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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Leituras de Verão 2011 (não-ficção em inglês)

Fica mais uma leitura de Verão, mas esta em inglês.
Já há alguns meses que o José Carias Silva me emprestou o livro e já deveria ter colocado um nota no blogue. A edição é de 2010 e é um livro que importa guardar apesar de lhe faltarem alguns detalhes que ajudariam a completar a informação: a lista de perdas de navios e aviões, por exemplo, transformaria este trabalho muito bom num livro extraordinário.

FW 200 CONDOR Vs ATLANTIC CONVOY de Robert Forczyk


Edição de Osprey Publishing, 2010 (ISBN 9781846039171)

Atravessada de forma regular por comboios de navios que ligavam a Inglaterra aos vários teatros de operações espalhados pelo mundo - e vice-versa - a costa portuguesa foi um activo palco da batalha do Atlântico.

Num constante jogo do gato e do rato encontramos os submarinos alemães, acompanhados dos Fw200 Condors, contra os comboios de navios e respectivas escoltas aéreas e navais.

É o confronto entre o bombardeiro da Luftwafe FW 200 Condor – baptizado pelo próprio Churchil de maldição do Atlântico - e os seus alvos que merecem a atenção do autor deste livro com cerca de 80 páginas.

Nas primeiras páginas são detalhadas as características dos dois adversários. Primeiro conta-se a história do FW 200, desde o pedido da Lufthansa para um aparelho civil de longo curso até à sua transformação em bombardeiro de longo alcance.

Avaliam-se os pontos fortes e fracos deste quadrimotor de linhas elegantes.

Do outro lado da barricada encontramos os comboios britânicos e todas as medidas defensivas que implementarem para dificultar o trabalho do inimigo.

O autor compara a evolução das tácticas e das técnicas de parte a parte ao longo do conflito. Sistemas de ataque e de defesa, armamento, radares, caças lançados de catapulta ou de porta aviões de escolta entre outros aspectos são apresentados e dissecados, apontando os efeitos imediatos e a prazo da sua introdução e aperfeiçoamento.

Também importante é o facto de ficarmos a conhecer muitas das pessoas que, de um lado e do outro, se destacaram ao longo do conflito.

Para os portugueses existe um atractivo suplementar. Vários recontros que aconteceram ao longo da nossa costa são referidos e – em alguns casos – são acrescentados detalhes interessantes, resultantes do cruzamento de informações obtidas em arquivos dos beligerantes envolvidos.

Merecem referência os Fw200 que terminaram as suas viagens no Alentejo e na Apúlia. Outras perdas em mar alto – que serão incluídas no site do "Aterrem em Portugal" numa próxima actualização – são também salientadas.

O livro está muito bem ilustrado, com desenhos artísticos e técnicos, apresenta muita infografia, fotografia e mapas. Tem um leitura fácil e muito completa que recomendo - apesar de algumas falhas - a todos os que se interessam por este tema.

Carlos Guerreiro

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