No Hotel "Polana" residiu Luitpold Werz, considerado
um dos mais perigosos espiões alemães a operar na África Oriental Portuguesa.
Nas próximas semanas o “Aterrem em Portugal!” vai viajar pelas histórias da antiga colónia portuguesa durante a II Guerra Mundial.
Ali se reuniu um grupo de espiões empenhados em evitar que os aliados utilizassem o Indico, como autoestrada marítima para abastecer o Médio Oriente e a Índia. Alemães e Italianos montaram um sistema de informações que preocupou os britânicos...
Nesse trabalho eram apoiados, na África do Sul, por um grupo nacionalista Africânder, anti britânico, disposto a fornecer informações aos alemães na esperança de receber armas e o reconhecimento da sua independência perante Hitler.
A junção de todos estes elementos levou a que centenas de homens do mar aliados vissem os seus navios afundados por submarinos alemães e japoneses.
Os ingleses responderam fazendo pressão sobre o governo português, e com operações secretas que incluíram raptos de elementos chave da organização inimiga..
Até fins 1943 Moçambique foi palco de uma intensa disputa….
É nestas águas que vamos mergulhar nas próximas semanas. Amanhã será publicado a cópia de um artigo, que saiu na revista americana Colliers em Novembro de 1942, onde são relatadas as movimentações dos agentes do eixo. O artigo, assinado por Frank Gervasi, chegou às mãos de Salazar que ordenou um inquérito para descortinar o que se passava na colónia… Isso ficará para a próxima semana.
Ficaremos ainda a conhecer algumas das personagens chave envolvidas nestas actividades de espionagem e qual o destino que tiveram no final da guerra.
Esta série de artigos, intitulados “Espionagem em Lourenço Marques”, irá prolongar-se até Janeiro, altura em que o “Aterrem em Portugal!” vai embarcar noutra aventura: contar alguns episódios dos últimos dias do Reich e dos seus representantes em Portugal… .
Para ilustrar estes artigos conto com a colaboração de António Botelho de Melo, que nesse sentido me disponibilizou as fotografias que tem on-line no seu blogue “The Delagoa Bay World”. Fica o meu obrigado e, já agora, vale pena passar os olhos pelas muitas imagens e histórias que ali estão reunidas….
Espero que também embarquem na história….
Carlos Guerreiro
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