a trabalhar utilizando a dita pá. No interior começamos por encontrar o artigo 1º da Lei do Trabalho do Reich, seguindo-se páginas amplamente ilustradas – em vários casos – com a simbologia do regime.
O folheto faz também a distinção entre sexos e refere claramente o que se espera dos jovens e das jovens alemãs. Há uma clara distinção onde o homem surge como símbolo de força e destreza física enquanto a mulher assume o papel de fada do lar e mãe delicada…
O primeiro artigo da Lei do Trabalho do III Reich.
Carlos Guerreiro
Para outros artigos sobre "propaganda" clique AQUI.
“A Pá, emblema de trabalho da juventude alemã” desenvolve a apologia do trabalho como fundamento de uma vida saudável tanto a nível pessoal como social.
Ao contrário de outros folhetos de propaganda alemã que apostam em textos extensos, este utiliza muito a fotografia e a legenda curta.
Na capa encontramos uma imagem típica da estética nacional-socialista, com um jovem a trabalhar utilizando a dita pá. No interior começamos por encontrar o artigo 1º da Lei do Trabalho do Reich, seguindo-se páginas amplamente ilustradas – em vários casos – com a simbologia do regime.
O folheto faz também a distinção entre sexos e refere claramente o que se espera dos jovens e das jovens alemãs. Há uma clara distinção onde o homem surge como símbolo de força e destreza física enquanto a mulher assume o papel de fada do lar e mãe delicada…
O primeiro artigo da Lei do Trabalho do III Reich.
Simbologia nazi que fazia do “corpo são” um dos seus pilares.
A alegria do trabalho.
O trabalho e o seu contributo para o esforço de guerra.
Também as mulheres dão – à sua maneira – um contributo para o esforço de guerra com o trabalho.
As jovens dão também um importante contributo no trabalho rural da Alemanha.
Contra-capa do folheto com uma foto de Hitler e o elogio ao trabalho que “não é maldição” e sim “bênção divina”.
Carlos Guerreiro
<---------------------------------------->
Etiquetas:
alemães,
Ministério das propagandas,
propaganda
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Uma ponte para a verdade
Dois meses depois da Invasão da Polónia pelos alemães – e do início da II Guerra Mundial - o “Século Ilustrado” publicou esta página e chamou-lhe simplesmente “Assim se faz história”.
Certamente existiriam outras frases para descrever o conjunto de imagens publicada por este semanário a 4 de Novembro de 1939:
- “A primeira vítima da guerra é a verdade”;
- “A verdade de cada um”;
- “Uma boa imagem vale por mil palavras” (ou por todas as palavras que quisermos);
- “Seis formas de o enganar…”
Muitas outras também fariam sentido…
O esquema utilizado é bastante simples. Repete-se a imagem e mudam as legendas, mostrando a facilidade como se alteram ou criam acontecimentos. É uma crítica directa à manipulação e à propaganda que, por aqueles tempos, dava já passos firmes visando o controlo da sociedade…
Não deixa de ser curioso que isto aconteça num jornal editado sob a bandeira da censura do Estado Novo, também criada para policiar e controlar informação…
Quem sabe se o autor da página não pretende mesmo isso:
- “Já agora, não acredite em tudo o que lê” - (mesmo que o leia aqui)…
Ficam a foto e as legendas…
Carlos Guerreiro
Certamente existiriam outras frases para descrever o conjunto de imagens publicada por este semanário a 4 de Novembro de 1939:
- “A primeira vítima da guerra é a verdade”;
- “A verdade de cada um”;
- “Uma boa imagem vale por mil palavras” (ou por todas as palavras que quisermos);
- “Seis formas de o enganar…”
Muitas outras também fariam sentido…
O esquema utilizado é bastante simples. Repete-se a imagem e mudam as legendas, mostrando a facilidade como se alteram ou criam acontecimentos. É uma crítica directa à manipulação e à propaganda que, por aqueles tempos, dava já passos firmes visando o controlo da sociedade…
Não deixa de ser curioso que isto aconteça num jornal editado sob a bandeira da censura do Estado Novo, também criada para policiar e controlar informação…
Quem sabe se o autor da página não pretende mesmo isso:
- “Já agora, não acredite em tudo o que lê” - (mesmo que o leia aqui)…
Ficam a foto e as legendas…
NUMA REVISTA INGLESA: O brutal invasor da Polónia fez na nação mártir estragos, como este, no valor de muitos milhões de libras.
(Século Ilustrado - Arquivo Municipal de Portimão)
NUMA REVISTA FRANCESA: A pata do invasor. Selvagens bombardeamentos alemães destruíram na Polónia obras de engenharia sem valor militar.
(Século Ilustrado - Arquivo Municipal de Portimão)
NUMA REVISTA ALEMÃ: O capitalismo inglês levou os polacos à loucura de destruírem pontes para retardar a libertação da Polónia.
(Século Ilustrado - Arquivo Municipal de Portimão)
NUMA REVISTA ITALIANA: O avanço glorioso das tropas germânicas obrigou os polacos a destruírem pontes para retardar a invasão da Polónia.
(Século Ilustrado - Arquivo Municipal de Portimão)
NUMA REVISTA JAPONESA: O mal entendido entre a Polónia e a Alemanha originou estragos lamentáveis.
(Século Ilustrado - Arquivo Municipal de Portimão)
LEGENDA PORTUGUESA: Uma ponte construída pelos polacos e desfeita não se sabe por quem.
(Século Ilustrado - Arquivo Municipal de Portimão)
Carlos Guerreiro
Etiquetas:
Polónia,
propaganda,
Século Ilustrado
Subscrever:
Mensagens (Atom)